Avaliaram-se as condições sanitárias de 13 biotérios de nove instituições públicas do estado de Minas Gerais, bem como a presença de endo e ectoparasitos nos camundongos e ratos criados nesses biotérios. Os dados sobre barreiras contra infecções e sobre o programa de monitoramento sanitário dos animais foram obtidos por meio de um questionário e de visitas aos biotérios. Métodos parasitológicos foram utilizados para o diagnóstico de ácaros, piolhos, helmintos e protozoários em 344 camundongos e 111 ratos. A maioria dos biotérios não possuía espaços físicos adequados nem barreiras de proteção que pudessem impedir a transmissão de infecções. Os resultados parasitológicos mostraram que em apenas um biotério não foram encontrados animais parasitados. A prevalência de parasitos encontrados em camundongos nos outros biotérios foi: Myobia musculi (23,1%), Myocoptes musculinus (38,5%), Radfordia affinis (15,4%), Syphacia obvelata (92,3%), Aspiculuris tetraptera (23,1%), Hymenolepis nana (15,4%), Spironucleus muris (46,2%), Giardia muris (46,2%), Tritrichomonas muris (53,8%), Trichomonas minuta (61,5%), Hexamastix muris (7,7%) e Entamoeba muris (84,6%). E nas colônias de ratos foram encontrados: Poliplax spinulosa (8,1%), Syphacia muris (46,2%), Trichosomoides crassicauda (28,6%), Spironucleus muris (85,7%), Tritrichomonas muris (85,7%), Trichomonas minuta (85,7%), Hexamastix muris (14,3%) e Entamoeba muris (85,7%).
camundongo; rato; biotério; parasito; barreira sanitária