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Terapias moleculares direcionadas em câncer de tireoide

O câncer de tireoide tem aumentado significativamente nas últimas três décadas e muitos pacientes têm buscado cuidados médicos para o tratamento a cada ano. Entre os tumores derivados de células foliculares, a maioria é carcinoma diferenciado de tireoide (CDT), cujo prognóstico é muito bom, em que somente em 15% dos casos a doença é persistente ou recorrente após o tratamento inicial. O carcinoma medular de tireoide tem um prognóstico pior, especialmente em pacientes com câncer difuso no momento da cirurgia inicial. As opções no tratamento tradicional para a doença persistente ou recorrente incluem cirurgia adicional, radioiodoterapia e supressão de TSH em pacientes CDT; a radioterapia externa e a quimioterapia citotóxica apresentam com frequência uma baixa eficácia e muitos pacientes com doença avançada não sobrevivem. Nas últimas duas décadas, muitos dos eventos envolvidos na formação do câncer tornaram-se conhecidos. Esse conhecimento possibilitou o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas, baseadas principalmente na inibição de mediador molecularchave no processo tumorigênico. Em particular, a classe das pequenas moléculas inibidoras de tirosina-quinase foi enriquecida por muitos compostos investigados em estudos clínicos e alguns casos foram aprovados para uso clínico em tipos específicos de câncer. Muitos desses compostos foram aplicados em estudos clínicos de câncer de tireoide com extensa invasão local ou metástase, mostrando resultados muito promissores.

Câncer de tireoide; radioiodoterapia; radioterapia externa; quimioterapia citotóxica; terapias direcionadas; inibidores tirosina-quinases


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