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Helmintos e protozoários de pirarucu (Arapaima gigas) cultivado na Amazônia oriental, e relação hospedeiro-parasito

Investigou-se a parasitofauna no gigante da bacia amazônica, pirarucu (Arapaima gigas Schinz, 1822), cultivado em pisciculturas do estado do Amapá, na Amazônia oriental, Brasil. Dos peixes examinados, 90,0% estavam parasitados por Ichthyophthirius multifiliis (Ciliophora), Dawestrema cycloancistrium, D. cycloancistrioides (Monogenoidea) e Polyacanthorhynchus macrorhynchus (Acanthocephala), os quais tiveram um padrão de distribuição agregado. As maiores taxas de infecção foram causadas por I. multifiliis, e as menores por P. macrorhynchus. As pisciculturas examinadas apresentaram diferentes taxas de infecção devido às diferentes características de qualidade de água e de manejo. Houve correlação negativa entre a intensidade de monogenoideas e o fator de condição relativo (Kn), mas a saúde dos peixes não foi afetada pelo parasitismo. A intensidade de I. multifiliis foi positivamente correlacionada com o peso e o comprimento, enquanto a intensidade de monogenoideas D. cycloancistrium e D. cycloancistrioides mostrou correlação negativa com o peso e o comprimento total dos hospedeiros. Este estudo foi o primeiro registro da ocorrência de P. macrorhynchus em A. gigas cultivados na Amazônia.

Amazônia; piscicultura; peixe de água doce; parasitos; sanidade


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