A altura do epitélio folicular da tireóide, mensurada em secções histológicas coradas pela hematoxilina e eosina, foi testada como característica de triagem para a pesquisa química de resíduos de antitireoidianos em 53 bovinos. Cinco glândulas, contendo resíduos detectados por cromatografia de camada delgada de alta resolução (HPTLC), eram provenientes de cinco novilhos experimentalmente tratados com suspensão oral de metiltiouracil (5g/animal/dia), durante 20 dias, interrompido cinco dias antes do abate. As demais glândulas, sem resíduos detectados por HPTLC, provinham de seis controle experimentais que receberam apenas placebo e de 42 animais abatidos em matadouros industriais de Minas Gerais (n=25) e Goiás (n=17). Todas as glândulas positivas apresentaram hiperplasia intensa e a altura do epitélio folicular foi significativamente maior, embora as 42 glândulas negativas também se mostrassem moderadamente hiperplásicas. Com base nas respostas típicas individuais de 47 tireóides com bócio parenquimatoso e de seis histologicamente normais, ficou estabelecido o limite de 16mim para a altura do epitélio, acima do qual toda glândula deverá ser considerada suspeita e testada quimicamente. Foi determinada a correlação entre a altura do epitélio folicular e outras características indiretas de detecção de resíduos, concluindo-se que a altura do epitélio presta-se para a triagem de programas oficiais de controle de resíduos de drogas antitireoidianas na carne.
Bovino; tireóide; metiltiouracil; antitireoidiano; triagem