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Obesidade e fraturas

Acreditava-se que pessoas obesas estavam protegidas contra fraturas. No entanto, um estudo realizado no Reino Unido (2010) encontrou uma proporção surpreendentemente alta de obesidade entre as mulheres na pós-menopausa que se consultaram em uma Clínica de Fraturas Ósseas. Da mesma maneira, o estudo GLOW (2011) observou prevalência e incidência semelhantes de fraturas em mulheres na pós-menopausa obesas e não obesas. Posteriormente, vários outros estudos têm demonstrado a importância da obesidade na epidemiologia de fraturas. Mulheres obesas têm maior risco de fratura no tornozelo, na perna, no úmero e na coluna vertebral e têm menor risco de fratura de punho, quadril e pelve quando comparadas às mulheres não obesas. A associação entre fraturas múltiplas de costelas e obesidade foi descrita em homens. Além disso, as quedas parecem desempenhar um papel importante na patogênese de fraturas em pacientes obesos. O algoritmo FRAX parece ser uma ferramenta útil na predição do risco de fraturas em indivíduos obesos. Indivíduos obesos são menos propensos a receber tratamento preventivo para as fraturas ósseas e, quando sofrem uma fratura óssea, sua internação costuma ser mais longa do que a internação de indivíduos magros. A qualidade de vida dos indivíduos obesos é menor antes e depois da fratura. Não obstante, a eficácia de terapias antirreabsorção não está bem estabelecida em pessoas obesas. Este último é um campo para pesquisas futuras.

Obesidade; fraturas ósseas; osteoporose; osteopenia


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