Acessibilidade / Reportar erro

Lidando com as consequências do tratamento agressivo para retinoblastoma refratário com semeadura vítrea

Uma menina de 4 anos com retinoblastoma (RB) bilateral, não-familiar foi encaminhada após enucleação OE e tumor ativo OD refratário a múltiplas terapias (quimioterapia endovenosa, laser/crioterapia e braquiterapia com I-125). Semeadura vitrea OD, inicialmente controlada por inúmeras sessões de Quimioterapia Intra-Arterial Oftálmica (QIAO) e quimioterapia periocular, recorreu em seguida. Paciente recebeu injeções intravítreas de Melphalan obtendo controle tumoral apesar do desenvolvimento concomitante de ceratopatia, sinéquias pupilares, catarata, necrose do fórnice inferior e gordura periorbitária adjacente, todos secundários aos tratamentos usados. Implantes repetidos de membrana amniótica e tarsorrafias foram realizadas para melhora sintomatológica. Apesar de estar livre de tumor por 6 meses, a baixa visibilidade do fundo e complicações terapêuticas nos levaram a considerar enucleação que foi descartada pelos pais. Após recente ressonância magnética nuclear (RMN) negativa, a catarata foi removida. Foi então detectada recorrência tumoral. O olho foi enucleado há 12 meses e ela se recuperou bem da cirurgia. Enquanto a oncologia ocular embarca em tratamentos para preservar em retinoblastoma, é importante considerar os efeitos cumulativos e impacto associado desses tratamentos, e a possibilidade de fracasso.

Retinoblastoma/quimioterapia; Retinoblastoma/cirurgia; Melfalan/administração & dosagem; Corpo vítreo/patologia; Injeções intravítreas; Neoplasias da retina/cirurgia; Enucleação ocular; Humanos; Feminino; Criança; Relatos de casos


Conselho Brasileiro de Oftalmologia Rua Casa do Ator, 1117 - cj.21, 04546-004 São Paulo SP Brazil, Tel: 55 11 - 3266-4000, Fax: 55 11- 3171-0953 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: abo@cbo.com.br