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Medidas vocais perceptivo-auditivas e acústicas, queixas vocais e características profissionais de professoras de Santa Maria (RS)

Objetivo

Descrever e correlacionar medidas vocais perceptivo-auditivas e acústicas, queixas vocais e características profissionais de um grupo de professoras.

Métodos

Noventa e nove mulheres, entre 20 e 66 anos, professoras do ensino fundamental, realizaram análise vocal perceptivo-auditiva (CAPE-V) e acústica (Multi-Dimensional Voice Program Advanced) e responderam a questionário, contendo dados de identificação, saúde geral, ocupacionais e queixas vocais. Foram aplicados os testes estatísticos Correlação de Pearson e ANOVA.

Resultados

As professoras trabalhavam, em média, 6,98horas por dia e atuavam como docentes há 12,91 anos, aproximadamente. A maioria apresentou queixas vocais e pertencia à rede de ensino particular. Os parâmetros perceptivo-auditivos estiveram normais. Todas as medidas de jitter, shimmer, segmentos surdos ou não sonorizados e sub-harmônicos mostraram-se acima da normalidade, bem como desvio-padrão da frequência fundamental e índice de fonação suave. Observou-se correlação positiva entre perturbação de frequência e idade, rugosidade, soprosidade e grau geral da voz com idade e tempo de atuação profissional. Observou-se correlação negativa entre perturbação da amplitude e uso diário da voz.

Conclusão

A voz das professoras foi considerada normal pela avaliação perceptivo-auditiva, mas houve detecção de ruído e instabilidade na análise acústica, com predomínio de queixas vocais, bem como alteração de medidas acústicas e perceptivo-auditivas, com o aumento de idade e tempo de profissão.

Distúrbios da voz; Docentes; Qualidade da voz; Saúde do trabalhador; Voz


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