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Rastreamento da isquemia miorcárdica silenciosa em pacientes com diabetes mellitus

A prevalência do diabetes mellitus está crescendo de forma importante, em especial nos países em desenvolvimento. A isquemia miocárdica silenciosa (IMS) é mais freqüente em diabéticos. Ainda, o diabetes é um forte fator de risco cardiovascular, sendo que, com freqüência, leva a graves complicações cardiovasculares. A doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de morte em pacientes com diabetes. Os progressos alcançados na detecção e tratamento da DAC permitem considerar o rastreamento da IMS, na expectativa de que o diagnóstico precoce levaria a terapias mais efetivas e a redução das complicações cardiovasculares e da mortalidade. Entretanto, o benefício do rastreamento sistemático da IMS permanece discutível. Recomendações atuais sugerem o rastreamento em pacientes diabéticos assintomáticos selecionados por possuírem alto risco cardiovascular (ex. dois ou mais marcadores de risco, ou doença arterial periférica ou doença arterial das carótidas, ou proteinúria). O ECG de stress pode ser considerado como teste inicial se a freqüência cardíaca máxima for atingida. Nos pacientes com este teste inconclusivo, a cintilografia do miocárdio parece ter mais acurácia diagnóstica do que o ecocardiograma de stress. A angiografia coronariana deve ser indicada em casos com teste de stress positivo. Avaliações futuras do rastreamento sistemático devem ser conduzidas em estudos randomizados multicênctricos.

Diabetes mellitus; Isquemia miocárdica silenciosa; Doença arterial coronariana; Ecocoardiografia de stress; Cintilografia do miocárdio


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