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Hiperparatireoidismo primário normocalcêmico na prática clínica: condição indolente ou ameaça silenciosa?

OBJETIVO: Avaliar as características do hiperparatireoidismo primário normocalcêmico (HPTPN) em pacientes atendidos para avaliação de osteoporose. PACIENTES E MÉTODOS: Foi realizada análise de um banco de dados de 156 mulheres que procuraram atendimento para avaliação de osteoporose. Todas apresentavam dosagem de cálcio sérico, PTH, 25-hidroxi-vitamina D e C-telopeptídeo. A densidade mineral óssea e escore-T foram avaliados por meio de densitometria óssea de coluna lombar, colo do fêmur e rádio distal, este último apenas em pacientes com hiperparatireoidismo renal primário. Nefrolitíase e fraturas ósseas foram documentadas pela revisão dos prontuários. RESULTADOS: Foram identificadas 14 pacientes com HPTPN, correspondendo a 8,9% da população estudada. Nos registros médicos, o relato da existência de litíase renal ocorreu em 28,6% dos portadores de HPTN em contraste com apenas 0,7% nas mulheres não portadoras, com um p < 0,001. CONCLUSÃO: Os dados do estudo sugerem que HPTPN tem uma apresentação fenotípica variada, podendo não ser uma patologia "indolente".

Hiperparatireoidismo normocalcêmico; osteoporose; fraturas; cálculo renal


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