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Estudo eco-epidemiológico da fauna flebotomínica e dos aspectos ambientais relacionados à transmissão das leishmanioses em um município de Minas Gerais, Brasil, 2015 - 2016

RESUMO

Objetivou-se avaliar a fauna vetorial e os aspectos ambientais e climáticos relacionados à transmissão das leishmanioses. Foi realizado um estudo eco-epidemiológico prospectivo de coleta sistemática de flebotomíneos e inquérito censitário sorológico canino em áreas de um município do Brasil. Para determinar a taxa de prevalência de LVC, foram examinadas amostras de sangue de 1752 cães. Na avaliação entomológica, foram instaladas 24 armadilhas luminosas em 12 residências distribuídas, instaladas no ambiente de peridomicílio e intradomicílio durante 12 meses. Para análise dos aspectos climáticos, utilizou-se a correlação simples de Spearman e para análise espacial foram utilizadas a Lógica Fuzzy e a Função K. A taxa de prevalência em cães foi de 4,1% e 7,1%. No estudo entomológico, foram capturados 431 flebotomíneos. A maior parte (74%) dos espécimes foi capturada no peridomicílio. Em relação à infecção natural, 5,6 % das amostras analisadas por biologia molecular apresentaram positividade à infecção por Leishmania spp.. Em 100% das amostras positivas, encontrou-se infecção por Leishmania infantum. Na análise espacial uma Área apresentou maior concentração de pontos de sobreposição de alta densidade de Lutzomyia longipalpis e cães sororreagentes, indicando maior risco na ocorrência concomitante dos dois eventos. Os resultados mostram que a interface parasito-reservatório-vetor está ativa nas áreas estudadas.

Palavras-chave:
Leishmania infantum; Leishmaniose visceral; Lutzomyia; saúde pública

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