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Avaliação do desconforto sensorial causado por estimulação com realidade virtual em voluntários com e sem cinetose

RESUMO

Objetivo

comparar os sintomas da cinetose provocados por estímulo de realidade virtual, em voluntários com e sem histórico da doença.

Métodos

estudo analítico qualitativo e quantitativo, observacional transversal, prospectivo, realizado com voluntários com e sem histórico de cinetose, submetidos à imersão em realidade virtual com o uso de óculos de realidade aumentada. Antes e após a estimulação sensorial, o participante tinha a frequência respiratória (FR), a frequência cardíaca (FC) e pressão arterial sistólica (PAs) e diastólica (PAd) medidas. No primeiro dia, o voluntário foi exposto a um vídeo que simulava uma pessoa dentro de um carro, com predomínio de fluxo visual lateral. Após uma semana, uma animação de montanha russa, com predomínio de fluxo visual frontal. Durante a estimulação sensorial de dez minutos, uma nota de 0 a 10 era dada a cada 30 segundos para a intensidade do desconforto sentido pelo participante. Após, um questionário foi realizado para avaliação dos sintomas de cinetose.

Resultados

indivíduos com cinetose apresentaram maior intensidade de sintomas, tanto no experimento do carro (p=0,026), como na montanha russa (p=0,035). Não houve correlação entre cinetose e as variáveis FC, FR e PA. Os pacientes com cinetose atribuíram maiores notas de desconforto no curso das experiências, principalmente na experiência da montanha russa.

Conclusão

indivíduos com cinetose apresentam sintomas mais intensos quando submetidos a estímulos por realidade virtual, se comparados a indivíduos sem a doença.

Palavras-chave:
Enjoo devido ao movimento; Realidade virtual; Náusea; Tontura; Questionário de saúde do paciente

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