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Ensino da Língua Brasileira de Sinais durante a graduação em Medicina: a percepção dos futuros médicos

RESUMO

Objetivo

Avaliar a percepção dos estudantes de Medicina em relação à oferta da disciplina Língua Brasileira de Sinais (Libras) durante a sua formação acadêmica.

Métodos

Estudo transversal, descritivo e analítico, incluindo estudantes de Medicina da cidade de Salvador, Bahia, maiores de 18 anos. Aplicou-se um questionário virtual, semiestruturado, contendo aspectos sociodemográficos, acadêmicos e sobre a Libras (comunicação, aprendizado, importância na formação médica e oferta curricular).

Resultados

Dos 240 estudantes avaliados, 82,9% não sabe se comunicar através de Libras, entretanto 95,8% acreditam que a disciplina é necessária no currículo médico. Quanto à oferta curricular, os estudantes consideram que esta deveria ser obrigatória (55,2%) e na modalidade presencial (75,7%). Os principais motivos para não cursar a disciplina foram por esta ser optativa (41,7%) e por falta de tempo (33,3%). Identificou-se que as mulheres dão mais importância a esta formação (p=0,0013) e essa percepção independe de idade, natureza administrativa da instituição e ciclo acadêmico em curso.

Conclusão

Os estudantes de Medicina têm uma percepção favorável ao ensino de Libras na educação médica. Entretanto, a maioria desses estudantes não cursou a disciplina em seus percursos acadêmicos e acredita ser desafiador o atendimento a este público.

Palavras-chave:
Pessoas com deficiência auditiva; Educação médica; Estudantes de medicina; Atendimento médico; Línguas de sinais

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