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Reações adversas na angiofluoresceinografia: estudo prospectivo

OBJETIVO: Determinar a incidência de reações adversas em pacientes submetidos à angiofluoresceinografia pela primeira vez e determinar se hipertensão arterial sistêmica, diabetes ou história de alergia aumentam a chance de reações à fluoresceína intravenosa. MÉTODOS: Os dados foram coletados entre janeiro de 2001 e outubro de 2002 em Recife, Brasil. Pacientes com angiofluoresceinografia prévia, gestantes ou pacientes em uso de medicamentos corticosteróides, imunossupressores ou anti-histamínicos foram excluídos. RESULTADOS: Dos 1.500 pacientes iniciais, 1.039 (69,3%) realizavam o exame pela primeira vez. A idade média foi de 58 ± 16 anos e a mediana de 60 anos. Dentre esses, 628 (60,4%) pessoas eram do sexo feminino. Náusea ocorreu em 71 (6,83%) pacientes, vômito em 14 (1,35%), urticária em 11 (1,06%), broncoespasmo em 4 (0,38%) e edema de laringe em 1 (0,01%). Cinco pacientes apresentaram mais de uma reação adversa. Maiores incidências de reações adversas foram observadas em diabéticos [p<0,002, RR=1,80 (IC=1,24-2,60)], hipertensos [p<0,002, RR=1,84 (IC=1,26-2,71)] e pacientes com história de alergia [p<0,001, RR=3,90 (IC=2,70-5,63)]. CONCLUSÕES: Uma incidência cumulativa de 9,72% de reações adversas foi observada em pacientes submetidos à angiofluoresceinografia pela primeira vez. Presença de história de alergia, diabetes ou hipertensão arterial aumentou a incidência de reações adversas ao contraste.

Angiofluoresceinografia; Anafilaxia; Hipersensibilidade a medicamentos; Reações adversas


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