RESUMO
Objetivo
Analisar o desempenho de escolares em uma bateria de triagem do processamento auditivo e comparar com um questionário de autopercepção. Além disso, comparar as respostas das crianças com questionário respondido pelos pais.
Métodos
Participaram 67 escolares com média de idade de 9,58 anos (±1,06), divididos em Grupo I (GI), composto por 40 crianças com desenvolvimento normal e bom desempenho escolar (23 meninas), e Grupo II (GII), composto por 27 crianças com dificuldades escolares (12 meninas). Foram realizados meatoscopia, imitanciometria, avaliação simplificada do processamento auditivo (ASPA) e questionário baseado no Scale of Auditory Behaviors.
Resultados
No total, 2 crianças do GI (5%) e 14 do GII (51,9%) tiveram desempenho alterado na ASPA. A tarefa de ordenação temporal para sons verbais demonstrou desempenho estatisticamente inferior do GII, em relação ao GI (p=0,001). No questionário, 14 crianças (35%) do GI e 23 (85,2%) do GII foram identificadas como risco para o TPAC (p<0,001). Houve correlação positiva de grau moderado entre desempenho na ASPA e o questionário (p<0,05). Na comparação das respostas das crianças e dos pais, considerando cada grupo separadamente, não houve diferença para o GI (p=0,894) e GII (p=0,239) e na amostra completa (p=0,363).
Conclusão
Ambos os instrumentos foram capazes de diferenciar os grupos estudados e identificar escolares que necessitam de encaminhamento para realizar o diagnóstico. A partir da análise de correlação, concluiu-se que a ASPA e o questionário devem ser utilizados de forma complementar, independentemente de serem aplicados com a criança ou os pais.
Palavras-chave:
Audição; Testes auditivos; Percepção auditiva; Criança; Aprendizagem