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Angulação do osso hioide e segurança da deglutição pós-laringectomia parcial horizontal supracricóidea e cricohioidoepiglotopexia

RESUMO

Objetivo

investigar o possível impacto da angulação do osso hioide na segurança da deglutição de pacientes submetidos à laringectomia supracricóidea.

Métodos

série de casos de 13 adultos, entre 48 e 79 anos, majoritariamente homens (n=11), submetidos à laringectomia supracricóidea em pós-operatório inferior ou igual a dez meses. Realizaram videofluoroscopia da deglutição de 5 ml de líquido fino, 5 ml de alimento pastoso e sólido, em livre oferta. A medida do ângulo do osso hioide foi definida por duas linhas: uma tangente à margem superior do corpo do osso hioide e uma tangente ao ponto mais inferior de sua margem inferior, paralela ao plano horizontal da imagem. O desfecho de aspiração durante o exame seguiu a escala desenvolvida por Rosenbek et al. (1996).

Resultados

Dos 13 pacientes, 5 apresentaram aspiração silente e 8 não apresentaram aspiração. Dos 5 indivíduos com aspiração, apenas 1 manteve preservadas ambas as cartilagens aritenoides em sua reconstrução e a angulação do osso hioide foi abaixo de 60º, em todos os casos. Dos 8 indivíduos sem aspiração laringotraqueal, a maioria (n=5) apresentava as duas cartilagens aritenoides em sua reconstrução e a angulação do osso hioide foi acima de 60º, em todos os casos.

Conclusão

uma angulação maior que 60º do osso hioide parece favorecer a proteção das vias aéreas inferiores e promover maior segurança do mecanismo de deglutição.

Palavras-chave:
Transtornos da deglutição; Osso hioide; Laringectomia; Radiologia; Reabilitação

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