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Obesidade, resistência à insulina e comorbidades – Mecanismos de associação

Excesso de gordura, geralmente definido pelo índice de massa corporal, está associado a distúrbios metabólicos (p. ex., intolerância à glicose, diabetes melito tipo 2 (DM2), dislipidemia) e não metabólicos (p. ex., neoplasias, síndrome dos ovários policísticos, esteatose hepática não alcoólica, glomerulopatia, fragilidade óssea etc.). No entanto, mais do que sua quantidade total, a forma da distribuição corporal de tecido adiposo constitui-se em um melhor indicador de risco para o desenvolvimento de tais doenças. O acúmulo de gordura na região abdominal e em tecido não adiposo (gordura ectópica), por exemplo, está associado ao aumento de risco para distúrbios metabólicos e não metabólicos. Por outro lado, observações sugerem que os indivíduos que apresentam adiposidade periférica, caracterizada por aumento das circunferências dos quadris e da coxas, têm melhor tolerância à glicose, redução das incidências de DM2 e da síndrome metabólica. Uma das alterações subjacentes na relação entre a obesidade, particularmente a visceral, e os distúrbios citados é a resistência à insulina. Nesta revisão, enfatizaremos os mecanismos fisiopatológicos e moleculares possivelmente implicados na ligação entre o aumento das gorduras visceral e ectópica, IR e comorbidades. Também mencionaremos os métodos diagnósticos mais frequentemente usados na identificação dessas anormalidades. Arq Bras Endocrinol Metab. 2014;58(6):600-9

Obesidade; distribuição de gordura; gordura visceral; gordura ectópica; resistência à insulina; síndrome metabólica


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