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Nutrição parenteral versus enteral em pacientes com pancreatite aguda grave

OBJETIVO: Comparar o efeito do suporte nutricional parenteral versus enteral, em pancreatite aguda grave, com relação à eficácia, à segurança, à morbi-mortalidade e ao tempo de internação. MÉTODOS: Foram estudados 31 pacientes distribuídos em grupo parenteral (n=16), no período de 1995 a 1998 e grupo enteral (n=15), no período de 1999 a 2002, que preencheram os critérios de gravidade pela tomografia de abdome (Balthazar C,D,E). Os pacientes foram comparados quanto aos dados demográficos, etiologia, antibioticoprofilaxia, somatostatina, suporte nutricional, complicações e evolução. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era Balthazar E, principalmente no grupo enteral, porém sem significado estatístico (p=0,21). Também não houve diferença estatística nos dois grupos em relação ao tempo médio de uso de suporte nutricional, somatostatina e antibiótico. O imipenem foi a droga de escolha para profilaxia da infecção pancreática nos dois grupos. Houve mais complicações gerais no grupo parenteral, sem significado estatístico (p=0,10). As complicações infecciosas do tipo sépsis do cateter e infecção do tecido pancreático foram mais frequentes no grupo parenteral, com significância estatística (p=0,06). Não houve diferença na média de internação nos dois grupos. Houve três óbitos no grupo parenteral e nenhum no enteral. CONCLUSÃO: O suporte nutricional enteral está associado à menor taxa de complicações sépticas do que o parenteral.

Apoio Nutricional; Nutrição Parenteral; Nutrição Enteral; Pancreatite


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