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Hiperprolactinemia severa associada a aneurisma interno da artéria carótida: diagnóstico diferencial entre prolactinoma e desconexão hipotálamo-hipofisária

Massas selares e parasselares podem produzir hiperprolactinemia por bloquear o tônus inibitório hipotalâmico de dopamina. Uma destas condições, raramente reportada, é o aneurisma de artéria carótida interna causando compressão da haste hipofisária e hiperprolactinemia, a maioria com pequenas elevações da prolactina. O objetivo deste estudo é descrever o caso de uma paciente com aneurisma de carótida interna e grave hiperprolactinemia. Paciente feminina, 72 anos, em acompanhamento oncológico por carcinoma de colo de útero clinicamente controlado, avaliada por causa da piora de cefaléia crônica. Durante investigação, tomografia computadorizada e ressonância magnética (RM) de hipófise mostraram massa selar associada com altos níveis de prolactina (1.403 µg/L), sendo avaliado como macroprolactinoma e tratado com bromocriptina. Entretanto, RM subseqüente sugeriu aneurisma de carótida interna que foi confirmado por angiorressonância de vasos cerebrais. Em uso de baixas doses de bromocriptina (1,25 mg/dia), houve pronta normalização da prolactina com grande elevação (> 600 µg/L) após a retirada do medicamento, sendo confirmado por várias vezes sugerindo DHH. Reporta-se uma paciente com aneurisma de artéria carótida interna com grave hiperprolactinemia, nunca descrita anteriormente em pacientes com DHH, e a necessidade do diagnóstico diferencial com macroprolactinoma, mesmo considerando altos níveis de prolactina.

Hiperprolactinemia; Aneurisma de artéria carótida interna; Desconexão hipotálamo-hipofisária; Prolactinoma; Diagnóstico diferencial de tumor hipofisário


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