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Recorrência de carcinoma papilífero de tireóide suspeitada devido a presença de títulos elevados de anticorpo antitireoglobulina e detecção de mRNA de tireoglobulina em sangue periférico

A amplificação de mRNA de tireoglobulina (TG) no sangue periférico de pacientes com câncer de tireóide tem sido estudada por quase uma década, mas a sua real contribuição para o diagnóstico do câncer ainda não foi estabelecida. No presente trabalho, relatamos o caso de uma paciente com carcinoma papilífero de tireóide com níveis séricos de TG indetectáveis após ablação com radioiodo. No seguimento apresentou títulos elevados de anticorpos anti-TG e a presença de mRNA TG em uma amostra de sangue periférico, enquanto a ultra-sonografia e as tomografias computorizadas de tórax e cervical foram negativas. Os níveis de anticorpos anti-TG diminuíram progressivamente após ressecção cirúrgica dos linfonodos seguida de terapia com radioiodo. Embora nossos achados recentes mostrem que pacientes com mRNA TG não apresentam risco aumentado de recorrência do câncer após 24 meses de seguimento, a presença de mRNA TG associada a altos títulos de anticorpos anti-TG foram importantes indicadores que determinaram o prosseguimento da investigação para recorrência tumoral nesta paciente, uma vez que não dispunhamos, na ocasião, e PET-Scan em nossa instituição. Uma padronização metodológica que permita distinguir entre amplificação de mRNA TG específica e inespecífica poderá ser de grande interesse no seguimento do carcinoma diferenciado da tireóide, especialmente naqueles com títulos elevados de anticorpos anti-TG.

Câncer de tireóide; Recorrência; mRNA tireoglobulina; Tireoglobulina; Anticorpo antitireoglobulina


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