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Análise da força tênsil na cicatrização da parede abdominal de ratos tratados com infliximabe

OBJETIVO: Avaliar os efeitos do infliximabe, anticorpo monoclonal quimérico humano-murino, sobre a força tênsil da ferida operatória abdominal. MÉTODOS: Sessenta ratos, linhagem Wistar, machos, sadios, com peso corporal inicial entre 215 e 390 g e 60 e 90 dias de vida foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos, E (Experimental) e C (Controle) com 30 animais cada. Os animais do grupo E receberam por via subcutânea, dose única, de 5mg/Kg de infliximabe, via subcutânea e os animais do grupo C receberam, volume equivalente, de solução de NaCl a 0,9%, via subcutânea. Depois de 48h os animais de ambos os grupos foram submetidos à incisão mediana na parede abdominal com 4 cm de extensão incluindo todos os planos que foram reconstituídos com sutura contínua músculo aponeurótica e pele, separadamente, com fio de nylon 5.0. A seguir os animais grupo E foram separados por sorteio simples em três subgrupos denominados E3, E7 e E14 com dez animais e os do grupo C em C3, C7 e C14 e foram submetidos, respectivamente, à reoperação e eutanásia no terceiro, sétimo e 14º dia pós-operatório. A parede abdominal anterior, ressecada dos animais durante a reoperação, foi cortada, com lamina de bisturi nº 15, perpendicularmente à ferida operatória. Cada espécime, em forma de fita, com 6 cm por 2 cm, foi preso pela extremidade de modo que a linha de sutura ficasse eqüidistante dos pontos de fixação do dinamômetro e realizado o teste de resistência tensil. O dinamômetro, aferido a cada série de medidas, foi calibrado para aplicar velocidade do teste de ruptura de 25 mm/min e o valor de ruptura foi expresso em N (Newtons) Antes da eutanásia a veia cava abdominal foi identificada e puncionada para retirada de sangue para dosagem de TNF-α. RESULTADOS: A média da força tensil encontrada para os animais dos subgrupos E3, E7, E14, C3, C7 e C14 foram, respectivamente, 16,03; 18,69; 27,01; 28,40; 27,22; 29,15 e 24,30 N. Nos resultados dos testes de múltiplas comparações foram encontradas diferenças significantes (p< 0,05) entre os subgrupos E3 e E7 quando comparados com C3, C7e C14. CONCLUSÃO: O infliximabe interferiu na cicatrização da ferida da parede abdominal com diminuição da força de ruptura na fase inflamatória e proliferativa.

Anitcorpos Monoclonais; Parede Abdominal; Cicatrização de Feridas; Ratos


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