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Percepção auditiva e desenvolvimento de linguagem oral após cirurgia de implante auditivo de tronco encefálico: uma revisão de escopo

RESUMO

Objetivo

mapear as evidências atuais em relação à percepção auditiva da fala e desenvolvimento de linguagem oral em usuários de implante auditivo de tronco encefálico (auditory brainstem implant - ABI), para responder à seguinte questão norteadora: “O que se sabe sobre a habilidade de percepção auditiva da fala e de linguagem oral em indivíduos usuários de implante auditivo de tronco encefálico?”

Estratégia de pesquisa

a busca foi realizada nas bases de dados BVSalud, PubMed e SciELO e, para literatura cinzenta, utilizou-se a fonte de informação Google Acadêmico, por meio dos descritores: implante auditivo de tronco encefálico (auditory brainstem implantation), linguagem (language), audição (hearing) e percepção auditiva (auditory perception).

Critérios de seleção

foram incluídos estudos nos quais foram aplicados testes para avalição da percepção auditiva ou para verificar desenvolvimento de linguagem oral em crianças e/ou adultos usuários de ABI. Foram incluídos artigos publicados nos últimos cinco anos e excluídos estudos secundários.

Resultados

Foram encontrados 1767 artigos nas bases de dados e fonte de informação, dos quais, 27 foram incluídos na revisão. Observou-se que a maioria dos usuários de ABI torna-se capaz de perceber alguns sons ambientais, alguns tornam-se capazes de reconhecer vocábulos, porém, poucos atingem o reconhecimento de frases.

Conclusão

a maioria dos usuários de ABI não avança para a habilidade de reconhecimento auditivo em conjunto aberto e há unanimidade na recomendação de métodos de comunicação visual para esses indivíduos.

Palavras-chave:
Implante Auditivo de Tronco Encefálico; Audição; Percepção Auditiva; Linguagem; Neurofibromatose 2

ABSTRACT

Purpose

This scope review aims to map current evidence in relation to auditory perception of speech and oral language development in users of Auditory Brainstem Implant - ABI, to answer the following guiding question: “what do we know about the ability of auditory perception of speech and oral language in auditory brainstem implants users?”

Research strategy

The search was performed in the BVSalud, PubMed and SciELO databases and for gray literature the source of information Google Academic, using the descriptors: auditory brainstem implantation , language, hearing and auditory perception.

Selection criteria

Studies were included in which tests were applied to assess auditory perception or to verify oral language development in children and/or adults using ABI. Articles published in the last five years were included and secondary studies were excluded.

Results

1767 articles were found in the databases and source of information, of which 27 studies were included. It was observed that most users of ABI become able to perceive some environmental sounds, some become able to recognize words, but few reach the recognition of sentences.

Conclusion

Most ABI users do not advance towards the open set auditory recognition skill and there is unanimity in recommending visual communication methods for these individuals.

Keywords:
Auditory Braistem Implant; Hearing; Auditory Perception; Language; Neurofibromatosis 2

INTRODUÇÃO

Sabe-se que, mesmo que o aparelho de amplificação sonora individual (AASI) seja um dispositivo eficaz no tratamento da deficiência auditiva(11 Bento RF, Brito R No, Castilho AM, Gómez VG, Giorgi SB, Guedes MC. Resultados auditivos com o implante coclear multicanal em pacientes submetidos a cirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rev Bras Otorrinolaringol. 2004;70(5):632-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992004000500009.
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), alguns indivíduos com perda auditiva sensorioneural de grau severo e/ou profundo não obtêm benefício com seu uso e necessitam recorrer a outros métodos, como o implante coclear (IC), que é um dispositivo eletrônico implantado cirurgicamente(22 Silva BCS, Moret ALM, Silva LTDN, Costa OAD, Alvarenga KF, Silva-Comerlatto MPD. Glendonald Auditory Screening Procedure (GASP): marcadores clínicos de desenvolvimento das habilidades de reconhecimento e compreensão auditiva em crianças usuárias de implante coclear. Codas. 2019 Ago 15;31(4):e20180142. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20192018142. PMid:31433038.
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/2019...
), e substitui as funções das células ciliadas na orelha interna, estimulando diretamente o nervo auditivo.

Há, ainda, casos em que não há a indicação do IC e pode-se avaliar a necessidade de indicação do implante auditivo de tronco encefálico (auditory brainstem implant - ABI). O ABI foi desenvolvido para restaurar a audição(22 Silva BCS, Moret ALM, Silva LTDN, Costa OAD, Alvarenga KF, Silva-Comerlatto MPD. Glendonald Auditory Screening Procedure (GASP): marcadores clínicos de desenvolvimento das habilidades de reconhecimento e compreensão auditiva em crianças usuárias de implante coclear. Codas. 2019 Ago 15;31(4):e20180142. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20192018142. PMid:31433038.
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/2019...
) em indivíduos diagnosticados com neurofibromatose tipo 2 (NF-2), por manifestarem schwannomas vestibulares bilaterais, indivíduos com ossificação coclear, mas com integridade do VIII par craniano (nervo vestibulococlear), com ausência ou má formação do nervo auditivo(33 Bento RF, Brito RV No, Tsuji RK, Gomes MQT, Goffi-Gomez MVS. Implante auditivo de tronco cerebral: técnica cirúrgica e resultados auditivos precoces em pacientes com neurofibromatose tipo 2. Rev Bras Otorrinolaringol. 2008;74(5):647-51. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992008000500002.
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992008...

4 Malerbi AS. Implante auditivo de tronco encefálico em pacientes com perda auditiva neurossensorial profunda por meningite e ossificação coclear total bilateral [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2017. http://dx.doi.org/10.11606/T.5.2017.tde-25082017-094437.
http://dx.doi.org/10.11606/T.5.2017.tde-...
-55 Fernandes NF, Goffi-Gomez MV, Magalhães AT, Tsuji RK, De Brito RV, Bento RF. Satisfação e qualidade de vida em usuários de implante auditivo de tronco cerebral. CoDAS. 2017;29(2):e20160059. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016059. PMid:28355382.
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/2017...
) e com lesões por traumas ou com desordem do espectro da neuropatia auditiva (DENA)(44 Malerbi AS. Implante auditivo de tronco encefálico em pacientes com perda auditiva neurossensorial profunda por meningite e ossificação coclear total bilateral [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2017. http://dx.doi.org/10.11606/T.5.2017.tde-25082017-094437.
http://dx.doi.org/10.11606/T.5.2017.tde-...
).

O primeiro modelo do ABI foi desenvolvido com apenas um eletrodo monocanal, na Califórnia, e foi utilizado de 1979 a 1992 com resultados inconsistentes(11 Bento RF, Brito R No, Castilho AM, Gómez VG, Giorgi SB, Guedes MC. Resultados auditivos com o implante coclear multicanal em pacientes submetidos a cirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rev Bras Otorrinolaringol. 2004;70(5):632-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992004000500009.
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992004...
,66 Santos SN, Tochetto TM. Implante auditivo do tronco encefálico: revisão de literatura. Rev CEFAC. 2007;9(4):543-9. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-18462007000400015.
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). Apesar de a primeira cirurgia ter sido realizada em 1979, foi em 2000 que houve a aprovação para uso clínico pela Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, e só em 2005 o dispositivo chegou ao Brasil(44 Malerbi AS. Implante auditivo de tronco encefálico em pacientes com perda auditiva neurossensorial profunda por meningite e ossificação coclear total bilateral [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2017. http://dx.doi.org/10.11606/T.5.2017.tde-25082017-094437.
http://dx.doi.org/10.11606/T.5.2017.tde-...
,66 Santos SN, Tochetto TM. Implante auditivo do tronco encefálico: revisão de literatura. Rev CEFAC. 2007;9(4):543-9. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-18462007000400015.
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).

Para os resultados após ABI deve-se considerar, entre outros fatores, a idade da implantação, presença de outras comorbidades, expectativa e apoio familiar, reabilitação auditiva e de linguagem(77 Fernandes NF. Benefícios do implante auditivo de tronco cerebral em adultos e crianças [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2018. http://dx.doi.org/10.11606/T.5.2018.tde-02082018-125921.
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) e o paciente deve estar ciente de que a audição não será reestabelecida totalmente(66 Santos SN, Tochetto TM. Implante auditivo do tronco encefálico: revisão de literatura. Rev CEFAC. 2007;9(4):543-9. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-18462007000400015.
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).

É necessário que se saiba a respeito da evolução das habilidades de audição e linguagem oral de indivíduos implantados com o ABI, para que seja traçado um bom planejamento terapêutico e a família e o próprio indivíduo sejam orientados de maneira adequada quanto ao prognóstico do caso. Assim, devido aos resultados inconclusivos dos estudos com usuários de ABI em relação à melhora da percepção de fala e desenvolvimento da linguagem oral (em crianças), observa-se a necessidade da busca na literatura para compilar os dados encontrados.

OBJETIVO

De acordo com a literatura pesquisada, observaram-se questionamentos relacionados aos benefícios obtidos quanto à percepção auditiva da fala e o desenvolvimento de linguagem oral em usuários de ABI e constatou-se a necessidade da realização de uma revisão de escopo para mapear as limitações observadas, falhas metodológicas e lacunas no conhecimento científico nos estudos sobre este tema. Dessa forma, a presente revisão de escopo teve o objetivo de mapear as pesquisas realizadas nesta temática, para responder à seguinte pergunta norteadora: “O que se sabe sobre a habilidade de percepção auditiva da fala e de linguagem oral em indivíduos usuários de implante auditivo de tronco encefálico?”

ESTRATÉGIA DE PESQUISA

Fontes de informação e estratégia de busca

Os descritores em português foram selecionados no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e descritores em inglês selecionados no Medical Subject Headings (MeSH). A busca foi realizada no mês de julho de 2020, nas seguintes bases de dados: Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Public Medicine Library (PubMed) e Scientific Electronic Library Online (SciELO) e, como literatura cinzenta, utilizou-se a fonte de informação Google Acadêmico, mediante as seguintes combinações de descritores: (1) implante auditivo de tronco encefálico AND linguagem; (2) auditory brainstem implantation AND language; (3) implante auditivo de tronco encefálico AND audição AND percepção auditiva; (4) auditory brainstem implantation AND hearing AND auditory perception.

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Utilizou-se a estratégia com o anagrama PICOS(88 Galvão TF, Pereira BMG. Revisões sistemáticas da literatura: passos para sua elaboração. Epidemiol Serv Saude. 2014;23(1):183-4. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742014000100018.
http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742014...
) para construção dos critérios de elegibilidade dos estudos, sendo considerado:

  • População: estudos em que a amostra foi composta por indivíduos com perda auditiva sensorioneural bilateral de grau profundo;

  • Intervenção: estudos com usuários de ABI;

  • Comparação: estudos em que foi realizada comparação de sujeitos usuários de ABI com indivíduos usuários de implante coclear;

  • Desfecho: estudos em que foi realizada análise da percepção auditiva e do desenvolvimento de linguagem oral em usuários de ABI, com aplicação de testes e/ou questionários para avaliação destas habilidades;

    -Tipos de estudos: estudos intervencionais ou observacionais; artigos disponíveis na íntegra em acesso livre e/ou pela Virtual Private Network (VPN) e nos idiomas português e/ou inglês; estudos publicados a partir do ano de 2015.

Foram excluídos estudos de revisão de literatura; aqueles realizados somente com indivíduos usuários de outros dispositivos que não o ABI; estudos que tratassem somente do dispositivo ABI, porém sem explanar sobre resultados de testes de percepção auditiva e/ou de linguagem de seus usuários.

Seleção das fontes de evidência

As fases de seleção foram realizadas de forma independente, por três revisoras. Os desacordos entre elas a respeito dos estudos a serem incluídos foram resolvidos por uma quarta revisora, com experiência na área de (re)habilitação auditiva.

Inicialmente, os estudos foram pré-selecionados pelos títulos e tiveram seus resumos lidos, para verificar se correspondiam ao objetivo proposto para esta revisão. Em seguida, foi realizada a leitura na íntegra dos estudos incluídos.

ANÁLISE DOS DADOS

Processo de mapeamento e coleta dos dados

Uma tabela em arquivo Excel foi desenvolvida para inserção dos dados de interesse dos estudos incluídos, para mapeamento das evidências. Três revisoras coletaram as seguintes informações dos estudos selecionados para inclusão: casuística (número de participantes, faixa etária, gênero e diagnóstico), testes utilizados, principais resultados e conclusão. Como dados complementares identificaram-se: a) tipo de pesquisa, b) ano de publicação, c) nacionalidade da pesquisa, d) idioma em que foi publicada(99 Mandrá PP, Moretti TCF, Avezum LA, Kuroishi RCS. Terapia assistida por animais: revisão sistemática da literatura. CoDAS. 2019;31(3):e20180243. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20182018243. PMid:31271584.
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). Não foi realizada, neste estudo, a avaliação da qualidade metodológica e a classificação do nível de evidência dos estudos incluídos.

RESULTADOS

Seleção das fontes de evidência

Foram encontrados 1767 artigos nas bases de dados e fonte de informação. Destes, selecionaram-se 81 pelo título, dos quais, após leitura dos resumos, 35 foram escolhidos para leitura na íntegra e, por fim, 27 estudos(1010 Yücel E, Aslan F, Özkan HB, Sennaroglu L. Recent rehabilitation experience with pediatric ABI users. J Int Adv Otol. 2015;11(2):110-3. http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.915. PMid:26380998.
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11 Puram SV, Herrmann B, Barker FG 2nd, Lee DJ. Retrosigmoid craniotomy for auditory brainstem implantation in adult patients with neurofibromatosis Type 2. J Neurol Surg B Skull Base. 2015;76(6):440-50. http://dx.doi.org/10.1055/s-0034-1544121. PMid:27054058.
http://dx.doi.org/10.1055/s-0034-1544121...

12 Lundin K, Stillesjo F, Nyberg G, Rask-Andersen H. Self-reported benefit, sound perception and quality-of-life in patients with auditory brainstem implants (ABIs). Acta Otolaryngol. 2016;136(1):62-7. http://dx.doi.org/10.3109/00016489.2015.1079925. PMid:26426855.
http://dx.doi.org/10.3109/00016489.2015....

13 Sennaroğlu L, Sennaroğlu G, Yücel E, Bilginer B, Atay G, Bajin MD, et al. Long-term results of ABI in children with severe inner ear malformations. Otol Neurotol. 2016;37(7):865-72. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000001050. PMid:27273392.
http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000...

14 Lundin K, Stillesjö F, Nyberg G, Rask-Andersen H. Experiences from Auditory Brainstem Implantation (ABIs) in four paediatric patients. Cochlear Implants Int. 2016;17(2):109-15. http://dx.doi.org/10.1080/14670100.2016.1142693. PMid:26841821.
http://dx.doi.org/10.1080/14670100.2016....

15 Puram SV, Barber SR, Kozin ED, Shah P, Remenschneider A, Herrmann BS, et al. Outcomes following Pediatric Auditory Brainstem Implant Surgery. Otolaryngol Head Neck Surg. 2016 Jul;155(1):133-8. http://dx.doi.org/10.1177/0194599816637599. PMid:27095049.
http://dx.doi.org/10.1177/01945998166375...

16 Thong JF, Sung JKK, Wong TKC, Tong MCF. Auditory brainstem implantation in chinese patients with neurofibromatosis Type II: the Hong Kong Experience. Otol Neurotol. 2016;37(7):956-62. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000001101. PMid:27273391.
http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000...

17 Ramsden RT, Freeman SRM, Lloyd SKW, King AT, Shi X, Ward CL, et al. Auditory brainstem implantation in neurofibromatosis Type 2: experience from the Manchester Programme. Otol Neurotol. 2016;37(9):1267-74. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000001166. PMid:27525707.
http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000...

18 Wilkinson EP, Eisenberg LS, Krieger MD, Schwartz MS, Winter M, Glater JL, et al. Initial results of a safety and feasibility study of auditory brainstem implantation in congenitally deaf children. Otol Neurotol. 2017;38(2):212-20. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000001287. PMid:27898605.
http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000...

19 Goyal S, Krishnan SS, Kameswaran M, Vasudevan MC, Ranjith, Natarajan K. Does cerebelar flocculus size affect subjective outcomes in pediatric auditory brainstem implantation. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2017;97:30-4. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2017.03.027. PMid:28483247.
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20 AI-Momani MO. Five years audiological outcomes of the first Saudi Auditory Brainstem Implant (ABI). Saudi J Otorhinolaryngol Head Neck Surg. 2017;19(1):32-4. http://dx.doi.org/10.4103/1319-8491.275311.
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21 Jung NY, Kim M, Chang WS, Jung HH, Choi JY, Chang JW. Favorable long-term functional outcomes and safety of auditory brainstem implants in nontumor patients. Oper Neurosurg (Hagerstown). 2017;13(6):653-60. http://dx.doi.org/10.1093/ons/opx046. PMid:29186598.
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-3636 Fernandes NF, de Queiroz Teles Gomes M, Tsuji RK, Bento RF, Goffi-Gomez MVS. Auditory and language skills in children with auditory brainstem implants. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:110010. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110010. PMid:32234651.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
) atenderam aos critérios de elegibilidade e foram incluídos nesta revisão (Figura 1).

Figura 1
Fluxograma da seleção dos artigos

Características das fontes de evidência

Dos 27 estudos incluídos nesta revisão, a maioria (n=8) foi realizada nos Estados Unidos da América (EUA), seguidos da Turquia (n=4). Apenas dois(2929 Raghunandhan S, Madhav K, Senthilvadivu A, Natarajan K, Kameswaran M. Paediatric auditory brainstem implantation: the South Asian experience. Eur Ann Otorhinolaryngol Head Neck Dis. 2019;136(3S):S9-14. http://dx.doi.org/10.1016/j.anorl.2018.08.015. PMid:30293957.
http://dx.doi.org/10.1016/j.anorl.2018.0...
,3636 Fernandes NF, de Queiroz Teles Gomes M, Tsuji RK, Bento RF, Goffi-Gomez MVS. Auditory and language skills in children with auditory brainstem implants. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:110010. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110010. PMid:32234651.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
) são de autoria brasileira, sendo ambos da mesma equipe de pesquisa de um centro que, atualmente, é um dos poucos que realizam a cirurgia para colocação do ABI no Brasil via Sistema Único de Saúde (SUS). Isso justifica a escassez de pesquisas na área em âmbito nacional.

Em média, os estudos incluídos foram realizados com 13 participantes, variando de 1 a 60 participantes, com faixas etárias entre 1 e 76 anos, contendo participantes dos gêneros masculino e feminino.

Resultados individuais das fontes de evidência

Os principais dados dos estudos incluídos estão dispostos na Tabela 1.

Tabela 1
Principais dados dos estudos incluídos na revisão (n= 27)

DISCUSSÃO

ABI em crianças

Ao todo, foram avaliadas 251 crianças usuárias de ABI. Dessas, 97,60% (n=245) apresentavam surdez pré-lingual e 2,40% (n=6) apresentavam surdez pós-lingual.

O total de 15,93% (n=40) das crianças avaliadas apresentava comorbidades associadas, sendo, 17,50% (n=7/40) com síndrome de Charge(1414 Lundin K, Stillesjö F, Nyberg G, Rask-Andersen H. Experiences from Auditory Brainstem Implantation (ABIs) in four paediatric patients. Cochlear Implants Int. 2016;17(2):109-15. http://dx.doi.org/10.1080/14670100.2016.1142693. PMid:26841821.
http://dx.doi.org/10.1080/14670100.2016....
,2222 Teagle HFB, Henderson L, He S, Ewend MG, Buchman CA. Pediatric Auditoy brainstem implantation: surgical, electrophysiological and behavioral outcomes. Ear Hear. 2018;39(2):326-36. http://dx.doi.org/10.1097/AUD.0000000000000501. PMid:29023243.
http://dx.doi.org/10.1097/AUD.0000000000...
,2424 Asfour L, Friedmann DR, Shapiro WH, Roland JT Jr, Waltzman SB. Early experience and health related quality of life outcomes following auditory brainstem implantation in children. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2018;113:140-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2018.07.037. PMid:30173973.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2018....
,2525 Eisenberg LS, Hammes Ganguly D, Martinez AS, Fisher LM, Winter ME, Glater JL, et al. Early communication development of children with auditory brainstem implants. J Deaf Stud Deaf Educ. 2018;23(3):249-60. http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010. PMid:29718280.
http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010...
), 2,50% (n=1/40) com síndrome de Down(3434 Batuk MO, Cinar BC, Yarali M, Aslan F, Ozkan HB, Sennaroglu G, et al. Bimodal stimulation in children with inner ear malformation: one side cochlear implant and contralateral auditory brainstem implant. Clin Otolaryngol. 2020;45(2):231-8. http://dx.doi.org/10.1111/coa.13499. PMid:31854074.
http://dx.doi.org/10.1111/coa.13499...
) , 5% (n=2/40) com síndrome de Goldenhar(1313 Sennaroğlu L, Sennaroğlu G, Yücel E, Bilginer B, Atay G, Bajin MD, et al. Long-term results of ABI in children with severe inner ear malformations. Otol Neurotol. 2016;37(7):865-72. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000001050. PMid:27273392.
http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000...
,2525 Eisenberg LS, Hammes Ganguly D, Martinez AS, Fisher LM, Winter ME, Glater JL, et al. Early communication development of children with auditory brainstem implants. J Deaf Stud Deaf Educ. 2018;23(3):249-60. http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010. PMid:29718280.
http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010...
), 25% (n=10/40) com retardo mental, atrasos cognitivos e/ou de desenvolvimento(1010 Yücel E, Aslan F, Özkan HB, Sennaroglu L. Recent rehabilitation experience with pediatric ABI users. J Int Adv Otol. 2015;11(2):110-3. http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.915. PMid:26380998.
http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.915...
,2323 Sung JKK, Luk BPK, Wong TKC, Thong JF, Wong HT, Tong MCF. Pediatric auditory brainstem implantation impacto n audiological rehabilitation and tonal language development. Audiol Neurootol. 2018;23(2):126-34. http://dx.doi.org/10.1159/000491991. PMid:30227389.
http://dx.doi.org/10.1159/000491991...
,2525 Eisenberg LS, Hammes Ganguly D, Martinez AS, Fisher LM, Winter ME, Glater JL, et al. Early communication development of children with auditory brainstem implants. J Deaf Stud Deaf Educ. 2018;23(3):249-60. http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010. PMid:29718280.
http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010...
,3636 Fernandes NF, de Queiroz Teles Gomes M, Tsuji RK, Bento RF, Goffi-Gomez MVS. Auditory and language skills in children with auditory brainstem implants. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:110010. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110010. PMid:32234651.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
), 2,50% (n=1/40) com transtorno do espectro autista (TEA)(2525 Eisenberg LS, Hammes Ganguly D, Martinez AS, Fisher LM, Winter ME, Glater JL, et al. Early communication development of children with auditory brainstem implants. J Deaf Stud Deaf Educ. 2018;23(3):249-60. http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010. PMid:29718280.
http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010...
), 12,50% (n=5/40) com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)(1010 Yücel E, Aslan F, Özkan HB, Sennaroglu L. Recent rehabilitation experience with pediatric ABI users. J Int Adv Otol. 2015;11(2):110-3. http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.915. PMid:26380998.
http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.915...
) e 37,50% (n=15/40) com comorbidades não especificadas(1010 Yücel E, Aslan F, Özkan HB, Sennaroglu L. Recent rehabilitation experience with pediatric ABI users. J Int Adv Otol. 2015;11(2):110-3. http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.915. PMid:26380998.
http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.915...
,1919 Goyal S, Krishnan SS, Kameswaran M, Vasudevan MC, Ranjith, Natarajan K. Does cerebelar flocculus size affect subjective outcomes in pediatric auditory brainstem implantation. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2017;97:30-4. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2017.03.027. PMid:28483247.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2017....
,2222 Teagle HFB, Henderson L, He S, Ewend MG, Buchman CA. Pediatric Auditoy brainstem implantation: surgical, electrophysiological and behavioral outcomes. Ear Hear. 2018;39(2):326-36. http://dx.doi.org/10.1097/AUD.0000000000000501. PMid:29023243.
http://dx.doi.org/10.1097/AUD.0000000000...
).

Com relação às alterações anatômicas apresentadas pela população pediátrica, 28,68% (n=72/251) apresentavam alterações não especificadas, 13,94% (n=35/251) apresentavam agenesia de nervo auditivo e 13,94% (n=35/251) apresentavam agenesia coclear. Em seguida, observou-se hipoplasia de nervo auditivo em 13,14% (n=33/251) e hipoplasia coclear em 13,14% (n=33/251); aplasia de Michel, em 2,78% (n=7/251) e ossificação coclear em 1,59% (n=4/251).

Nos estudos realizados com a população pediátrica (n= 23), os protocolos mais utilizados para avaliação das habilidades de audição e linguagem foram: Categories of Auditory Perception (CAP)(1010 Yücel E, Aslan F, Özkan HB, Sennaroglu L. Recent rehabilitation experience with pediatric ABI users. J Int Adv Otol. 2015;11(2):110-3. http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.915. PMid:26380998.
http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.915...
,1212 Lundin K, Stillesjo F, Nyberg G, Rask-Andersen H. Self-reported benefit, sound perception and quality-of-life in patients with auditory brainstem implants (ABIs). Acta Otolaryngol. 2016;136(1):62-7. http://dx.doi.org/10.3109/00016489.2015.1079925. PMid:26426855.
http://dx.doi.org/10.3109/00016489.2015....
,1313 Sennaroğlu L, Sennaroğlu G, Yücel E, Bilginer B, Atay G, Bajin MD, et al. Long-term results of ABI in children with severe inner ear malformations. Otol Neurotol. 2016;37(7):865-72. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000001050. PMid:27273392.
http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000...
,1919 Goyal S, Krishnan SS, Kameswaran M, Vasudevan MC, Ranjith, Natarajan K. Does cerebelar flocculus size affect subjective outcomes in pediatric auditory brainstem implantation. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2017;97:30-4. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2017.03.027. PMid:28483247.
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,2121 Jung NY, Kim M, Chang WS, Jung HH, Choi JY, Chang JW. Favorable long-term functional outcomes and safety of auditory brainstem implants in nontumor patients. Oper Neurosurg (Hagerstown). 2017;13(6):653-60. http://dx.doi.org/10.1093/ons/opx046. PMid:29186598.
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,2222 Teagle HFB, Henderson L, He S, Ewend MG, Buchman CA. Pediatric Auditoy brainstem implantation: surgical, electrophysiological and behavioral outcomes. Ear Hear. 2018;39(2):326-36. http://dx.doi.org/10.1097/AUD.0000000000000501. PMid:29023243.
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,2929 Raghunandhan S, Madhav K, Senthilvadivu A, Natarajan K, Kameswaran M. Paediatric auditory brainstem implantation: the South Asian experience. Eur Ann Otorhinolaryngol Head Neck Dis. 2019;136(3S):S9-14. http://dx.doi.org/10.1016/j.anorl.2018.08.015. PMid:30293957.
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,3030 Faes J, Gillis S. Expressive vocabulary growth after pediatric auditory brainstem implantation in two cases’spontaneous productions: a comparison with children with cochlear implants and typical hearing. Front Pediatr. 2019;7:191. http://dx.doi.org/10.3389/fped.2019.00191. PMid:31157193.
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,3232 van der Straaten TFK, Netten AP, Boermans PPBM, Briaire JJ, Scholing E, Koot RW, et al. Pediatric auditory brainstem implant users compared with cochlear implant users with additional disabilities. Otol Neurotol. 2019;40(7):936-45. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000002306. PMid:31295204.
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33 Rajeswaran R, Kameswaran M. Auditory brainstem implantation (ABI) in children without neurofibromatosis type II (NF2): communication performance and safety after 24 months of use. Cochlear Implants Int. 2020;21(3):127-35. http://dx.doi.org/10.1080/14670100.2019.1690264. PMid:31847793.
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-3434 Batuk MO, Cinar BC, Yarali M, Aslan F, Ozkan HB, Sennaroglu G, et al. Bimodal stimulation in children with inner ear malformation: one side cochlear implant and contralateral auditory brainstem implant. Clin Otolaryngol. 2020;45(2):231-8. http://dx.doi.org/10.1111/coa.13499. PMid:31854074.
http://dx.doi.org/10.1111/coa.13499...
), Speech Intelligibility Rating (SIR)(1010 Yücel E, Aslan F, Özkan HB, Sennaroglu L. Recent rehabilitation experience with pediatric ABI users. J Int Adv Otol. 2015;11(2):110-3. http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.915. PMid:26380998.
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,1313 Sennaroğlu L, Sennaroğlu G, Yücel E, Bilginer B, Atay G, Bajin MD, et al. Long-term results of ABI in children with severe inner ear malformations. Otol Neurotol. 2016;37(7):865-72. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000001050. PMid:27273392.
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,1919 Goyal S, Krishnan SS, Kameswaran M, Vasudevan MC, Ranjith, Natarajan K. Does cerebelar flocculus size affect subjective outcomes in pediatric auditory brainstem implantation. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2017;97:30-4. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2017.03.027. PMid:28483247.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2017....
,2929 Raghunandhan S, Madhav K, Senthilvadivu A, Natarajan K, Kameswaran M. Paediatric auditory brainstem implantation: the South Asian experience. Eur Ann Otorhinolaryngol Head Neck Dis. 2019;136(3S):S9-14. http://dx.doi.org/10.1016/j.anorl.2018.08.015. PMid:30293957.
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,3232 van der Straaten TFK, Netten AP, Boermans PPBM, Briaire JJ, Scholing E, Koot RW, et al. Pediatric auditory brainstem implant users compared with cochlear implant users with additional disabilities. Otol Neurotol. 2019;40(7):936-45. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000002306. PMid:31295204.
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33 Rajeswaran R, Kameswaran M. Auditory brainstem implantation (ABI) in children without neurofibromatosis type II (NF2): communication performance and safety after 24 months of use. Cochlear Implants Int. 2020;21(3):127-35. http://dx.doi.org/10.1080/14670100.2019.1690264. PMid:31847793.
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34 Batuk MO, Cinar BC, Yarali M, Aslan F, Ozkan HB, Sennaroglu G, et al. Bimodal stimulation in children with inner ear malformation: one side cochlear implant and contralateral auditory brainstem implant. Clin Otolaryngol. 2020;45(2):231-8. http://dx.doi.org/10.1111/coa.13499. PMid:31854074.
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-3535 Aslan F, Ozkan HB, Yucel E, Sennaroglu G, Bilginer B, Sennaroglu L. Effects of age at auditory brainstem implantation: impact on auditory perception, language development, speech intelligibility. Otol Neurotol. 2020;41(1):11-20. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000002455. PMid:31789803.
http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000...
), Infant-Toddler Meaningful Auditory Integration Scale (IT-MAIS)(1616 Thong JF, Sung JKK, Wong TKC, Tong MCF. Auditory brainstem implantation in chinese patients with neurofibromatosis Type II: the Hong Kong Experience. Otol Neurotol. 2016;37(7):956-62. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000001101. PMid:27273391.
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,1818 Wilkinson EP, Eisenberg LS, Krieger MD, Schwartz MS, Winter M, Glater JL, et al. Initial results of a safety and feasibility study of auditory brainstem implantation in congenitally deaf children. Otol Neurotol. 2017;38(2):212-20. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000001287. PMid:27898605.
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,2121 Jung NY, Kim M, Chang WS, Jung HH, Choi JY, Chang JW. Favorable long-term functional outcomes and safety of auditory brainstem implants in nontumor patients. Oper Neurosurg (Hagerstown). 2017;13(6):653-60. http://dx.doi.org/10.1093/ons/opx046. PMid:29186598.
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,2424 Asfour L, Friedmann DR, Shapiro WH, Roland JT Jr, Waltzman SB. Early experience and health related quality of life outcomes following auditory brainstem implantation in children. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2018;113:140-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2018.07.037. PMid:30173973.
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,2525 Eisenberg LS, Hammes Ganguly D, Martinez AS, Fisher LM, Winter ME, Glater JL, et al. Early communication development of children with auditory brainstem implants. J Deaf Stud Deaf Educ. 2018;23(3):249-60. http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010. PMid:29718280.
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,3232 van der Straaten TFK, Netten AP, Boermans PPBM, Briaire JJ, Scholing E, Koot RW, et al. Pediatric auditory brainstem implant users compared with cochlear implant users with additional disabilities. Otol Neurotol. 2019;40(7):936-45. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000002306. PMid:31295204.
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,3636 Fernandes NF, de Queiroz Teles Gomes M, Tsuji RK, Bento RF, Goffi-Gomez MVS. Auditory and language skills in children with auditory brainstem implants. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:110010. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110010. PMid:32234651.
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), Meaningful Auditory Integration Scale (MAIS)(1818 Wilkinson EP, Eisenberg LS, Krieger MD, Schwartz MS, Winter M, Glater JL, et al. Initial results of a safety and feasibility study of auditory brainstem implantation in congenitally deaf children. Otol Neurotol. 2017;38(2):212-20. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000001287. PMid:27898605.
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,2525 Eisenberg LS, Hammes Ganguly D, Martinez AS, Fisher LM, Winter ME, Glater JL, et al. Early communication development of children with auditory brainstem implants. J Deaf Stud Deaf Educ. 2018;23(3):249-60. http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010. PMid:29718280.
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,3333 Rajeswaran R, Kameswaran M. Auditory brainstem implantation (ABI) in children without neurofibromatosis type II (NF2): communication performance and safety after 24 months of use. Cochlear Implants Int. 2020;21(3):127-35. http://dx.doi.org/10.1080/14670100.2019.1690264. PMid:31847793.
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,3434 Batuk MO, Cinar BC, Yarali M, Aslan F, Ozkan HB, Sennaroglu G, et al. Bimodal stimulation in children with inner ear malformation: one side cochlear implant and contralateral auditory brainstem implant. Clin Otolaryngol. 2020;45(2):231-8. http://dx.doi.org/10.1111/coa.13499. PMid:31854074.
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,3636 Fernandes NF, de Queiroz Teles Gomes M, Tsuji RK, Bento RF, Goffi-Gomez MVS. Auditory and language skills in children with auditory brainstem implants. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:110010. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110010. PMid:32234651.
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), Meaningful Use of Speech Scale (MUSS)(2121 Jung NY, Kim M, Chang WS, Jung HH, Choi JY, Chang JW. Favorable long-term functional outcomes and safety of auditory brainstem implants in nontumor patients. Oper Neurosurg (Hagerstown). 2017;13(6):653-60. http://dx.doi.org/10.1093/ons/opx046. PMid:29186598.
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) e Early Speech Perception Test (ESP)(2222 Teagle HFB, Henderson L, He S, Ewend MG, Buchman CA. Pediatric Auditoy brainstem implantation: surgical, electrophysiological and behavioral outcomes. Ear Hear. 2018;39(2):326-36. http://dx.doi.org/10.1097/AUD.0000000000000501. PMid:29023243.
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,2525 Eisenberg LS, Hammes Ganguly D, Martinez AS, Fisher LM, Winter ME, Glater JL, et al. Early communication development of children with auditory brainstem implants. J Deaf Stud Deaf Educ. 2018;23(3):249-60. http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010. PMid:29718280.
http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010...
).

Em relação ao IC, 11,95% (n=30) deixaram de usá-lo para usar o ABI e 12,35% (n=31) usavam os dois dispositivos concomitantemente. Um estudo(2222 Teagle HFB, Henderson L, He S, Ewend MG, Buchman CA. Pediatric Auditoy brainstem implantation: surgical, electrophysiological and behavioral outcomes. Ear Hear. 2018;39(2):326-36. http://dx.doi.org/10.1097/AUD.0000000000000501. PMid:29023243.
http://dx.doi.org/10.1097/AUD.0000000000...
) avaliou cinco crianças entre 1,6 e 5 anos de idade, com hipoplasia coclear. Três delas usavam o IC (2 unilaterais e 1 bilateral) antes da implantação do ABI. As duas crianças usuárias de IC unilateral não utilizavam seus dispositivos pela ausência de benefício e foram submetidas à cirurgia para colocação do ABI no lado contralateral. Já a criança usuária de IC bilateral apresentava detecção auditiva, porém, deixou de ter benefícios com os dispositivos, mesmo após quatro anos inserida em terapia intensiva de reabilitação auditiva. Essa criança foi submetida à retirada dos dois dispositivos e implantou o ABI bilateralmente. Das crianças que utilizavam IC unilateral, após colocação do ABI, os escores mantiveram-se baixos, havendo o desenvolvimento apenas de vocalizações, mas sem evolução para a emissão de vocábulos. A criança que foi submetida à colocação do ABI bilateral passou a reconhecer consoantes após cerca de três anos de uso desses dispositivos. Foi indicado algum método de comunicação visual para esses pacientes.

Outro estudo(2121 Jung NY, Kim M, Chang WS, Jung HH, Choi JY, Chang JW. Favorable long-term functional outcomes and safety of auditory brainstem implants in nontumor patients. Oper Neurosurg (Hagerstown). 2017;13(6):653-60. http://dx.doi.org/10.1093/ons/opx046. PMid:29186598.
http://dx.doi.org/10.1093/ons/opx046...
) avaliou 12 crianças com etiologias variadas, sendo que, destas, oito faziam uso do IC antes de serem submetidas à colocação do ABI. Em cinco das oito crianças, o IC foi removido e o ABI implantado ipsilateralmente e, no restante, o ABI foi implantado contralateralmente, permanecendo os dois dispositivos. A maioria das crianças apresentou detecção auditiva com o uso do ABI e também melhor escore no CAP. Apenas uma das crianças que usavam IC e ABI apresentou desenvolvimento das habilidades auditivas, alcançando o reconhecimento de frases familiares sem a ajuda de leitura labial. Os autores concluíram que o ABI pode ser uma opção viável de tratamento para indivíduos que não podem ser tratados com o IC.

Dos 12 pacientes avaliados em um outro estudo(3434 Batuk MO, Cinar BC, Yarali M, Aslan F, Ozkan HB, Sennaroglu G, et al. Bimodal stimulation in children with inner ear malformation: one side cochlear implant and contralateral auditory brainstem implant. Clin Otolaryngol. 2020;45(2):231-8. http://dx.doi.org/10.1111/coa.13499. PMid:31854074.
http://dx.doi.org/10.1111/coa.13499...
), nove haviam utilizado o IC antes do ABI. Os autores consideraram que o uso do IC foi “falho” quando, após seis meses de uso do dispositivo, os usuários não apresentaram evolução quanto ao desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem oral. Os 12 pacientes apresentavam hipoplasia de nervo auditivo. Dentre eles, 11 avançaram para detecção auditiva com o ABI, quatro obtiveram resultados de 50% de acerto em testes de percepção de fala em conjunto aberto e dois obtiveram 50% de pontuação em testes de discriminação auditiva em conjunto fechado.

Outro estudo(2525 Eisenberg LS, Hammes Ganguly D, Martinez AS, Fisher LM, Winter ME, Glater JL, et al. Early communication development of children with auditory brainstem implants. J Deaf Stud Deaf Educ. 2018;23(3):249-60. http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010. PMid:29718280.
http://dx.doi.org/10.1093/deafed/eny010...
) avaliou dez crianças, todas elas com experiência prévia em IC. Seis delas deixaram de usar IC para utilizarem o ABI e as outras quatro crianças continuaram apenas com o IC, sem optar pelo ABI, mesmo três delas não apresentando benefícios com o dispositivo. Das seis crianças usuárias do ABI, quatro apresentavam hipoplasia de nervo auditivo. Após três anos de uso do ABI, apenas uma dessas quatro crianças foi capaz de reconhecer auditivamente palavras em conjunto aberto. Todas as crianças tornaram-se capazes de emitir vocábulos isolados básicos do dia a dia após um a dois anos de uso do ABI, porém com inteligibilidade de fala prejudicada.

Nota-se que houve um número considerável de crianças com alterações anatômicas de cóclea ou nervo auditivo que deixaram de usar o IC e migraram para o uso do ABI, certamente almejando melhores resultados no desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem. A experiência com IC antes da implantação do ABI pode favorecer o desenvolvimento das habilidades de percepção auditiva. Em um dos estudos(3434 Batuk MO, Cinar BC, Yarali M, Aslan F, Ozkan HB, Sennaroglu G, et al. Bimodal stimulation in children with inner ear malformation: one side cochlear implant and contralateral auditory brainstem implant. Clin Otolaryngol. 2020;45(2):231-8. http://dx.doi.org/10.1111/coa.13499. PMid:31854074.
http://dx.doi.org/10.1111/coa.13499...
) incluídos nesta revisão, os autores afirmam que o uso do IC e ABI concomitantemente pode trazer melhores escores quanto ao reconhecimento de vocábulos para crianças com surdez pré-lingual. No entanto, todas as crianças avaliadas nesse estudo estavam aprendendo língua de sinais ou outro método de comunicação visual. Reforça-se que os autores de todos os trabalhos incluídos nesta revisão foram unânimes em indicar algum outro método de comunicação, que não o oral, para as crianças usuárias de ABI.

Em sua maioria, as crianças apresentavam limiares auditivos entre 90 e 120 dBNA antes da implantação do ABI e passaram a apresentar níveis mínimos de resposta em campo livre entre 20 e 45 dBNA com o dispositivo, reforçando a importância da terapia fonoaudiólogica nessa população, uma vez que a melhora dos limiares auditivos tonais não representa bom desempenho de percepção auditiva da fala e desenvolvimento de linguagem oral.

O desempenho dos usuários de ABI, na maioria das vezes, é equivalente ao desempenho do IC monocanal e, apesar de os resultados pós-cirúrgicos estarem bem documentados como significativamente mais pobres que os resultados do IC, em todo o mundo, o dispositivo é capaz de melhorar a comunicação e socialização do indivíduo, a partir do momento em que traz melhora em relação à segurança física e psicológica das crianças, ajudando-as a se conectarem melhor ao ambiente e às pessoas ao seu redor(2020 AI-Momani MO. Five years audiological outcomes of the first Saudi Auditory Brainstem Implant (ABI). Saudi J Otorhinolaryngol Head Neck Surg. 2017;19(1):32-4. http://dx.doi.org/10.4103/1319-8491.275311.
http://dx.doi.org/10.4103/1319-8491.2753...
).

Um dos estudos(3232 van der Straaten TFK, Netten AP, Boermans PPBM, Briaire JJ, Scholing E, Koot RW, et al. Pediatric auditory brainstem implant users compared with cochlear implant users with additional disabilities. Otol Neurotol. 2019;40(7):936-45. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000002306. PMid:31295204.
http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000...
) concluiu que o desempenho de crianças com ABI sem outras comorbidades pode ser equiparado ao de uma criança usuária de IC que apresente outras comorbidades, além da deficiência auditiva.

Os resultados na literatura específica são variáveis, mesmo grande parte dos autores concordando que a maioria das crianças submetidas a implantação do ABI alcançam resultados limitados. Há uma evolução lenta quanto ao desenvolvimento das habilidades auditivas, com quase nenhuma evolução no primeiro ano, diferente da evolução que ocorre quando se utiliza o implante coclear(1818 Wilkinson EP, Eisenberg LS, Krieger MD, Schwartz MS, Winter M, Glater JL, et al. Initial results of a safety and feasibility study of auditory brainstem implantation in congenitally deaf children. Otol Neurotol. 2017;38(2):212-20. http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000001287. PMid:27898605.
http://dx.doi.org/10.1097/MAO.0000000000...
).

ABI em adultos

Com relação aos estudos compostos por amostras com adultos (n= 6), foram avaliados 104 indivíduos. Quanto à etiologia, constatou-se predomínio da neurofibromatose tipo 2 (NF-2) em 84,61% (n=88), seguida de ossificação coclear, em 11,53% (n=12) e outras etiologias não especificadas em 3,86% (n=4).

Um estudo(2727 Peng KA, Lorenz MB, Otto SR, Brackmann DE, Wilkinson EP. Cochlear Implantation and Auditory Brainstem Implantation in Neurofibromatosis Type 2. Laryngoscope. 2018;128(9):2163-9. http://dx.doi.org/10.1002/lary.27181. PMid:29573425.
http://dx.doi.org/10.1002/lary.27181...
) realizado com adultos com NF-2 avaliou dez indivíduos, dos quais, nove haviam feito uso do IC previamente. Observou-se que o IC se mostrou mais benéfico em relação à percepção auditiva da fala nos primeiros anos, porém, quatro indivíduos apresentaram regressão quanto às habilidades auditivas e observou-se que o IC, então, deixou de fornecer benefícios nesse sentido. Por outro lado, o ABI demonstrou benefícios para a neuroplasticidade relacionada às habilidades auditivas cerca de oito anos pós-implantação nos nove participantes e sem declínio posterior. Apesar disso, usuários que tiveram experiências com os dois dispositivos relataram preferir a qualidade sonora do IC, à do ABI. O estudo concluiu que, apesar do IC ter a colocação de eletrodos mais fáceis e superar o ABI em benefícios nos primeiros anos, o ABI continua sendo a melhor opção de tratamento para pacientes com NF-2.

Estudo(3737 Monteiro TA, Goffi-Gomez MV, Tsuji RK, Gomes MQ, Brito Neto RV, Bento RF. Neurofibromatosis 2: hearing restoration options. Braz J Otorhinolaryngol. 2012;78(5):128-34. http://dx.doi.org/10.5935/1808-8694.20120020. PMid:23108832.
http://dx.doi.org/10.5935/1808-8694.2012...
) realizado em 2012 avaliou quatro adultos com NF-2, sendo um usuário de IC e três usuários de ABI. Os três usuários do ABI tinham média de idade de 26 anos, média de seis anos de surdez e usavam seus dispositivos regularmente. O desempenho auditivo foi variável. Um dos participantes não foi capaz de reconhecer sentenças em conjunto aberto e só 20%, em conjunto fechado; os outros dois reconheceram 100% de sentenças em conjunto fechado e 10% e 20% em conjunto aberto e, só um foi capaz de se comunicar ao telefone. A participante usuária de IC tinha 36 anos e surdez progressiva há dez anos, usava o IC regularmente e usava o AASI contralateral há sete meses. Após 12 meses, a paciente havia atingido apenas a capacidade de detectar sons ambientais. Esse estudo concluiu que quando o nervo auditivo não estiver preservado o ABI é a melhor opção de reabilitação auditiva para pacientes com NF-2, o que já havia sido confirmado por um estudo(3838 Vincenti V, Pasanisi E, Guida M, Di Trapani G, Sanna M. Hearing rehabilitation in neurofibromatosis type 2 patients: cochlear versus auditory brainstem implantation. Audiol Neurootol. 2008;13(4):273-80. http://dx.doi.org/10.1159/000115437. PMid:18259080.
http://dx.doi.org/10.1159/000115437...
) realizado em 2008, no qual nove adultos com NF-2 foram avaliados, sendo quatro deles usuários de IC e cinco usuários de ABI. Os participantes foram pareados quanto à idade cronológica, que variou de 22 a 47 anos e os autores concluíram que os resultados apresentados pelos usuários de ABI, mesmo que limitados, foram superiores aos apresentados pelos usuários de IC.

Os artigos estavam publicados em 17 periódicos e todos apresentavam fator de impacto no Journal Citation Reports (JCR) 2019 e, em cinco desses periódicos havia mais de um artigo publicado. O fator de impacto tem sido priorizado na avaliação das informações científicas publicadas atualmente(3939 Marziale MHP, Mendes IAC. O fator de impactos das publicações científicas. Rev Latino-am Enfermagem. 2002;10(4):466-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692002000400001.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692002...
).

Limitação do estudo

Devido ao fato de ser uma revisão de escopo, há potenciais limitações neste estudo quanto à heterogeneidade e viés de publicação dos estudos incluídos.

CONCLUSÃO

Crianças candidatas ao ABI podem ter o desenvolvimento das habilidades auditivas favorecido com o uso de IC contralateral, quando possível. Observa-se pouca ou nenhuma evolução nos aspectos de desenvolvimento de habilidades auditivas e linguagem oral durante os primeiros anos de uso do ABI. A maioria dos usuários não alcança a habilidade de reconhecimento auditivo em conjunto aberto, ou seja, não adquire a habilidade de reconhecer a fala auditivamente sem nenhum tipo de pista/alternativa de resposta, mesmo após anos de uso.

O ABI é relatado como a melhor opção de dispositivo auditivo para os casos de adultos que apresentam neurofibromatose tipo 2.

Há um lento avanço e prognóstico ruim no que diz respeito ao desenvolvimento da linguagem oral. Há necessidade de que o indivíduo faça uso de leitura orofacial durante a comunicação e, principalmente, tratando-se de crianças com perda auditiva pré-lingual, é unanimidade entre os pesquisadores a recomendação de que seja utilizado algum método visual de comunicação, como a língua de sinais ou comunicação alternativa.

  • Trabalho realizado no Centro Universitário Planalto do Distrito Federal - UNIPLAN - Brasília (DF), Brasil.
  • Financiamento: Nada a declarar.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    28 Nov 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    08 Set 2021
  • Aceito
    30 Set 2022
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