RESUMO
Objetivo avaliar a percepção da fadiga e da autoeficácia para a amamentação em mulheres e homens transexuais.
Métodos a pesquisa foi realizada virtualmente, mediante preenchimento das escalas de Severidade da Fadiga e de Autoeficácia da Amamentação – Versão Curta e questões socioculturais e demográficas. Os resultados foram analisados pelo teste Qui-quadrado (significância de 5%).
Resultados participaram 334 pessoas, entre 18 e 43 anos (31,74 ± 5,29). A maioria era residente do Nordeste e do Sudeste brasileiros e possuía pós-graduação completa (n=182, 54,49%). A maior parte das lactantes (n=314; 94,01%) apresentou fadiga, estando esse fator relacionado à escolaridade (p=0,002), ao auxílio com o bebê (p=0,013), à falta de ajuda com o bebê em razão do receio de contágio por Covid-19 (p=0,003), ao número de consultas no pré-natal (p=0,025) e ao tipo de parto (p<0,001). A maioria obteve classificação média de autoeficácia, impactando esses resultados a oferta da mamadeira (p=0,018), a autoeficácia pareada com escolaridade e renda mensal (p<0,001) e se a lactante deixou de receber ajuda com o bebê por medo de contágio e diagnóstico de Covid-19 (p=0,018).
Conclusão a fadiga em alta intensidade e a percepção da autoeficácia média evidenciam a necessidade de intervenção interdisciplinar o mais breve possível às lactantes brasileiras, a fim de aprimorar a saúde mental materna durante a amamentação e, assim, evitar o desmame precoce.
Palavras-chave:
Amamentação; Fadiga; Autoeficácia; Fonoaudiologia
ABSTRACT
Purpose To evaluate the perception of fatigue and self-efficacy for breastfeeding in women and transgender men.
Methods The survey was conducted virtually, and the participants completed the Severity of Fatigue and Self-Efficacy of Breastfeeding Scales – Short Version”, and questions about sociocultural and demographic data, after signing the informed consent form. The results were analyzed by the Chi-square Test, with a significance of 5%. Values greater than 28 points on the scale used indicated the presence of fatigue and, for self-efficacy, efficacy was classified as low (score between fourteen and 32 points.
Results The sample consisted of 334 participants, aged between 18 and 43 years (mean: 31.74 ± 5.29). Most residents were from the northeast, and southeast of Brazil and declared having a higher education, with a complete postgraduate degree (n=182, 54.49%). Regarding maternal fatigue during breastfeeding, most of the sample shows fatigue (n=314; 94.01%). The results that revealed statistically significant differences were: schooling (p=0.002), help with the baby (p=0.013), if you stopped receiving help because of the contagion of Covid-19 (p=0.003), the number of prenatal consultations (p=0.025) and type of delivery (p<0.001). As for the results related to self-efficacy for breastfeeding, most obtained an average rating, with some variables having an impact on this perception, such as offering a bottle (p=0.018), self-efficacy paired with schooling and monthly income (p<0.001), and if stopped receiving help with the baby for fear of contagion and diagnosis of Covid-19 (p=0.018).
Conclusion High-intensity fatigue and the perception of self-efficacy average, highlight the need for intervention as soon as possible, in order to improve maternal mental health during breastfeeding and avoid early weaning.
Keywords:
Breastfeeding; Fatigue; Self-efficacy; Speech, Language and Hearing Sciences
INTRODUÇÃO
A amamentação é de fundamental importância para a díade mãe e bebê, visto que o leite materno é o alimento ideal para a criança em termos nutricionais, imunológicos e psicológicos. Além disso, fortalece o vínculo entre mãe e filho, sendo recomendado como única e exclusiva fonte de alimentação até o sexto mês de vida. A partir desse momento, recomenda-se complementar a amamentação com outras fontes nutricionais(1). Nesse contexto, a amamentação pode reduzir a morbimortalidade infantil e impactar positivamente a saúde materno-infantil(2).
Para que haja sucesso na amamentação, tanto a confiança materna para essa prática, que é uma crença mais ampla sobre a capacidade de amamentar, quanto a autoeficácia, que diz respeito às habilidades específicas a ela relacionadas são importantes. Justifica-se a aplicação de questionários que avaliem a autoeficácia, uma vez que a baixa autoeficácia tem sido associada ao insucesso para a amamentação exclusiva(3).
O sucesso na amamentação tem sido atribuído a variáveis multimodais, dentre as quais se destacam o conhecimento, as expectativas e experiências sobre esse processo, as estratégias utilizadas para a superação de fatores intervenientes, tanto iniciais, quanto para sua manutenção, além da atuação de profissionais capacitados nesse sentido(4). Somam-se ainda os desafios a serem superados aos homens transexuais que desejam amamentar, em especial nos âmbitos educacionais, institucionais e de gestão que, atrelados aos fatores pessoais e sociais, reproduzem os estigmas e inequidades vivenciados, no caso, na área da saúde a essa população(5).
Assim, instrumentos que avaliam a autoeficácia são relevantes para o planejamento de ações voltadas para a amamentação, justificando a realização da presente pesquisa. A autoeficácia para a amamentação é baseada em quatro fontes de informação: 1) experiências pessoais, pois quando a pessoa já vivenciou a amamentação e teve uma experiência boa, ficará mais segura quanto ao seu desempenho. Caso contrário, se a prática foi ruim, pode deixá-la receosa e, consequentemente, menos confiante na sua capacidade de amamentar; 2) observação de experiências, uma vez que notar o desempenho de lactantes, conversar, tirar dúvidas, pode torná-la mais confiante e segura; 3) orientação profissional, com diretrizes e informações adequadas, de forma que a(o) lactante possa assumir o controle da nova habilidade e acreditar em seu potencial; 4) emoções, já que podem repercutir fisicamente em ansiedade, medo, fadiga e dor, que influenciam negativamente a percepção de autoeficácia(6).
No que diz respeito à fadiga, diversos são os fatores que podem ocasioná-la, dentre os quais os emocionais, que estão interligados ao medo em relação à quantidade e suficiência do leite para a nutrição infantil, o que pode influenciar os aspectos de autoeficácia na amamentação. Uma das escalas que a avalia é a Escala de Severidade da Fadiga (ESF), instrumento composto por nove itens que avaliam a severidade da fadiga, visto que o alto nível de fadiga materno-infantil causa estresse nos pais, sentimento de incapacidade, insatisfação, alta irritabilidade e desesperança, bem como falhas na comunicação entre a mãe e o bebê(7) e, em casos sem intervenção e crônicos, associa-se à depressão, estresse e sinais de ansiedade materna(8).
Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a percepção da fadiga e da autoeficácia para a amamentação em mulheres e homens transexuais.
MÉTODO
Pesquisa de cunho descritivo, transversal, quantitativo, realizada com pessoas (mulheres e homens transexuais) que se encontravam em período de amamentação, selecionadas por conveniência.
O recrutamento das (dos) participantes ocorreu pela técnica Bola de Neve(9), considerada uma amostragem não probabilística, configurada por conveniência, em que o respondente sugere e indica a pesquisa para novos participantes, por dois meses.
Para o início dessa técnica, os pesquisadores convidaram participantes do seu convívio social que tiveram bebês e os amamentaram. Cada participante recebeu o link da pesquisa e foi orientado a convidar/divulgar outra lactante que teve bebê e amamentou ou estava amamentando em tempos de pandemia por Covid-19, de sua rede social, até a obtenção de uma amostra significativa. Para incrementar o número de participantes, houve divulgação da pesquisa em diferentes mídias (correio eletrônico, Instagram, Facebook, página institucional da Universidade Federal de Sergipe (UFS), WhatsApp, matéria divulgada na Rede Record, por podcast, e na página institucional do Conselho Regional de Fonoaudiologia 4ª Região.
Os critérios de elegibilidade foram: mulheres e homens transexuais brasileiros que tiveram filhos no período da coleta, com idade gestacional e peso ao nascer de crianças a termo; idade superior a 18 anos e que amamentaram desde a maternidade. Os critérios de exclusão foram: mulheres ou homens transexuais que apresentavam patologias que impediam ou colocassem em risco a presença do recém-nascido (RN) ao seu lado no hospital, tais como doenças mentais graves ou infectocontagiosas; nascimento de bebês pré-termo ou, ainda, bebês que recebiam cuidados especiais e/ou que apresentassem alguma anomalia ou má-formação.
A coleta de dados foi realizada por meio de formulário eletrônico elaborado pelo Google Forms. Desta forma, contendo os dados sociodemográficos, culturais, obstétricos e pós-natais(10,11). Para avaliação da autoeficácia, foi utilizada a Breastfeeding Self- Efficacy Scale – Short Form (BSES-SF)(12), abreviada e traduzida para língua portuguesa do Brasil(13) e validada para o devido preenchimento dos participantes(14).
A BSES-SF(12) apresenta quatorze itens (máximo de 70 e mínimo de 14 pontos) divididos em dois domínios: técnica, com oito itens (Questões: 1. Eu sempre sinto quando o meu bebê está mamando o suficiente; 3. Eu sempre alimento o meu bebê sem usar leite em pó como suplemento; 4. Eu sempre percebo se o meu bebê está pegando o peito direitinho durante toda a mamada; 6. Eu sempre posso amamentar mesmo se o meu bebê estiver chorando; 11. Eu sempre amamento meu bebê em um peito e depois mudo para o outro; 12. Eu sempre continuo amamentando meu bebê a cada alimentação dele [a cada mamada]; 13. Eu sempre consigo adequar as minhas necessidades às necessidades do bebê [organizo minhas necessidades de banho, sono, alimentação com a amamentação do bebê]; 14. Eu sempre sei quando o meu bebê terminou a mamada) e pensamentos intrapessoais, com seis itens (Questões: 2. Eu sempre lido com amamentação com sucesso, da mesma forma que eu lido com outros desafios [supera com sucesso a amamentação e as demais situações da vida]; 5. Eu sempre lido com a amamentação de forma a me satisfazer; 7. Eu sempre sinto vontade de continuar amamentando; 8. Eu sempre posso dar de mamar confortavelmente na frente de pessoas da minha família; 9. Eu sempre fico satisfeita com a minha experiência de amamentar; 10. Eu sempre posso lidar com o fato de que amamentar exige tempo [mesmo consumindo o meu tempo eu quero amamentar]. As respostas foram assinaladas por escala tipo Likert, em que 1 ponto era atribuído à resposta “discordo totalmente”, 2 pontos à “discordo”, 3 pontos para “às vezes concordo”, 4 à “concordo” e 5 à “concordo totalmente”. A partir da somatória dos pontos(14), a eficácia foi classificada como baixa (pontuação entre 14 e 32 pontos, correspondendo ao intervalo entre 20% e 46%); média (entre 33 e 51 pontos, o equivalente a entre 47% e 73%) e alta (entre 52 e 70 pontos, o equivalente a entre 74% e 100%). Por meio de regra de três, os percentuais da classificação geral foram utilizados para mensurar os domínios específicos do teste, a fim de se realizar a classificação como baixa, média ou alta, por domínio.
Foi aplicada a Escala de Severidade da Fadiga – ESF(15), traduzida e validada para o português Brasil (PT-BR)(16), em que são oferecidas nove sentenças afirmativas com a possibilidade de resposta em escala Likert de 7 pontos, sendo que 1 significa que o sujeito discorda completamente; 4, que nem concorda nem discorda e 7, que concorda totalmente. É possível, pelo instrumento, obter entre 9 e 63 pontos, sendo que, ao ser obtido valor maior ou igual a 28 pontos, atribui-se presença de fadiga e, quanto maior o escore, maior a fadiga existente(15).
Para a análise estatística, os dados foram tabulados e processados por meio do programa estatístico de acesso livre The Jamovi Project, obtendo-se as frequências absolutas, relativas e testes de significância estatística, os quais foram analisados posteriormente pelo Teste Qui-quadrado, adotando-se relevância estatística de 5%.
A pesquisa deu início após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe – CEP/UFS (CAAE 42381821.9.0000.5546 e Parecer número 4.852.383), sendo oferecida carta explicativa para leitura e Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) on-line, para assinatura, de forma a cumprir todas as diretrizes e normas regulamentadoras descritas na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, e suas complementares, no que diz respeito ao sigilo e confidencialidade dos dados utilizados na ética em pesquisa com seres humanos.
Para tanto, as(os) participantes receberam um link para a leitura da carta explicativa, do TCLE e para o preenchimento dos formulários da pesquisa. As(os) participantes, ao terminarem de responder aos instrumentos de coletas de dados, receberam via e-mail, a Cartilha sobre Amamentação em Tempos de Covid-19, elaborada pelos autores desta pesquisa, e um manual de orientação sobre a mulher trabalhadora e a mulher que amamenta.
RESULTADOS
O total de respondentes foi de 475 participantes, sendo incluídos 334 e excluídos 141. Os motivos de exclusão foram: não ter tido filhos durante a pandemia de Covid-19 (n=46); 13 não amamentaram desde a maternidade, 10 apresentaram algum fator de risco para a manutenção da amamentação (como alimentação por sonda, atendimento em saúde por alguma anomalia congênita, neurológica, ou por alguma deficiência), 4 respondentes residiam no exterior (Canadá, Alemanha e EUA), 7 bebês não nasceram a termo, 3 bebês apresentaram peso inadequado ao nascimento, 1 respondente apresentou idade inferior a 18 anos e 1 não assinou o TCLE.
Quanto à caracterização da amostra, em relação à região brasileira de moradia, a maioria era do Nordeste (58,4%) e do Sudeste (35%), com menores percentuais para as demais regiões: Sul (4,5%), Centro-Oeste (1,5%) e Norte (0,6%). Cabe ressaltar que não houve respostas de lactantes residentes no Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima. A idade respondida no formulário compreendeu entre 18 e 43 anos (média: 31,74 ± 5,29) e, quanto à etnia autodeclarada, 50% da amostra foi composta por leucodermas. A maioria apresentava nível superior com pós-graduação (n=182, 54,49%), renda familiar superior a três salários-mínimos (n=181, 54,19%), fez parto cesariano (n=198, correspondendo a 59,28%) e o gênero do bebê, da maioria da amostra, era masculino (N=182 - 54,49%). A idade dos bebês variou entre 12 dias e 19 meses (média: 06;06 ± 04;76) e o peso entre 2.295 g e 4.850 g (média: 3.358,07 g ± 406,02).
Em relação ao estado civil, majoritariamente a amostra foi composta por pessoas que viviam com companheiros (as), correspondendo à 319 participantes (95,51%), e planejaram a gestação atual (n=304, 91,02%). A média de filhos foi de 1,40 (± 0,59) e de gestações de 1,62 (± 0,81). O número médio de consultas pré-natais foi 10,28 (± 2,46).
Na Tabela 1, constam os dados da amostra relacionados à alimentação, sendo que todas as nutrizes que tinham mais de um filho (n=105; 31,44%) amamentaram seus outros filhos anteriormente, ou seja, apresentavam experiência prévia de amamentação. Das lactantes que apresentaram intercorrências na amamentação, os motivos principais foram: problemas mamários (mastite, candidíase mamária, problemas no bico, como fissuras, ingurgitamento, presença de nódulos, hiperlactação e dor) – n=85, 62,96%; problemas com o bebê (frênulo curto, pega incorreta, pouca força para sugar etc.) – n=48, 35,56%; volta ao trabalho - n=01, 0,74% e não justificou - n=01, 0,74%. Das lactantes que receberam orientações profissionais sobre a amamentação durante o pré-natal, a maioria (n=98, 51,58%) recebeu também orientações sobre as precauções necessárias para amamentar durante a pandemia de Covid-19. As demais, ou não receberam qualquer orientação (n=74, 41,58%), ou não responderam (n=13, 6,84%).
Frente à presença de Covid-19, a maioria não se infectou (n=246, 73,65%) e tinha ajuda nos cuidados com o bebê (n=306, 91,62%), sendo esse auxílio na maior parte da família (n=279, 91,18%). A maior parte dos participantes informou que houve medo de receber ajuda devido à possibilidade de contágio pelo vírus SARS-CoV-2 (n=204, 61,08%).
Quanto à função laboral, a maioria ou trabalhava no momento, ou estava em licença maternidade (n=240, 70,06%). Dentre as funções executadas, foram citadas: área de humanas (n= 97, destes, com nível técnico n=59), áreas da saúde (n=71, destes, 62 com nível superior), docência (diferentes níveis, n=29), área de exatas (n=9), ciências biológicas e da natureza (n=2). Não citaram a função (n=19).
Os resultados da autoeficácia pela aplicação da BSES-SF encontram-se na Tabela 2, os da fadiga (pela ESF) na Tabela 3 e a relação entre a autoeficácia com a fadiga, na Tabela 4.
Classificação da autoeficácia para amamentação e sua relação com as variáveis do estudo, pelo teste Qui-Quadrado
Relação da presença ou ausência de fadiga, pelo teste Qui-quadrado, com as variáveis do estudo
Relação entre a fadiga materna e a percepção materna de autoeficácia para a amamentação na amostra estudada, pelo teste Qui-quadrado
DISCUSSÃO
Com o objetivo de avaliar a fadiga materna pela ESF e a percepção da autoeficácia para a amamentação pela BSES-SF em lactantes residentes no Brasil, escalas validadas foram utilizadas para análise de mulheres e homens transexuais brasileiros. Verificou-se que a maioria da amostra era residente do Nordeste e do Sudeste do Brasil, muito provavelmente pela técnica adotada para a constituição da amostra, com percentuais reduzidos para o Sul, Centro-Oeste e Norte.
As regiões Sul e Sudeste apresentam maior número de fatores desfavoráveis ao aleitamento materno (AM), em especial, a Sudeste, provavelmente devido à maior inclusão das mulheres ali residentes no mercado de trabalho, favorecendo o ingresso dos bebês em instituições de educação infantil e, consequentemente, o desmame precoce(17).
A escolaridade materna foi um fator importante na adesão e manutenção do aleitamento materno exclusivo (AME) até os 2 anos de idade da criança, ou mais. O maior nível educacional facilita o acesso ao conhecimento científico e prática do AM(18). No presente estudo, o nível de escolaridade que mais se sobressaiu foi ensino superior com pós-graduação, seguido do superior completo. Levando em consideração que mais de 50% das mães entrevistadas estavam amamentando, pode-se pensar que o nível de escolaridade tenha impactado positivamente a manutenção da amamentação, sendo considerado um aspecto importante a ser refletido em conjunto com as políticas públicas relacionadas a programas de saúde materno-infantil.
Entretanto, o estado civil, a raça e a renda mensal não tiveram relevância estatística significativa com a fadiga percebida pelas lactantes, muito provavelmente devido à configuração da amostra, diferenciando-se dos resultados da literatura(19). Estudo(20) associou o estado civil com o AM, relatando que pessoas que vivem com companheiros têm maior auxílio no processo da amamentação, ratificando os resultados encontrados na presente pesquisa. Afinal, o fortalecimento da rede de apoio à lactante faz-se importante para assegurar condições emocionais satisfatórias nesse período(21). No entanto, houve a presença de fadiga, inferindo-se que possam ter ocorrido efeitos da pandemia na percepção de fadiga materna. Por isso, o acompanhamento multiprofissional longitudinal faz-se premente tanto às lactantes quanto aos lactentes.
O pré-natal é um acompanhamento médico oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ao qual mulheres e homens transexuais têm direito durante a gravidez, prevenindo e detectando precocemente afecções materno-infantis, reduzindo os riscos desse período e proporcionando melhores condições de saúde a ambos. Estudo(6) afirmou que o número de consultas pode estar associado à necessidade de fornecimento de informações sobre os benefícios do AM e à importância de amamentar de forma segura, que pode ocorrer desde a primeira hora de vida do bebê.
Além disso, a quantidade e a qualidade das informações, aliadas a um adequado suporte psicoemocional da família e da equipe multidisciplinar, são fundamentais para minimizar a ansiedade da mulher. No presente estudo, a maioria fez acompanhamento pré-natal, com número considerável de interconsultas durante o período. De acordo com a literatura(22), o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) recomenda que sejam feitas, no mínimo, seis consultas a fim de possibilitar a realização de exames laboratoriais e orientações sobre o AM. Esse maior contato entre a gestante e a equipe de saúde pode promover melhor percepção de eficácia materna e esse aspecto pode favorecer o aleitamento materno exclusivo (AME).
Dentre os participantes, a maioria recebeu orientações sobre a amamentação durante o pré-natal e, dos que receberam tais orientações, a maior parte também obteve orientações sobre as precauções necessárias para amamentar durante a pandemia. Estudo evidenciou(23) que o profissional que presta assistência à saúde da família tem a possibilidade de favorecer a autoeficácia para o AM. Diante do exposto, orientações pré-natais e o acompanhamento longitudinal das lactantes parecem ser de extrema importância para evitar a fadiga ou, quando já instalada, oferecer possibilidades para minimizá-la. Soma-se a isso o próprio cenário pandêmico, contribuindo para o aumento do estresse emocional em puérperas. Outro período que também merece destaque, de acordo com a literatura, é o pós-parto, sendo considerado um momento sensível e estressante que pode ser acompanhado de fadiga, alterações de humor e distúrbios do sono(24).
Pesquisadores(25) avaliaram os fatores associados à amamentação na primeira hora de vida. Foram analisados 8.397 partos e, como resultado, apenas 16,1% dos recém-nascidos (RNs) foram amamentados na primeira hora de vida, reforçando a necessidade de orientações sobre o AM nesse período, auxiliando também no vínculo entre a mãe e o bebê, e que devem acontecer desde o pré-natal. Na presente pesquisa a maioria das lactantes amamentou na primeira hora de vida, mostrando um valor expressivo quando comparadas àquelas que não ofertaram seu leite nessa primeira hora, evidenciando tanto o conhecimento das pessoas participantes da pesquisa, quanto a importância do AM nesse momento e dos profissionais que as acompanhavam.
Os altos níveis de fadiga materna causam estresse nos pais, sentimentos de incapacidade e insatisfação, alta irritabilidade, desesperança e comunicação prejudicada entre pais e bebês(7). Ademais, a fadiga pós-parto é um dos motivos mais comumente citados para o desmame precoce. Estudo(26) constatou que houve ausência de correlação entre a fadiga e a autoeficácia materna para a amamentação, porém, enquanto a autoeficácia materna para o AM aumentou nas últimas semanas no período pós-parto, os níveis de fadiga diminuíram. Sendo assim, supõe-se que, reduzindo o nível de fadiga nas primeiras semanas pós-parto, pode-se aumentar a autoeficácia do AM, revelando a importância do apoio social à pessoa que amamenta. No presente estudo os aspectos da fadiga foram mais preponderantes na amostra estudada, inferindo-se que, por esse motivo, podem ter se relacionado com a percepção da autoeficácia (tida como média), visto que na análise geral entre as duas escalas não houve diferença estatisticamente significativa.
Isso posto, diversos fatores implicam a autoeficácia materna para o AM, sendo relevante orientar, no pré-natal, sobre a importância do aleitamento, bem como esclarecer a respeito dos fatores que podem provocar o desmame precoce, como a ansiedade, o estresse e a fadiga(27). Para minimizar tais efeitos, a presente pesquisa contou com o envio de um manual dirigido às lactantes, a fim de que pudessem obter informações sobre a amamentação em tempos de Covid-19 e assim, dirimir possíveis dúvidas existentes.
Sabe-se que a manutenção do AM pode ser influenciada por fatores como clínicos, culturais, sociais e psicológicos favoráveis, assim como a redução da fadiga. Diante disso, ter experiência prévia de amamentação por um período 24 meses, ou mais, aumenta em 7,32 vezes mais as chances de repetir a experiência com AM prolongado(28). No presente estudo, 115 mães relataram possuir experiências prévias e, destas, apenas uma evidenciou baixa autoeficácia. Além disso, a maioria das nutrizes que tinham mais de um filho amamentaram seus outros filhos. Logo, aquelas com experiência prévia em amamentar apresentaram escores superiores na BSES-SF, podendo-se inferir a importância de experiências anteriores bem-sucedidas no desenvolvimento da autoeficácia na amamentação. Dessa maneira, tanto as primíparas quanto as multíparas devem receber orientações profissionais com a informação adequada para assumir o controle da nova habilidade, especialmente as primíparas, pois fazem parte do grupo de risco de descontinuação do AME, em razão da insegurança, inexperiência e dúvidas que surgem no início e durante a amamentação.
Um fator importante e que deve ser considerado na influência do uso da mamadeira e na autoeficácia em amamentar é a dificuldade das nutrizes em lidar com o choro e a fome da criança, pois as levam acreditar que a quantidade e qualidade do leite materno são insuficientes às necessidades do bebê. Esse hábito de associar o choro da criança à fome pode levar à diminuição da autoeficácia e motivar a mulher a interromper o AME. Logo, as mulheres com maior autoeficácia para amamentar sentem menos necessidade de oferecer chupeta e mamadeira à criança, sofrem menos influência de pessoas que incentivam essa prática e podem apresentar maior satisfação com a prática do AME, segundo a literatura(23). No presente estudo, no ato da pesquisa, a maioria informou que não utilizava a mamadeira, porém, esse aspecto influenciou a percepção de autoeficácia moderada dos participantes, o que pode explicar o número expressivo de mães que estavam amamentando, visto que, com a inserção desse utensílio, pode ocorrer o desmame precoce. Nesse sentido, o status relacionado à formação acadêmica da amostra pode ter contribuído para os resultados obtidos.
A literatura vem defendendo que o tipo de parto tem influência no AM. Pesquisadores(19) analisaram 577 partos em que o percentual de partos cesáreas foi de 27,9%. Foram consideradas as características demográficas, reprodutivas, de assistência pré-natal e de assistência ao parto. Na pesquisa citada, 93,1% das mulheres que fizeram pré-natal foram orientadas sobre o AM. A prevalência de amamentação na primeira hora de vida foi de 43,9%. Os fatores que contribuíram para a proteção da amamentação na primeira hora de vida foram: mulher de cor não preta, multiparidade, realização de pré-natal, parto normal, peso do bebê adequado ao nascer e ajuda da equipe com o AM na sala do parto. Diante disso, o trabalho concluiu que esses fatores favoreceram a amamentação na primeira hora de vida.
De forma geral, a percepção da autoeficácia no AM foi considerada como média. Pesquisadores(29) demonstraram que 77,9% das mães apresentaram alta autoeficácia na amamentação, inferindo-se menos chances de cessarem o aleitamento antes dos doze meses de vida do bebê. Já em outro estudo(30), 77% das mulheres sentiam-se altamente confiantes em relação à amamentação, mesmo antes do início da prática, após três e seis meses do parto; 85% acreditavam ser altamente capazes. Quanto mais tempo de prática, maior foi a pontuação da BSES-SF, sendo que as características sociodemográficas e o pré-natal não afetaram a confiança no AM.
Em outra pesquisa(11), a maioria das mulheres (n=188, 83,9%) apresentou alto nível de autoeficácia, sendo que 15,6% apresentaram médio nível e 0,4% apresentaram baixo nível de autoeficácia. A autoeficácia mostrou associação com o tipo de parto e intercorrência no pós-parto. Foi identificado que o tipo de parto, as intercorrências no pós-parto, a religião e o auxílio aos cuidados com o bebê incrementaram a confiança materna na capacidade para amamentação.
Durante a pandemia, o público materno-infantil ficou vulnerável devido às recomendações e restrições impostas para evitar a transmissão da mãe para o filho e a mortalidade infantil, em casos de suspeita e confirmação de Covid-19. Assim, era esperado que, dentre as dificuldades no AM, o seu manejo, a ansiedade e as dúvidas fossem ainda mais acentuadas em razão do medo de contágio pelo novo coronavírus. No atual estudo, o medo do contágio foi observado, principalmente, no fato de a maioria das lactantes terem deixado de receber auxílio por causa da pandemia. A presença da família e o suporte devem ocorrer desde o período gestacional, estendendo-se para o momento do parto e no parto propriamente dito, tendo em vista que fomentam maior segurança e qualidade na assistência, mesmo durante uma pandemia. Sabe-se também que a pandemia desencadeou, mundialmente, a emoção do medo: o de se contaminar e/ou disseminar o vírus para outras pessoas, bem como o de morrer, fragilizando as relações humanas e a saúde mental individual e coletiva. Talvez por esses motivos e considerando que a maioria da amostra não foi contaminada pela Covid-19, o medo possa ter emergido, apesar de a maioria ter obtido ajuda nos cuidados com o bebê, sendo esse auxílio, na maior parte, da família.
Infelizmente, poucos estudos foram encontrados na literatura a respeito da fadiga materna de lactantes durante a pandemia de Covid-19. A aplicação de escalas validadas permite, ao profissional da saúde, conhecer quais aspectos precisam ser trabalhados, tanto com a lactante, de forma individualizada, quanto com a comunidade, revelando a importância desses instrumentos para o planejamento terapêutico singular de lactantes. Permite, também, conhecer a realidade desse grupo de pacientes, implantar e executar ações para esse público, em especial.
As limitações do estudo dizem respeito à desigualdade de respondentes por região do Brasil, uma vez que, caso houvesse uniformidade, distinções poderiam ser traçadas nesse sentido. Entretanto, esse aspecto indica que, mesmo em condições financeiras e instrucionais mais favoráveis, as questões de autoeficácia e de fadiga materna devam ser trabalhadas desde o pré-natal, de forma interprofissional.
CONCLUSÃO
A percepção da autoeficácia para a amamentação, tida como média, evidencia que algumas variáveis impactam essa percepção, como a oferta da mamadeira, a escolaridade, a renda mensal e o medo do contágio por Covid-19, gerando a necessidade de enfrentamento dessas condições a fim de aprimorar a saúde mental materna durante a amamentação. Além disso, a fadiga em alta intensidade, apresentada pela maioria da amostra, pode diminuir a percepção de autoeficácia para a amamentação, provocar o desmame precoce e aumentar a depressão em lactantes. Dessa maneira, medidas preventivas e o acompanhamento longitudinal de lactantes permitem a minimização dos riscos de fragilização da amamentação, principalmente em primíparas, cuja inexperiência pode dificultar sua manutenção.
AGRADECIMENTOS
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, pela bolsa de iniciação científica às discentes envolvidas no projeto.
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Trabalho realizado na Universidade Federal de Sergipe – UFS – São Cristóvão (SE), Brasil.
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Financiamento:
Nada a declarar.
REFERÊNCIAS
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
10 Jan 2025 -
Data do Fascículo
2024
Histórico
-
Recebido
29 Abr 2024 -
Aceito
09 Out 2024
