RESUMO
Foram conduzidos dois experimentos, com o objetivo de estimar a exigência de valina e isoleucina digestível para codornas de corte em crescimento. No experimento 1, foram utilizadas 2.160 codornas de corte de um dia de idade, não sexadas, distribuídas em um delineamento inteiramente ao acaso, com arranjo fatorial 4x4, sendo quatro níveis de valina digestível (0,90, 1,10, 1,30 e 1,50%) e quatro níveis de isoleucina digestível (0,80, 1,00, 1,20 e 1,40%), totalizando 16 tratamentos, com três repetições e 45 codornas por unidade experimental. O peso corporal, o ganho de peso e a biomassa corporal acumulada aumentaram linearmente em função dos níveis de valina digestível e foram influenciados de forma quadrática, estimando 1,38% de isoleucina digestível. No experimento 2, foram utilizadas 1.440 codornas de corte não sexadas, distribuídas em um delineamento inteiramente ao acaso, com arranjo fatorial 4x4, sendo quatro níveis de valina digestível (0,82, 1,02, 1,22 e 1,42%) e quatro níveis de isoleucina digestível (0,73, 0,93, 1,13 e 1,33%), totalizando 16 tratamentos, com três repetições e 30 codornas por unidade experimental. O desempenho de codornas de corte, no período de 15 a 35 dias de idade, não foi influenciado pelo aumento dos níveis de valina e isoleucina digestível nas rações experimentais. Conclui-se que as exigências de valina e isoleucina digestível para o máximo desempenho de codornas de corte, no período de um a 14 dias de idade, foram de 1,50% e 1,38%, respectivamente, correspondendo às relações valina:lisina de 95% e isoleucina:lisina de 88%. Os menores níveis avaliados, no período de 15 a 35 dias de idade, de 0,82% de valina digestível e de 0,73% de isoleucina digestível, correspondendo às relações valina:lisina de 52% e isoleucina: lisina de 46%, foram suficientes para satisfazer as exigências nutricionais das codornas de corte sem comprometer o desempenho.
Palavras-chave: aminoácidos; antagonismo; balanceamento; Coturnix coturnix sp.; desempenho