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Uso do rocurônio em tartaruga da Amazônia Podocnemis expansa (Schweigger, 1812) (Testudines, Podocnemididae)

OBJETIVO: Determinar se o rocurônio promove imobilização segura e de curta duração em Podocnemis expansa. MÉTODOS: Vinte P. expansa com média de peso 1,59 ± 0,28 kg, foram submetidas a dois protocolos: G1 recebeu rocurônio 0,25 mg/kg IM e neostigmina 0,07 mg/kg IM enquanto G2 rocurônio 0,50 mg/kg IM e neostigmina 0,07 mg/kg IM, aplicados no membro torácico esquerdo e direito, respectivamente. Observaram-se os parâmetros anestésicos: freqüência respiratória e cardíaca, reflexo de endireitamento, relaxamento do esfíncter da cloaca, reflexo palpebral e pupilar, facilidade de manipulação, relaxamento muscular, locomoção, resposta aos estímulos dolorosos no membro torácico direito, nos membros pelvinos e na cauda, temperatura e umidade ambiental. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatísticas entre as doses para a maioria dos parâmetros e o G1 foi tão eficiente quanto o G2. Um bloqueio neuromuscular consistente foi observado aos 12 ± 4,21 minutos tanto no G1 como no G2. A recuperação de todos os animais ocorreu em até 150 minutos. CONCLUSÕES: Administração de rocurônio nas doses 0,25 e 0,50 mg/kg IM é segura e efetiva para os procedimentos clínicos ou pré-anestésicos em P. expansa. Como o rocurônio não produz efeitos sedativos ou analgésicos, a duração do bloqueio neuromuscular sem anestesia deverá ser minimizado para evitar estresse.

Anestésicos; Bloqueadores Neuromusculares; Répteis


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