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Regeneração de nervo periférico após anastomose término-lateral, com manutenção do epineuro, em ratos

Regeneration of periferic nerves after end-to-side anastomoses, mainteining epineuron, in rats

Resumos

A reinervação dos nervos periféricos pode ser realizada através de anastomoses término - terminais ou término-laterais, e este fenômeno tem sido amplamente estud ado. As anastomoses nervosas término-laterais tem sido utilizadas com pouca freqüência em relação as anastomoses término-terminais e contestada por alguns autores quanto a possibilidade de reinervação, quando a integridade do epineuro é mantida. Devido a estas divergências, estudou-se o efeito do epineuro na reinervação em anastomoses término-laterais, em ratos. Foram utilizados 20 ratos Wistar, adultos, distribuídos em dois grupos (A e B). No grupo A, 10 animais foram submetidos à secção do nervo fibular no membro pélvico direito e fixação desde à musculatura; no membro pélvico esquerdo foi realizada a secção do nervo fibular e anastomasado término-lateral com o nervo tibial. No grupo B, os procedimentos foram idênticos aos realizados no grupo A, sendo somente invertido os membros pélvicos. No nonagésimo dia do ato operatório, foi realizada uma biópsia em cada nervo fibular para análise histológica à microscópia óptica, onde a reinervação foi objeto de estudo. A reinervação ocorreu mostrando que a integridade do epineuro não impediu a regeneração axonal.

Neurorrafia; Ratos; Suturas; Epineuro; Regeneração


Reinervation techniques can be done by termino-terminal or end-to-side anastomosis, and it has been extensively studied. The end-to-side anastomosis hasn’t been used often compared to the termino-terminal technique, because the former is contested by some authors regarded the reinervation chances when the integrity of the epineuro is maintened. Therefore, due to the divergenses, the authors decide to study the effects of epineuro in the nervous regeneration in the end-to-side anastomosis technique. In this study, 20 wistar adults rats were used, distributed in two groups (A and B). In the A Group, 10 rats were submited to the section of fibular nerve in the right pelvic limb and fixation of this nerve to the muscle; in the left pelvic limb, section of the fibular nerve was done with lateral anastomosis with the fibular nerve. In Group B, the procedures were indentical to the A group, with the only difference that the limbs were exchanged. In the 90 th post operative day a biopsy was performed in each fibular nerve in order to histological analisys in optical microscope, where the reinervation was object of study. The reinervation was found happened, showing that the preservation of epineuro didn’t avoid the axonal regeneration.

Anastomosis; Nerve; Rats; Regeneration


7 - ARTIGO ORIGINAL

REGENERAÇÃO DE NERVO PERIFÉRICO APÓS ANASTOMOSE TÉRMINO–LATERAL, COM MANUTENÇÃO DO EPINEURO, EM RATOS1 1 Trabalho realizado na Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 2 Mestre, Professor Assistente do Departamento de Clínica Cirúrgica (DCC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). 3 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM). 4 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 5 Preceptor do Serviço de Residência Médica em Cirurgia Geral da Santa Casa de Campo Grande. 6 Professor Doutor do DCC-UFMS. 7 Médico da UFMS. 8 Professor Livre-Docente da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM. 9 Professor Adjunto da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM.

Marcelo Rosseto2 1 Trabalho realizado na Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 2 Mestre, Professor Assistente do Departamento de Clínica Cirúrgica (DCC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). 3 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM). 4 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 5 Preceptor do Serviço de Residência Médica em Cirurgia Geral da Santa Casa de Campo Grande. 6 Professor Doutor do DCC-UFMS. 7 Médico da UFMS. 8 Professor Livre-Docente da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM. 9 Professor Adjunto da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM.

Djalma José Fagundes3 1 Trabalho realizado na Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 2 Mestre, Professor Assistente do Departamento de Clínica Cirúrgica (DCC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). 3 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM). 4 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 5 Preceptor do Serviço de Residência Médica em Cirurgia Geral da Santa Casa de Campo Grande. 6 Professor Doutor do DCC-UFMS. 7 Médico da UFMS. 8 Professor Livre-Docente da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM. 9 Professor Adjunto da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM.

Murched Omar Taha4 1 Trabalho realizado na Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 2 Mestre, Professor Assistente do Departamento de Clínica Cirúrgica (DCC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). 3 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM). 4 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 5 Preceptor do Serviço de Residência Médica em Cirurgia Geral da Santa Casa de Campo Grande. 6 Professor Doutor do DCC-UFMS. 7 Médico da UFMS. 8 Professor Livre-Docente da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM. 9 Professor Adjunto da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM.

Heitor Soares de Souza5 1 Trabalho realizado na Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 2 Mestre, Professor Assistente do Departamento de Clínica Cirúrgica (DCC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). 3 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM). 4 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 5 Preceptor do Serviço de Residência Médica em Cirurgia Geral da Santa Casa de Campo Grande. 6 Professor Doutor do DCC-UFMS. 7 Médico da UFMS. 8 Professor Livre-Docente da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM. 9 Professor Adjunto da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM.

Ricardo Dutra Aydos6 1 Trabalho realizado na Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 2 Mestre, Professor Assistente do Departamento de Clínica Cirúrgica (DCC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). 3 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM). 4 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 5 Preceptor do Serviço de Residência Médica em Cirurgia Geral da Santa Casa de Campo Grande. 6 Professor Doutor do DCC-UFMS. 7 Médico da UFMS. 8 Professor Livre-Docente da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM. 9 Professor Adjunto da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM.

Ricardo Bezerra Guimarães7 1 Trabalho realizado na Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 2 Mestre, Professor Assistente do Departamento de Clínica Cirúrgica (DCC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). 3 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM). 4 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 5 Preceptor do Serviço de Residência Médica em Cirurgia Geral da Santa Casa de Campo Grande. 6 Professor Doutor do DCC-UFMS. 7 Médico da UFMS. 8 Professor Livre-Docente da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM. 9 Professor Adjunto da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM.

Neil Ferreira Novo8 1 Trabalho realizado na Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 2 Mestre, Professor Assistente do Departamento de Clínica Cirúrgica (DCC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). 3 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM). 4 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 5 Preceptor do Serviço de Residência Médica em Cirurgia Geral da Santa Casa de Campo Grande. 6 Professor Doutor do DCC-UFMS. 7 Médico da UFMS. 8 Professor Livre-Docente da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM. 9 Professor Adjunto da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM.

Yara Juliano9 1 Trabalho realizado na Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 2 Mestre, Professor Assistente do Departamento de Clínica Cirúrgica (DCC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). 3 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM). 4 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM. 5 Preceptor do Serviço de Residência Médica em Cirurgia Geral da Santa Casa de Campo Grande. 6 Professor Doutor do DCC-UFMS. 7 Médico da UFMS. 8 Professor Livre-Docente da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM. 9 Professor Adjunto da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM.

Rosseto M, Fagundes DJ, Taha MO, Souza HS, Aydos RD, Guimarães RB, Novo NF, Juliano Y. Regeneração de nervo periférico após anastomose término-lateral, com manutenção do epineuro, em ratos. Acta Cir Bras [serial online] 2001 Jul-Set;16(3). Disponível em: URL: http://www.scielo.br/acb.

RESUMO: A reinervação dos nervos periféricos pode ser realizada através de anastomoses término - terminais ou término-laterais, e este fenômeno tem sido amplamente estud ado. As anastomoses nervosas término-laterais tem sido utilizadas com pouca freqüência em relação as anastomoses término-terminais e contestada por alguns autores quanto a possibilidade de reinervação, quando a integridade do epineuro é mantida. Devido a estas divergências, estudou-se o efeito do epineuro na reinervação em anastomoses término-laterais, em ratos. Foram utilizados 20 ratos Wistar, adultos, distribuídos em dois grupos (A e B). No grupo A, 10 animais foram submetidos à secção do nervo fibular no membro pélvico direito e fixação desde à musculatura; no membro pélvico esquerdo foi realizada a secção do nervo fibular e anastomasado término-lateral com o nervo tibial. No grupo B, os procedimentos foram idênticos aos realizados no grupo A, sendo somente invertido os membros pélvicos. No nonagésimo dia do ato operatório, foi realizada uma biópsia em cada nervo fibular para análise histológica à microscópia óptica, onde a reinervação foi objeto de estudo. A reinervação ocorreu mostrando que a integridade do epineuro não impediu a regeneração axonal.

DESCRITORES: Neurorrafia. Ratos. Suturas. Epineuro. Regeneração.

INTRODUÇÃO

Ao longo da história a recuperação das lesões dos nervos pélvicos sempre foi limitada, quer por deficiência de técnica operatória, quer por necessidade de melhor entendimento dos fatores biológicos envolvidos na regeneração neural.1,2.

A primeira citação dos princípios para que ocorra regeneração do nervo pélvico, foi feita por WALLER3 (1851), que relata a degeneração do coto distal de um nervo seccionado, caso não fosse colocado em contato com outro nervo.

BALLANCE (1895)1, realizou técnica de anastomose neural termino - lateral (ATL), suturando o nervo facial ao nervo espinhal acessório, visando restabelecer a motricidade da hemi-face paralisada. Pesar de ocorrer a reinervação os movimentos da face ficaram associados aos dos ombros do paciente.

Trabalhos em animais de experimentação foram realizados com sucesso por BARRAGO e CIARELLA2,em 1901, verificaram a reinervação através de ATL em cães; relataram resultados semelhantes aos de BALLANCE.

BABCOCK (1927)4 contra indicou a técnica ATL, relegando-a ao esquecimento, devido a má qualidade de reinervação quando comparada a anastomose término - terminal (ATT)

VITERBO (1992)5, retoma a ATL, em animal de experimentação, verificando pela primeira vez, que ocorre reinervação através da ATL, mesmo mantendo a integridade do epineuro. Esta observação abalou o conceito estabelecido de que a integridade do epineuro eu a reimpede a regeneração neural.

LUNDBORG (1994)6, ROSS (1995)7 e NOAH (1997)8 realizaram ATL, com preservação de epineuro, confirmando os achados de VITERBO9, e mostrando que a reinervação se dá por brotamento dos axônios do nervo tibial para o fibular através da anastomose.

AL QATTAN e AL THUNYAN (1998)10 só observaram a reinervação em ATL, quando retiraram uma janela de epineuro para que ocorresse o amplo contato dos axônios.

Devido a essa controvérsia, o nosso objetivo foi estudar a regeneração do nervo periférico após ATL, com manutenção do epineuro, em ratos.

MÉTODOS

Foram utilizados 20 ratos machos, Wistar, pesando entre 220 a 280 gramas, sorteados ao acaso em 2 grupos de 10 animais (A e B).

Este foram anestesiados com tiopental sódico, na dose de 50 mg/Kg/peso, via intraperitonial.

Nos animais do grupo A, realizou-se secção do nervo fibular à 1 cm de sua origem gerando dois cotos (um distal e um proximal). O coto distal foi suturado à musculatura abdutora da coxa para evitar reinervação ao acaso.

No membro contra-lateral, foi realizado procedimento idêntico, mas o coto distal do nervo fibular foi anastomosado termino lateralmente ao nervo tibial, mantendo-se a integridade do epineuro. A anastomose foi realizada caudalmente, à 1 cm do coto proximal do nervo fibular.

No grupo B, repetiu-se o procedimento, invertendo lateralidade dos membros pélvicos (Figura 1).


Após noventa dias de observação, removeu-se um fragmento de 0,5 cm do coto distal do nervo fibular à 1 cm da fixação deste à anastomose com o nervo tibial; no membro contra - lateral removeu-se à 1 cm da fixação deste à musculatura abdutora da coxa.

Os fragmentos fora fixados em glutaraldeído a 1% e corados com tetróxido de ósmio a 1 %, corante específico para bainha de mielina.

RESULTADOS

Observou-se, à microscopia óptica com aumento de 40 vezes, dois padrões nos fragmentos de nervo, em relação ao normal (Figura 2).


Padrão regenerado, onde visibilizou-se a bainha de mielina com diferentes espessuras, padrão este encontrados nos fragmentos após a ATL (Figura 3).


Padrão não - regenerado, onde visibilizou-se ausência de mielina, encontrando apenas tecido fibroso, padrão este dos fragmentos do nervo fibular fixados à musculatura (Figura 4).


DISCUSSÃO

Devido às controvérsias sobre a regeneração de nervos periféricos através de ATL, com preservação do epineuro, pareceu-nos pertinente o estudo desta, em modelo idêntico aos de VITERBO5 e ROSS7, visando termos parâmetros de comparação.

Os resultados histológicos mostraram reinervação no coto distal do nervo fibular submetido a ATL com o nervo tibial, preservando o epineuro. Estes resultados são semelhantes aos de VITERBO9 (1992), LUNDBORG6 (1994) e NOAH8 (1997) (Tabela 1).

A análise estatística pelo teste de Mc NEMAR, para comparar as discordâncias na regeneração entre os dois com e sem anastomose, mostrou diferença significante; indicando que houve regeneração, por brotamento do nervo tibial para o nervo fibular através da ATL. Ocorreu degeneração no coto distal do nervo fibular fixado à musculatura, no membro contra-lateral; achados que estão de acordo com VITERBO9 e WALLER3 (Tabelas 2 e 3).

CONCLUSÃO

A regeneração de nervo periférico através de ATL, com preservação do epineuro, abre um novo universo para novas pesquisas e aplicações na recuperação axonial.

Rosseto M, Fagundes DJ, Taha MO, Souza HS, Aydos RD, Guimarães RB, Novo NF, Juliano Y. Regeneration of periferic nerves after end-to-side anastomoses, mainteining epineuron, in rats. Acta Cir Bras [serial online] 2001 Jul-Sept;16(3). Available from: URL: http://www.scielo.br/acb.

ABSTRACT: Reinervation techniques can be done by termino-terminal or end-to-side anastomosis, and it has been extensively studied. The end-to-side anastomosis hasn’t been used often compared to the termino-terminal technique, because the former is contested by some authors regarded the reinervation chances when the integrity of the epineuro is maintened. Therefore, due to the divergenses, the authors decide to study the effects of epineuro in the nervous regeneration in the end-to-side anastomosis technique. In this study, 20 wistar adults rats were used, distributed in two groups (A and B). In the A Group, 10 rats were submited to the section of fibular nerve in the right pelvic limb and fixation of this nerve to the muscle; in the left pelvic limb, section of the fibular nerve was done with lateral anastomosis with the fibular nerve. In Group B, the procedures were indentical to the A group, with the only difference that the limbs were exchanged. In the 90 th post operative day a biopsy was performed in each fibular nerve in order to histological analisys in optical microscope, where the reinervation was object of study. The reinervation was found happened, showing that the preservation of epineuro didn’t avoid the axonal regeneration.

KEY WORDS: Anastomosis. Nerve. Rats. Regeneration.

Conflito de interesses: nenhum

Fontes de financiamento: nenhuma

Endereço para correspondência:

Marcelo Rosseto

Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Departamento de Clínica Cirúrgica/Disciplina de Cirurgia Plástica

R. Abrão Júlio Rahe, 1289

Campo Grande - MS

Data do recebimento: 18/03/2001

Data da revisão: 24/04/2001

Data da aprovação: 21/05/2001

  • 1. Ballance CA, Ballance HA, Stewart P. Remarks on the operative treatment of chronic facial palsy of peripheral origin. Br Med J 1903;2:1009-13.
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  • 1
    Trabalho realizado na Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM.
    2 Mestre, Professor Assistente do Departamento de Clínica Cirúrgica (DCC) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
    3 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM).
    4 Professor Doutor da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP-EPM.
    5 Preceptor do Serviço de Residência Médica em Cirurgia Geral da Santa Casa de Campo Grande.
    6 Professor Doutor do DCC-UFMS.
    7 Médico da UFMS.
    8 Professor Livre-Docente da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM.
    9 Professor Adjunto da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP-EPM.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      11 Set 2003
    • Data do Fascículo
      Set 2001

    Histórico

    • Aceito
      21 Maio 2001
    • Recebido
      18 Mar 2001
    • Revisado
      24 Abr 2001
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