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Normalizar é salutar

Editorial

NORMALIZAR É SALUTAR

Saul Goldenberg

Pode-se verificar, sem dificuldades, a heterogeneidade dos critérios adotados pelos editores dos diferentes periódicos. Alem da diversidade de critérios entre as bibliotecárias, professores orientadores de teses e entre as Instituições de Ensino Superior.

Vivo constantemente junto a pós-graduandos, no Mestrado e no Doutorado, além dos autores que nos enviam artigos para serem publicados. A procedência deles é a mais variada possível, trazendo cada um, as normas de suas Instituições de origem.

Descendentes de NOÉ, segundo o antigo Testamento, resolveram construir uma torre tão alta "que chegasse ao céu". JEOVÁ para castiga-los pela ousada pretensão, confundiu-lhes os idiomas. A torre ficou inacabada e BABEL ficou como sinônimo de CONFUSÃO.

NORMALIZAR É SALUTAR. Evita angústias e confusões. Principalmente quando a normalização é CONSENSO e UNIVERSAL.

Iniciamos a publicação da ACTA CIRÚRGICA BRASILEIRA em 1986. Neste ano e em 1987 tentamos cumprir as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, mas adaptada à nossa área médica. De 1988 até 1998 passamos a adotar as recomendações da ISO – International Standard Organization.

Qual a tendência atual na área médica ?

Um pequeno grupo de editores de periódicos médicos encontraram-se, informalmente, em Vancouver, na Columbia Britânica, em 1978, para estabelecer diretrizes para o formato dos artigos submetidos a eles. Ficou conhecido como o Grupo Vancouver.As recomendações para a elaboração dos artigos, incluindo as normas para as referências bibliográficas, teve o apoio da NATIONAL LIBRARY OF MEDICINE.

O Grupo Vancouver evoluiu para o COMITÊ INTERNACIONAL DOS EDITORES DE REVISTAS MÉDICAS (International Committee of Medical Journal Editores – ICMJE), que tem mantido encontros anuais.

A tendência atual dos editores nacionais e internacionais, na área médica, é a adesão aos critérios do Grupo Vancouver (ICMJE) e, obviamente, a nossa adesão.

Estamos no processo de transição entre as normas anteriores, da ISO, e o atual Vancouver style.

Gradualmente estamos nos enquadrando nas recomendações do ICMJE.

Estas recomendações estão publicadas:

N Engl J Med 1991;324:424-8.

BMJ 1991 Feb 9;302(6772)

Ann Intern Med 1997;126:36-47.

R Med PUCRS. Porto Alegre 1999;9:39-53.

Solicitamos, pois, aos nossos colaboradores que passem a cumprir estas recomendações.

ATENÇÃO para as alterações:

No capítulo MÉTODO/METHOD passamos a adotar MÉTODOS/METHODS

AS REFERÊNCIAS DEVEM SER NUMERADAS CONSECUTIVAMENTE NA ORDEM EM QUE FORAM MENCIONADAS A PRIMEIRA VEZ NO TEXTO. IDENTIFICAR AS REFERÊNCIAS NO TEXTO, TABELAS E LEGENDAS POR NUMERAIS ARÁBICOS ENTRE PARÊNTESES.

Os títulos das revistas devem ser abreviados de acordo com o estilo usado no INDEX MEDICUS. Consultar a Lista de Revistas Indexadas no Index Medicus, publicada anualmente pela National Library of Medicine (NLM).

Dúvidas, perguntas podem ser endereçadas por e-mail: sgolden@ruralsp.com.br ou por FAX: xxx11-287-8814 ou por correio:

Prof. Saul Goldenberg

Alameda Rio Claro, 179/141

01332-010 – SÃO PAULO-SP

Apesar desta tentativa de CONSENSO a Torre de Babel continua devido a diferenças de pensamento que existe nas pessoas. O castigo divino permanece.

Agradecemos aos colegas que adotarem o estilo Vancouver a fim de mantermos juntos o padrão da nossa ACTA CIRÚRGICA BRASILEIRA.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    08 Jun 2000
  • Data do Fascículo
    Jun 2000
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