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Avaliação clínica por um ano de terapia com prednisolona em dose única matinal para a deficiência de 21-hidroxilase

Esquemas de reposição com hidrocortisona (HC) para a D21OH são, em geral, insatisfatórios e parcialmente eficientes quanto ao crescimento. Não aderência é comum já que a meia-vida da HC requer administração de 3 doses diárias. Mesmo várias doses não reproduzem a cronobiologia do cortisol e podem prejudicar os ritmos mediados pelo hipotálamo. Como glicocorticóides sintéticos podem melhorar o controle clínico, avaliamos os possíveis benefícios da terapia por um ano com fosfato de prednisolona (PD) em dose única matinal em 44 pacientes com D21OHD randomizados em 2 grupos: um (n=23) recebeu PD (2,4-3,5mg/m²SC) e o outro (n=21), HC 3 vezes ao dia (10-15mg/m²SC). Após um ano, a taxa de maturação óssea manteve-se estável no grupo PD (de 1,20 para 1,14), tendo aumentado discretamente (de 1,21 para 1,29) no grupo HC. A velocidade de crescimento (em SDS) foi preservada no grupo PD (de 1,2 para 1,2 no total de pacientes; 0,79 para 1,13 nos pré-púberes), enquanto discreto aumento ocorreu nos pré-púberes sob HC (1,1 to 1,9); a estatura para a IO (em SDS) elevou-se após um ano do uso de PD. Assim, pacientes com D21OH tratados por um ano com dose única matinal de PD parecem alcançar melhor controle clínico e hormonal do que aqueles usando 3 doses diárias de HC, permitindo inclusive a redução da dose. Nosso esquema atual de reposição com PD (1,5-3mg/m²SC/dia), sugere uma relação de bioequivalência HC:PD de 6-8:1.

Deficiência de 21-hidroxilase; Prednisolona; Hidrocortisona; Crescimento; Andrógenos


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