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Aspectos patológicos e das imagens de ressonância magnética de um glioma misto em um cão: relato de caso

RESUMO

O objetivo deste relato foi descrever as características patológicas e das imagens de ressonância magnética de um glioma misto canino. Um cão de 12 anos de idade da raça Boxer foi submetido à necropsia. As imagens obtidas ante mortem por ressonância magnética foram analisadas, e nelas se observou uma lesão prosencefálica com contornos pouco definidos, sinal hiperintenso nas imagens ponderadas em T2, hipointenso nas imagens ponderadas em T1, e heterogeneamente hiperintenso em T2-FLAIR. Havia discreto realce desuniforme ao contraste, evidente desvio da linha média, edema perilesional moderado e marcada distorção do ventrículo lateral adjacente. O encéfalo foi avaliado macroscopicamente, microscopicamente e imuno-histoquimicamente. Macroscopicamente, havia uma massa pobremente demarcada, com áreas de hemorragia, nos lobos parietal e temporal esquerdos. Histologicamente, havia uma massa densamente celular, composta por duas populações de células neoplásicas distintas separadas geograficamente. A primeira população era composta por células pequenas e redondas, organizadas com aspecto de favo de mel. A segunda população era constituída por feixes entrelaçados de células neoplásicas fortemente imunomarcadas para a proteína fibrilar ácida glial (GFAP). O diagnóstico de glioma misto foi obtido com base nos achados imaginológicos e, principalmente, em suas características histológicas e imuno-histoquímicas.

Palavras-chave:
glioma misto; cão; ressonância magnética; patologia

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