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Doses cumulativas de iodo radioativo no tratamento do carcinoma diferenciado de tireoide: sabendo a hora de parar

OBJETIVO: Avaliar a eficácia de doses cumulativas (DCs) da terapia com iodeto-131I (RIT) no câncer diferenciado de tiroide (CDT). SUJEITOS E MÉTODOS: A probabilidade de doença em progressão conforme a DC foi calculada em pacientes com idade < 45 e > 45 anos e correlacionada com o TNM, valores de tiroglobulina sérica, tipos histológicos e variantes, idade e tempo de doença. RESULTADOS: Ao final de um seguimento de 69 ± 56 meses, 85 dos 150 pacientes CDT submetidos a doses fixas de RIT não tinham evidência de doença, 47 tinham doença estável e 18, doença progressiva. DCs mais elevadas foram usadas nas variantes agressivas (p < 0,0001), maior estágio TNM (p < 0,0001) e nos carcinomas foliculares (p = 0,0034). A probabilidade de doença em progressão foi maior com DCs > 600 mCi em pacientes > 45 anos e com DCs > 800 mCi em pacientes < 45 anos. CONCLUSÃO: Apesar de alguns pacientes ainda responderem a altas DCs, o impacto de RITs deve ser cuidadosamente avaliado e outras estratégias terapêuticas devem ser consideradas.

Dose cumulativa; radioiodoterapia; iodeto-131I; carcinoma diferenciado de tiroide


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