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Obesidade materna e efeitos tardios sobre o metabolismo da prole

Objetivo

Avaliar os efeitos tardios da obesidade materna induzida por lesão do núcleo ventromedial do hipotálamo sobre o metabolismo da prole. Trinta dias após a lesão bilateral do hipotálamo ventromedial, ratos fêmeas foram colocadas para acasalar e divididas em dois grupos de animais gestantes: Controle (C) – falsa lesão e Obeso (OB) – lesionados. Três meses após o nascimento, de acordo com os grupos das mães, os filhotes foram divididos em animais controle e obesos que recebiam dieta normocalórica (C-N and OB-N) e animais controle e obesos que recebiam dieta hipercalórica (C-H and OB-H). Aos 120 dias de idade, os animais foram eutanasiados e as carcaças, fezes e ração foram submetidas à análise calorimétrica para determinação do balanço energético e composição corporal.

Resultados

Durante o período de crescimento, os filhos de mães obesas mostraram maiores valores de peso corporal e ingestão alimentar que animais controle. Os animais obesos apresentaram maiores valores de ganho de peso corporal e eficiência metabólica que os animais controle quando adultos. A dieta hipercalórica levou ao aumento da energia metabolizável, percentagem de energia absorvida e gasto energético para ambos os grupos. A composição corporal foi somente afetada pela associação da dieta hipercalórica com a obesidade materna que levou ao aumento da gordura corporal.

Conclusões

: A obesidade materna levou ao sobrepeso tardio na prole, sugerindo uma programação fetal. Pela tendência apresentada, acreditamos que a ingestão prolongada de dietas hipercalóricas em animais adultos possa induzir uma piora no quadro de sobrepeso induzido pela obesidade materna. Arq Bras Endocrinol Metab. 2014;58(3):301-7

Programação fetal; obesidade; metabolismo energético; composição corporal; dieta hipercalórica


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