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Mutações no gene da tireoglobulina e outros defeitos genéticos associados com hipotireoidismo congênito

Hipotireoidismo congênito afeta cerca de 1:3.000-1:4.000 recém-nascidos. Atualmente, programas de triagem neonatal permitem o reconhecimento e tratamento precoces, evitando suas conseqüências desastrosas no desenvolvimento cerebral. Em cerca de 85% dos pacientes, o hipotireoidismo congênito está associado à defeitos no desenvolvimento da tireóide referidos como disgenesia tireoideana. A disgenesia tireoideana ocorre geralmente de forma esporádica; somente 2% dos casos apresentam caráter familial. Podem ser causados por mutações nos fatores de transcrição que são essenciais para o desenvolvimento e função das células foliculares tireoideanas. Hipoplasia da tireóide pode também resultar de resistência tireoideana ao TSH. Defeitos na síntese dos hormônios tireoideanos são referidos como disormonogênese tireoideana e concorrem para 10-15% dos casos de hipotireoidismo congênito. Os pacientes usualmente apresentam bócio, ao contrário da disgenesia tireoideana. Tipicamente, os defeitos que causam disormonogênese apresentam herança recessiva. Uma série de estudos recentes aumentou significativamente nosso entendimento dos mecanismos patogênicos do hipotireoidismo congênito, oferecendo novos insights sobre a fisiopatologia do desenvolvimento e síntese hormonal tireoideanos.

Dishormogênese; Disgenesia; Tireoglobulina; Hipotireoidismo congênito


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