RESUMO
Objetivo avaliar a concordância entre os diferentes critérios de classificação da perda auditiva.
Métodos estudo retrospectivo, transversal, com a coleta dos limiares tonais dos exames auditivos realizados nos pacientes de uma clínica-escola. Foram selecionadas 240 orelhas com perda auditiva, divididas em grau normal, leve e moderado, segundo a classificação tritonal de Lloyd e Kaplan. (LK). Posteriormente, as perdas foram definidas de acordo com as classificações da Organização Mundial da Saúde – OMS, Bureau Internacional d’Audiophonologie - BIAP e com a Lei nº 14.768/2023, que define critérios para a caracterização da deficiência auditiva.
Resultados realizou-se a comparação entre as classificações e foi possível conhecer o índice de concordância entre elas. Ao comparar as classificações da OMS e LK com BIAP, a concordância foi substancial, e entre OMS e LK, foi moderada. Compararam-se os casos da amostra que são definidos como deficiência perante a lei e as classificações.
Conclusão para perdas de configuração descendentes existe concordância entre as classificações de grau para perda auditiva preconizados na literatura. Entretanto, foi possível mensurar essa concordância para auxiliar o profissional na escolha da classificação da perda auditiva visando à elaboração de um laudo audiológico mais fidedigno. Quanto ao critério do valor referencial da limitação auditiva proposto pela legislação brasileira, o estudo elucida que esse critério deixa de beneficiar uma considerável parcela da população com deficiência auditiva.
Palavras-chave:
Pessoas com deficiência auditiva; Audiometria; Testes auditivos; Percepção da fala, Audição
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Legenda: MBIAP = Média Quadritonal Bureau Internacional d’Audiophonologie; MLK = Média Tritonal Lloyd & Kaplan; MOMS = Média Quadritonal Organização Mundial de Saúde; k= índice de concordância Kappa