OBJETIVO: Estudar a resistência tênsil da parede abdominal após síntese de laparotomia utilizando três tipos de fios cirúrgicos. MÉTODOS: Trinta ratos da linhagem Wistar randomizados em três grupos de dez exemplares cada um. Em cada grupo fez-se uma laparotomia de dois centímetros que foi fechada com fios 3-0 de poliglactina 910, poliglecaprone e categute. Após 63 dias, foi feita a eutanásia e retirou-se uma área da parede abdominal com a qual fez-se uma tira medindo 2,0 cm de comprimento por 6,0 cm de largura englobando os músculos abdominais com a tela implantada. A amostra foi fixada em máquina de ensaios mecânicos na qual se aplicou força constante contrária às tiras de tecido. Foi considerada a força máxima expressa em Newton até ocorrer a ruptura total da amostra. Para a análise estatística, utilizou-se teste não paramétrico de Kruskal - Wallis admitindo-se p<0,05. RESULTADOS: A média de resistência do grupo categute foi ligeiramente menor (33.50 N) ao da poliglactina (34.23 N), sendo essa diferença não estatisticamente significativa (p=0,733). O grupo poliglecaprone foi o que apresentou menor resistência entre os três fios analisados (29.86 N). Comparando as resistências do grupo poliglecaprone ao grupo categute não se obteve significância estatística (p=0,06). Entretanto quando o grupo poliglecaprone foi comparado à poliglactina 910 houve significância estatística (p=0,029). CONCLUSÃO: O fio de poliglactina apresentou a maior resistência tênsil dentre os três fios analisados, sendo esta estatisticamente significativa quando comparado ao fio de poliglecaprone.
Cirurgia; Resistência à tração; Ratos
