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Soroprevalência de Rickettsia rickettsii e Rickettsia parkeri em cães durante um surto de Febre Maculosa Brasileira no Estado do Rio de Janeiro

RESUMO

O presente trabalho é o primeiro a ser realizado com cães nos municípios de Natividade, Porciúncula e Varre-Sai e tem por objetivo pesquisar Rickettsias do Grupo da Febre Maculosa em soros de cães, por meio da reação de imunofluorescência indireta, e identificar o provável agente causador da reação sorológica nos animais. Dos caninos amostrados, 67,59% (171/253) foram sororreativos para Rickettsia rickettsii e 11,07% (28/253) para Rickettsia parkeri, ambos em diluição de 1:64. A titulação dos soros testados contra antígenos de R. rickettsii chegou a 1:131.072, e para R. parkeri, 1:4.096. Conclui-se que cães são importantes sentinelas para a infecção por R. rickettsii, independente de sexo, idade, hábito de visitar ambientes florestais ou de estarem em contato direto com equinos e capivaras. O diagnóstico sorológico permitiu evidenciar muitos cães infectados por R. rickettsii, e condições ambientais, como a presença de áreas ribeirinhas, foram importantes para a ocorrência de Febre Maculosa Brasileira na região noroeste do Estado do Rio de Janeiro.

Palavras-chave:
Rickettsias do Grupo da Febre Maculosa; reação de imunofluorescência indireta; caracterização ecológica; caracterização ambiental

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