RESUMO
Vinte e oito olhos foram submetidos à trabeculectomia, sendo que em 14 se utilizou o 5-fluoro-uracil (grupo A) e em 14 a mitomicina (grupo B).
Ambos os grupos apresentavam 6 pseudofácicos, 4 afácicos e 4 fácicos. Os pseudofácicos e afácicos apresentavam uma cirurgia filtrante prévia e os fácicos duas. Todos apresentavam pressões intra-oculares inaceitávies, a despeito do uso de terapia máxima tolerável.
As pressões pós-operatórias não apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre o grupo em que se utilizou a mitomicina (12, 43 ± 6,14) em relação ao grupo em que se utilizou o 5 FU (15,00 ± 5,59).
A incidência de complicações como atalamia, descolamento de coróide, deiscência de sutura e presença de teste de Seidel positivo foram mais freqüentes no grupo em que se utilizou a mitomicina, embora sem diferença estatística significante.
As alterações epiteliais corneanas foram mais freqüentes no grupo em que se utilizou o 5 FU. São sugeridas algumas mudanças de técnica cirúrgica para se evitar tais complicações.
Palavras-chave:
5-fluoro-uracil; mitomicina; trabeculectomia; glaucoma