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Índice de inteligibilidade de fala – Speech Intelligibility Index (SII) e reconhecimento de sentenças no ruído. Estudo em idosos com e sem alteração cognitiva usuários de próteses auditivas* * Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Federal de São Paulo para obtenção do título de bacharel em Fonoaudiologia, com bolsa de Iniciação Científica concedida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP (Processo nº 2016/13847-0).

RESUMO

Objetivo

Investigar os efeitos dos processos cognitivos e do Índice de Inteligibilidade de Fala no reconhecimento de fala no ruído em idosos, com e sem alteração cognitiva, usuários de próteses auditivas.

Métodos

34 idosos, de 64 a 87 anos, com perda auditiva neurossensorial simétrica de grau moderado, usuários de próteses auditivas, foram distribuídos em grupos de idosos sem (GA; n=21) e com (GB; n=13) evidências de alteração cognitiva. A fim de garantir que o ajuste das próteses auditivas estivesse adequado, realizou-se o mapeamento visível de fala amplificada e foram obtidos os indices de ínteligibilidade de fala. Os idosos foram submetidos a uma triagem cognitiva (10-CS) e ao teste Lista de Sentenças em Português. A avaliação constou da pesquisa do limiar de reconhecimento de sentenças no ruído. Esta pesquisa foi realizada em campo livre, na condição sem e com próteses auditivas. Para análise estatística, foram utilizados os testes de Qui-Quadrado e Mann-Whitney. O nível de significância adotado foi de 0,05.

Resultados

Não houve diferença significativa entre os índices de inteligibilidade de fala obtidos em ambos os grupos, tanto na condição com próteses auditivas, como na condição sem as próteses. Verificou-se que os idosos com e sem alteração cognitiva apresentaram o mesmo acesso aos sons da fala (SII), nas duas condições. Observou-se que os idosos sem alteração cognitiva apresentaram menor relação sinal/ruído média, para o reconhecimento de 50% das sentenças na presença de ruído tanto na condição sem próteses auditivas como na condição com próteses, do que aqueles com alteração cognitiva.

Conclusão

Idosos com melhor cognição apresentaram melhor reconhecimento de fala em condições de escuta difícil.

Palavras-chave:
Idosos; Auxiliares de audiçāo; Cognição; Inteligibilidade de fala; Percepção de fala

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