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Microbiota bacteriana presente na vesícula biliar de bovinos e resistência antimicrobiana de isolados de Staphyloccocus

Microrganismos patogênicos podem residir temporariamente ou permanentemente na vesícula biliar de bovinos. Assim, durante o abate, maior atenção deve ser dada ao trato gastrointestinal, especialmente para o órgão acessório, a vesícula biliar. O principal objetivo deste estudo foi caracterizar a microbiota bacteriana presente na bile e no epitélio de vesículas biliares de bovinos abatidos em matadouro frigorífico sob inspeção sanitária e avaliar a resistência antimicrobiana de estirpes do gênero Staphyloccocus. Foram coletadas 30 vesículas biliares íntegras e foi pesquisada na bile e no epitélio do órgão a presença de bactérias heterotróficas aeróbias mesófilas (BHAM), Staphylococcus spp. e Enterobacteriaceae totais, Escherichia coli, Enterococcus spp. e Salmonella spp. A frequência de isolamento dos microrganismos citados acima foi, respectivamente: 23,02%, 14,39%, 13,67%, 24,46%, 0% e 24,46%. Em relação aos dois ambientes da vesícula, a frequência de isolamento dos microrganismos no epitélio foi de 64,03%, e na bile 35,97%, não sendo diferente estatisticamente, mas com diferença significativa entre as médias populacionais. No teste de susceptibilidade aos antimicrobianos, as estirpes de Staphylococcus isoladas a partir da bile e do epitélio da vesícula biliar apresentaram sensibilidade a: penicilina G, ceftriaxona, cloranfenicol e gentamicina. A observação de que a vesícula biliar comporta microrganismos em elevadas frequências atenta para o fato de que o bovino possa ser um portador persistente de patógenos de grande importância em saúde pública.

vesícula biliar de bovino; microrganismos patogênicos; portador persistente; saúde pública


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