A osteoporose induzida por glicocorticóides (OIG) é a forma mais comum de osteoporose secundária. Fraturas, que são freqüentemente assintomáticas, podem ocorrer em até 30_50% dos pacientes recebendo terapia glicocorticóide crônica. Fraturas vertebrais ocorrem logo após exposição aos glicocorticóides, ocasião em que a densidade mineral óssea (DMO) diminui rapidamente. As fraturas tendem a ocorrer mais com níveis elevados de DMO do que em mulheres com osteoporose da pós-menopausa. Os glicocorticóides têm efeitos diretos e indiretos sobre o esqueleto: eles impedem a replicação, a diferenciação e a função dos osteoblastos e induzem apoptose dos osteoblastos maduros e osteócitos. Esses efeitos levam à supressão da formação óssea, uma manifestação central da patogênese da OIG. Os glicocorticóides também favorecem a osteoclastogênese e, como conseqüência, aumentam a reabsorção óssea. Os bisfosfonatos são a mais efetiva das várias terapias que têm sido avaliadas para o manuseio da OIG. Estratégias terapêuticas com anabolizantes estão sendo investigadas. O teriparatídeo parece também ser eficaz no tratamento de pacientes com OIG.
Osteoporose; Fraturas; Terapia com glicocorticóides; Densidade mineral óssea; Formação óssea; Bisfosfonatos; Teriparatídeo