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Intoxicação experimental por Tetrapterys multiglandulosa A. Juss. (Malpighiaceae) em cabras gestantes

Com o objetivo de investigar a toxicidade da Tetrapterys multiglandulosa A. Juss. foram utilizadas 15 cabras gestantes, divididas aleatoriamente em três grupos (GI, GII e GIII) com cinco animais cada. Após estabelecer o diagnóstico de gestação no tempo médio de 35 dias, eram oferecidas diariamente doses de 10 e 20g/kg PV das folhas (jovens e maduras) de Tetrapterys multiglandulosa para os grupos I e II, respectivamente, junto ao capim picado, feno e concentrado. Para o grupo III, usado como controle, foram fornecidos somente capim picado, feno e concentrado. Todos os animais foram submetidos a exames clínicos diários e a ultra-sonografia a cada três dias. Foi detectada por ultra-sonografia morte fetal e, ao exame clínico, presença de secreção vaginal com subseqüente aborto. Os animais dos grupos I e II (tradados) abortaram no terceiro e no final do segundo mês de gestação, respectivamente, e juntos com os do grupo III (controle) foram sacrificados e submetidos a exames anátomo-histopatológicos. Pela histopatologia observou-se placentite focal com grande quantidade de células trofoblásticas binucleadas em apoptose, além de endometrite focal aguda e petéquias vulvo-vaginais. Todos os fetos abortados estavam subdesenvolvidos quando comparados com os fetos do grupo III (controle) devido à malnutrição, pois nenhum defeito congênito pôde ser notado. Vários fetos abortados mostravam alguma autólise, pois sua morte precedia em cinco e três dias o aborto, nos tratamentos I e II, respectivamente. As lesões fetais observadas foram hemorragias difusas ou focais na pele, meninges e serosa visceral.

Cabra; aborto; Tetrapterys multiglandulosa; intoxicação


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