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Variabilidade da frequência cardíaca e arritmias detectadas pelo exame Holter em cães com degeneração valvar mitral

As cardiopatias cursam com alterações do controle autonômico do coração, resultando em taquicardia e consequente diminuição na variabilidade da frequência cardíaca (VFC). O objetivo deste estudo foi avaliar se o desenvolvimento de insuficiência cardíaca secundária à degeneração valvar mitral (DVM) leva a alterações no controle autonômico do coração, as quais podem ser determinadas pela eletrocardiografia contínua (Holter). Cães foram distribuídos em grupos experimentais após avaliação clínica e ecocardiográfica da seguinte maneira: controle (saudáveis; n=6), DVM sem insuficiência cardíaca (n=8) e DVM com insuficiência cardíaca (n=13). Arritmias e VFC foram determinadas pelo Holter. Animais portadores de DVM, quando comparados ao controle, apresentaram diminuição significativa da potência total, a qual é representativa de toda a VFC. Somente cães doentes e com insuficiência cardíaca apresentaram incidência elevada de arritmias supraventriculares, frequência cardíaca aumentada, pequena quantidade de pausas superiores a 2,0s entre batimentos consecutivos, permanência por mais tempo em taquicardia do que em bradicardia, diminuído índice de alta frequência (indicativo de controle parassimpático) e elevado índice de baixa frequência (indicativo de controle simpático e parassimpático), quando comparados ao controle (p<0,05). Assim, conclui-se que, em cães portadores de DVM, as variáveis obtidas com o Holter apresentam-se alteradas devido ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca.

eletrocardiografia; insuficiência cardíaca; domínio da frequência; cardiologia


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