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Qualidade de carne e rendimento de cortes de suínos abatidos acima de 100kg de peso vivo

Foi avaliada a qualidade da carne e os cortes de suínos abatidos entre 100 e 145kg de peso vivo. Os suínos (417 machos castrados e fêmeas, linhagem Agroceres PIC) foram mantidos sob fornecimento programado de 2,8kg de ração por animal por dia a partir de 80kg até o abate aos: 100,71±0,85, 118,58±0,99, 134,07±1,18 ou 143,90±1,24kg de peso vivo. Destes, 71 suínos foram usados para avaliação dos cortes primários e secundários. Não foi observada interação entre sexo e peso de abate em nenhuma das variáveis avaliadas. Os pesos do pernil, da paleta e do carré aumentaram linearmente (P<0,01; R2entre 84,3 e 93,2%) com o peso de abate, com pouco efeito sobre o rendimento da carne. A coordenada vermelho/verde (valor de a*) aumentou linearmente (P<0,05) no lombo e de forma quadrática (P<0,01) no pernil com o aumento do peso de abate. A força de cisalhamento apresentou resposta quadrática (P<0,05), com redução até o valor mínimo estimado para os 122kg de peso vivo. Conclui-se que, com o manejo utilizado neste estudo, a elevação do peso de abate resulta em aumento na quantidade de carne produzida, com pouco efeito sobre o rendimento de carne. A carne de suínos abatidos em pesos elevados apresenta cor vermelha mais intensa e mesmo nível de gordura intramuscular que a carne de suínos mais leves, enquanto a maciez é alterada apenas de maneira discreta.

restrição alimentar; produção de carne; suíno pesado; tipificação


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