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Relação entre medidas perceptivo-auditivas e de autoavaliação em pacientes com esclerose múltipla

RESUMO

Objetivo

Verificar se existe relação entre medidas perceptivo-auditivas e de autoavaliação em pacientes portadores de esclerose múltipla, com e sem queixa vocal.

Métodos

Participaram 18 sujeitos com diagnóstico de esclerose múltipla, com idades entre 21 e 67 anos, sendo 12 mulheres e seis homens. Foram aplicados uma breve anamnese, a Escala de Sintomas Vocais e o protocolo Vivendo com Disartria, seguidos da gravação da vogal /ԑ/ sustentada. A intensidade do desvio vocal e os graus de rugosidade, soprosidade, tensão e instabilidade foram avaliados por três fonoaudiólogos, utilizando-se uma escala analógico-visual de 100 mm.

Resultados

Os pacientes com esclerose múltipla com queixa vocal apresentaram maiores escores nos domínios total (p= 0,026) e limitação (p= 0,042) da Escala de Sintomas Vocais; na seção um (p= 0,041), seção quatro (p= 0,030) e seção dez (p= 0,050) do protocolo Vivendo com Disartria. Houve correlação positiva forte entre os escores da Escala de Sintomas Vocais, domínios total e limitação e os escores da seção um, quatro e nove do protocolo Vivendo com Disartria.

Conclusão

Pacientes com esclerose múltipla com queixa vocal possuem maior frequência de ocorrência de sintomas e maior impacto da disartria na comunicação. Não há relação entre as medidas perceptivo-auditivas e de autoavaliação em pacientes portadores de esclerose múltipla. No entanto, os escores dos dois instrumentos de autoavaliação utilizados são fortemente correlacionados.

Palavras-chave:
Esclerose múltipla; Voz; Qualidade da voz; Distúrbio de voz; Autoavaliação

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