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Malformações na prole de mulheres com câncer de tireóide tratadas com radioiodo para ablação de remanescentes tireoideanos

ARRAZOADO: Uma vez que a função ovariana está apenas temporariamente comprometida pela terapia com radioiodo, muitas mulheres com câncer de tireóide tratadas com radioiodo podem engravidar. O presente estudo avaliou a evolução dessas gravidezes e suas conseqüências para a prole. PACIENTES E MÉTODOS: Analisamos retrospectivamente 78 gravidezes de 66 mulheres submetidas a tiroidectomia total seguida de radioiodoterapia (3,75,5 GBq 131I, média 4,64 GBq). Em todas, a concepção ocorreu um ano após a terapia ablativa (média de 30 meses). A idade variou de 19 a 36 anos (media de 30,6) à época do tratamento com radioiodo e de 23 a 39 anos (média de 32,8) na época da concepção. RESULTADOS: Quatro (5,1%) das 78 gravidezes resultaram em abortamento espontâneo. Três (4%) dos 74 partos foram pré-termo, mas não houve nenhum natimorto. O peso ao nascer foi >2.500 g em 94,6% das crianças (média ± DP: 3.350 ± 450 g) e somente uma delas (1,3%) apresentou uma malformação aparente ao nascimento (comunicação intraventricular). Nenhuma diferença quanto à idade na época da radioiodoterapia ou na concepção ou na dose de radioiodo foi observada entre as gravidezes com ou sem um desfecho favorável. CONCLUSÃO: Gravidezes que ocorrem 12 meses após terapia ablativa com radioiodo são seguras.

Malformações; Radioiodo; Câncer de tireóide


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