OBJETIVO: Nas últimas décadas a mortalidade maternal tem declinado progressivamente devido ao melhor controle dos grandes problemas obstétricos tais como a hemorragia, infecção e toxemia. Em contrapartida a incidência de óbitos resultantes de causas não obstétricas tem aumentado, sobretudo as resultantes de doenças neurológicas. As causas mais comuns, durante a gravidez, são tumores intracraneanos, hemorragia subaracnóidea e trauma neurológico. O controle de doenças neurocirúrgicas durante a gravidez necessita de cuidados especiais para a mãe e o feto. MÉTODOS: Realizou-se estudo retrospectivo avaliando as características clínicas, radiológicas e cirúrgicas de nove pacientes que tiveram doenças que exigiram intervenção neurocirúrgica. RESULTADOS: Na maioria das pacientes ocorreu parto vaginal. Cada paciente foi submetida a avaliação laboratorial e radiológica. Todas sobreviveram com exceção de uma. Não houve maiores complicações para a mãe e o feto, seja durante o procedimento cirúrgico seja durante o parto. CONCLUSÃO: Pacientes grávidas com doenças neurológicas e que se submeteram a procedimentos operatórios podem não necessitar de cesareanas.
Neurocirurgia; Gravidez; Anestesia
