RESUMO
Objetivo:
Avaliar os achados da ultrassonografia na toxoplasmose ocular ativa.
Métodos:
Quarenta e sete olhos com toxoplasmose ocular ativa em 47 pacientes foram submetidos à ultrassonografia ocular pela técnica transpalpebral (transdutor de 10 MHz) e fundo de olho. Os prontuários médicos foram revistos retrospectivamente.
Resultados:
A ultrassonografia ocular revelou vitreíte, descolamento vítreo posterior, espessamento da parede da retina e descolamento de retina não regmatogênico em 47 (100%), 36 [76,6%; parcial em 12 (25,5%) e total em 23 (48,9%)], 12 (25,5%) e 5 olhos (10,6%). Trinta e cinco dos 36 olhos com descolamento vítreo posterior (97,2%) exibiram espessamento hialoide posterior; além disso, a adesão à lesão exsudativa e vitreosquise foi observada em 4 (11,1%) e 12 (25,5%), respectivamente. A ultrassonografia detectou a localização do foco exsudativo em 12 olhos (25,5%).
Conclusão:
A ultrassonografia é útil na detecção de importantes achados intra-oculares de toxoplasmose ocular aguda que podem ser prejudicados pela opacidade medial ou sinéquia posterior.
Descritores:
Toxoplasmose ocular/diagnóstico por imagem; Uveíte; Descolamento de vítreo