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O ácaro ectoparasita Varroa destructor Anderson e Trueman em apiários do sudeste brasileiro: efeito do comportamento higiênico de abelhas africanizadas nas taxas de infestação

No Brasil, o ácaro ectoparasita de abelhas Varroa destructor Anderson e Trueman (Acari: Varroidae) se mantém em índices de infestação baixos, não causando grandes prejuízos. Todavia com a introdução e possível predominância de um novo haplótipo (K) do ácaro, geralmente encontrado em regiões com altas taxas de infestação (TI), faz-se necessário o monitoramento e seleção de colônias resistentes à praga, evitando problemas futuros. Vários fatores são relacionados como possíveis responsáveis pela dinâmica de infestação do ácaro, dentre os quais se destaca o comportamento higiênico (CH). Nesse contexto buscamos avaliar o CH de abelhas africanizadas Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) correlacionando com as TI do ácaro em apiários de dois municípios do sudeste brasileiro (Taubaté e Viçosa). Em Taubaté, o valor médio da TI foi de 4,9% (3,4 a 5,8%), enquanto que o CH foi em média 98,6% (96 a 100%). Já em Viçosa, a TI média do ácaro foi de 10,0% (5,4 a 21,0%) com valor médio de CH de 57,7% (0 a 77,0%). Resultados dessa pesquisa demonstraram que as variáveis TI e CH foram negativamente correlacionadas (R= -0,9627; P<0,01), sugerindo que colônias que possuem CH mais elevado possuem menores TI.

Acari; Apidae; manejo de pragas; patologia apícola; Varroidae


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