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Aleitamento materno e aspectos fonoaudiológicos: conhecimento e aceitação de mães de uma maternidade

Resumos

Objetivo

Investigar o conhecimento de mães sobre aleitamento materno e aspectos fonoaudiológicos, comparando mães internadas na Unidade Canguru e no Alojamento Conjunto, considerando tempo de internação; e verificar a aceitação sobre a intervenção grupal realizada.

Métodos

Estudo intervencionista e comparativo, com 163 mães de uma maternidade pública. As mães foram divididas em dois grupos (G1 e G2), conforme o tipo de internação (Unidade Canguru ou Alojamento Conjunto). Foi realizado o teste de assertividade com as mães, enfocando aspectos de aleitamento materno, linguagem, motricidade orofacial/fala e audição. Para caracterizar as afirmativas e comparar o conhecimento entre os grupos, foram aplicados, respectivamente, o modelo unidimensional de três parâmetros de Birnbaum, baseado na teoria de resposta ao item e o teste de Mann-Whitney, para nível de conhecimento estimado, com p<0,05. Foram realizadas orientações e aplicado o teste de aceitabilidade, considerando-se bem aceito valores ≥85%.

Resultados

Quanto à assertividade, o maior percentual de acertos foi em linguagem (98% do G1 e 95% do G2), seguido de motricidade orofacial/fala (72% de ambos os grupos), aleitamento materno (45% do G1 e 39% do G2) e audição (36% do G1 e 30% do G2). Não houve diferença entre tempo de internação e conhecimento desses aspectos abordados. Em aceitabilidade, o índice foi 97%.

Conclusão

A atividade de educação em saúde proporcionou acesso à informação, independente do tempo e tipo de internação dos sujeitos envolvidos. A boa aceitabilidade da intervenção permitiu inferir sobre a viabilidade de serem ampliadas práticas dessa natureza no ambiente hospitalar.

Alojamento conjunto; Método Canguru; Promoção da saúde; Aleitamento materno; Humanização da assistência; Fonoaudiologia


Purpose

To investigate the knowledge of mothers about breastfeeding and aspects of Speech-Language Pathology; to compare mothers from a Kangaroo unit to others in a Rooming-in, considering time of admission; and to verify the acceptance in the intervened group.

Methods

Interventionist and comparative study with 163 mothers from a public maternity. The mothers were divided into two groups (G1 and G2) according to their type of allocation (Kangaroo Unit and Rooming-in). It was done an assertiveness test and guidelines with the mothers, focusing on breastfeeding, language, orofacial motricity/ speech and hearing aspects. Based on such aspects, guidelines were made and the acceptance test applied. In order to characterize the affirmatives and compare the knowledge between the groups, it was applied the Birnbaum's Three-Parameter Unidimensional Model, based on the Item Response Theory, and Mann-Whitney U Test for the estimated knowledge, with p<0.05. Guidelines and Acceptance test have been performed, considering well accepted acceptance >85%.

Results

Concerning the assertiveness test, the highest percentage of correct answers was achieved by language (G1=98%; G2=95%), followed by orofacial motricity/ speech (G1=45%; G2=39%) and audition (G1=36%; G2=30%). There were no statistical significant relationship between hospitalization time and knowledge. 97% accepted the guidelines.

Conclusion

This health guidelines activity provided access to information, independently of time or type of hospitalization of the nursing mothers. The intervention good acceptance allows inferring about the viability of expand such practices in the hospital environment.

Rooming-in care; Kangaroo-mother care method; Health promotion; Breast feeding; Humanization of assistance, Speech, language and hearing sciences


INTRODUÇÃO

Várias práticas de promoção ao aleitamento materno têm sido preconizadas. Uma dessas práticas é a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), que realiza os "Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno", com o intuito de promover práticas e orientações no período pré-natal, perinatal e pós-natal e também de estar de acordo com a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL)(1. Ministério da Saúde (BR). Promoção, apoio e incentivo ao aleitamento materno. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2014 [citado 25 jan. 2015]. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=29931&janela=1>.
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/...
) .

A rede cegonha, implantada recentemente, sustenta tais iniciativas, uma vez que "visa assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis"(2. Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Diário Oficial União; 27 jun 2011; Seção 1.) .

Ações de incentivo ao aleitamento materno são indicadas no meio hospitalar e em Unidades Básicas de Saúde (UBS), visando prevenir o desmame precoce e proporcionar melhor qualidade de vida aos recém-nascidos(3. Souza Já, Luiz VR, Abbud RMR. Aleitamento materno exclusivo e mitos que influenciam no desmame precoce. Rev Funec Cient Nutr. 2014;1(2):1-12.). As orientações às mães são consideradas essenciais para que se sintam mais incentivadas a amamentar(4. Scheeren B, Mengue APM, Devincenzi BS, Barbosa LR, Gomes E. Condições iniciais no aleitamento materno de recémnascidos prematuros. J Soc Bras Fonoaudiol. 2012;24(3):199-204.).

O aleitamento materno promove a saúde fonoaudiológica do recém-nascido (RN) nos seus diversos aspectos, tais como linguagem, motricidade orofacial/fala e audição. As orientações envolvem desde as funções do sistema estomatognático, tais como sucção, respiração, deglutição, mastigação e fala(5. Pivante CM, Medeiros AMC. Intervenções fonoaudiológicas no aleitamento junto às mães de paridade zero. Mundo Saúde. 2006;30(1):87-95.), até aspectos auditivos.

Ações de promoção ao aleitamento materno proporcionam atividades de apoio às mães para a melhor permanência no hospital(6. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: Método Canguru: manual técnico. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2013.). Grupos educativos e de assistência auxiliam as mães na superação de obstáculos no período da internação, respeitando as diferenças e ampliando a visão do paciente pelo profissional de saúde(7. Camarotti CM, Nakano MAS, Pereira CR, Medeiros CP, Monteiro JCS. Perfil da prática da amamentação em grupo de mães adolescentes. Acta Paul Enferm. 2011;24(1):55-60. doi:10.1590/S0103-21002011000100008).

Na maternidade, a formação do grupo educacional promove a troca de conhecimento com pais e familiares sobre os cuidados maternais devidamente realizados, a maturação infantil, a importância da interação entre a família e o bebê(8. Brocchi BS, Leme MIS. A relação entre a interação mãe-criança no desenvolvimento da linguagem oral de recém-nascidos prematuros. Audiol Commun Res. 2013;18(4):321-31. doi:10.1590/S2317-64312013000400014), principalmente pelas genitoras(9. Benzies KM, Magill-Evans JE, Hayden KA, Ballantyne M. Key components of early intervention programs for preterm infants and their parents: a systematic review and meta-analysis. BMC Pregnancy and Childbirth. 2013;13(supl 1):1-15.).

O fonoaudiólogo atua de diversas formas durante o período de internação, incluindo orientações sobre aleitamento materno e os aspectos fonoaudiológicos(1010 . Monti MMF, Botega MBS, Lima MCMP, Kubota SMP. Demanda para intervenção fonoaudiológica em uma unidade neonatal de um hospital-escola. Rev CEFAC. 2013;15(6):1540-51. 10.1590/S1516-18462013000600017
https://doi.org/10.1590/S1516-1846201300...
). Espera-se que o trabalho fonoaudiológico traga benefícios para o bebê e sua família(1111 . Medeiros AMC, Sá TPL, Alvelos CL, Novais DSF. Intervenção fonoaudiológica na transição alimentar de sonda para peito em recém-nascidos do Método Canguru. Audiol Commun Res. 2014;19(1):95-103. doi:10.1590/S2317-64312014000100016), além de favorecer a alta hospitalar mais precoce, reduzindo gastos(1212 . Leite RFP, Muniz MCMC, Andrade ISN. Conhecimento materno sobre fonoaudiologia e amamentação em alojamento conjunto. Rev Bras Prom Saúde. 2009;22(1):36-40. doi:10.5020/18061230.2009.p36).

O objetivo desse estudo foi investigar o conhecimento de mães sobre aleitamento materno e aspectos fonoaudiológicos, considerando o tipo de internação (Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru ou Alojamento Conjunto) e o tempo (dias) de permanência hospitalar, além de verificar, também, a aceitabilidade dos encontros grupais realizados.

MÉTODOS

A pesquisa, inserida no projeto "Transição da alimentação por sonda enteral para seio materno em recém-nascidos internados em uma Unidade Canguru", foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (UFS) sob CAAE nº 02304812.0.0000.0058. Foi desenvolvida na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa) e no Alojamento Conjunto (ALCON) de uma maternidade pública.

Trata-se de um estudo intervencionista e comparativo que investigou o conhecimento de mães sobre aleitamento materno e aspectos fonoaudiológicos. Participaram 163 mães - sendo este número condizente com o recrutamento dos sujeitos durante o tempo despendido para o projeto de pesquisa -, distribuídas em relação ao tipo de acomodação (UCINCa e ALCON) e tempo de internação (dias).

Como critérios de inclusão, participaram mães locadas na UCINCa ou ALCON da maternidade, que aceitaram participar do grupo de mães sobre aleitamento materno e fonoaudiologia, assinando o termo de consentimento livre e esclarecido. Os critérios de exclusão foram a não vinculação a nenhuma das duas unidades, e/ou a mãe estar sem condições clínicas para participar do grupo.

Os 163 sujeitos foram divididos em dois grupos: Grupo 1 (G1), formado por 74 mães internadas na UCINCa e o Grupo 2 (G2), com 89 mães internadas no ALCON.

O tempo de internação foi calculado a partir da data da internação do RN até o dia da realização da ação grupal com a mãe.

Os grupos foram conduzidos sempre pelos mesmos pesquisadores de fonoaudiologia, previamente treinados e calibrados sobre os conteúdos abordados (linguagem utilizada, manuseio de bonecas/mamas demonstrativas e cartazes, preenchimento de protocolos, entre outros). As intervenções foram realizadas nas enfermarias, constituídas por três leitos. Cada mãe participou do grupo uma única vez. Foi realizado o teste de assertividade, composto por quatro afirmativas sobre aleitamento materno, linguagem, motricidade orofacial/fala e audição. As afirmativas foram elaboradas de modo objetivo e não indutivo, com a finalidade de desenvolver a intervenção grupal e a pesquisa, tratando-se de estratégia não validada. As afirmativas foram:

  1. Em algumas mulheres o leito materno é fraco e não sustenta o bebê;

  2. A conversa e o contato com os pais e familiares ajudam no desenvolvimento da linguagem do bebê;

  3. Sugar no peito fortalece os músculos que serão usados na fala;

  4. Amamentar o bebê deitado pode causar inflamação no ouvido.

A leitura de cada afirmativa foi feita pelo pesquisador de fonoaudiologia. As mães assinalaram sua opinião na folha de registro de respostas (Figura 1), sem ajuda de nenhum outro participante/familiar ou profissional. As alternativas eram representadas por "carinhas", garantindo o preenchimento pelas mães, independente do seu nível de escolaridade.

Figura 1
Folha de registro de respostas do teste de assertividade

Após o teste de assertividade, foi realizada a dinâmica grupal com as mães, com duração média de 20 minutos, contendo orientações, levantamento de dúvidas e interação sobre aleitamento materno e saúde fonoaudiológica. Na intervenção grupal, foram utilizados materiais como boneca, mamas de crochê e imagens ilustrativas.

Ao final dos encontros foi aplicado o teste da aceitabilidade, para determinar se os encontros desse grupo foram bem aceitos, ou não, pela população alvo. Cada participante assinalou sua opinião na folha de registro (Figura 2). O teste foi realizado com cada uma das mães, individualmente, e de maneira sigilosa (sem conhecimento do pesquisador). As mães poderiam escolher uma entre cinco categorias: 1 – "Detestei"; 2 – "Não Gostei"; 3 – "Indiferente"; 4 – "Gostei"; 5 – "Adorei", representadas por "carinhas", também para garantir o preenchimento pelas mães, independente do seu nível de escolaridade.

Figura 2
Folha de registro de resposta do teste de aceitabilidade

Os dados coletados foram tabulados no programa Microsoft® Excel 2007 e tratados estatisticamente. O software utilizado foi SPSS for Windows®, versão 17 e R Core Team 2014.

No teste de assertividade, houve determinação prévia das respostas esperadas para cada afirmativa (Quadro 1).

Quadro 1
Respostas esperadas para cada afirmativa do teste de assertividade

Para avaliação das questões e do nível de conhecimento das mães, foi utilizado o modelo unidimensional de três parâmetros de Birnbaum, baseado na teoria de resposta ao item(1313 . Andrade DF, Tavares HR, Valle RC. Teoria de resposta ao item: conceitos e aplicações. São Paulo: Associação Brasileira de Estatística; 2000.), contendo o poder de discriminação, grau de dificuldade e possibilidades de acerto ao acaso, de cada afirmativa.

O nível de conhecimento e tempo de internação (em dias) foram caracterizados por média, desvio padrão, 1º e 3º quartis (Q1 25% da população e Q3 75%), dentro de cada grupo estudado: G1 e G2.

A relação entre conhecimento e tempo de internação nos grupos G1 e G2 foi disposta por meio de gráfico de dispersão. O teste de Mann-Whitney foi usado para comparar as médias de conhecimento e de tempo de internação entre os grupos, com p<0,05.

Os dados do teste de aceitabilidade foram computados na totalidade dos grupos (G1 e G2). Para que o grupo de mães fosse considerado bem aceito, o índice de aceitabilidade (soma das respostas 4 – Gostei, 5 – Adorei) teria que ser maior ou igual a 85%(1414 . Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (BR). Resolução nº 38, de 23 de agosto de 2004. Estabelecer critérios para execução do PNAE. Diário Oficial União. 25 ago 2004.,1515 . Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (BR). Resolução nº 32, de 10 de agosto de 2006. Estabelece critérios para o repasse de recursos financeiros, à conta do Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE, previstos na Medida Provisória Nº 2.178-36, de 24 de agosto de 2001, para o atendimento dos alunos do ensino fundamental matriculados em escolas de Educação Integral, participantes do Programa Mais Educação. Diário Oficial União. 21 ago 2008;Seção 1.).

RESULTADOS

Para caracterização dos 163 sujeitos do estudo, foram coletados dados sobre faixa etária, escolaridade, orientações prévias e número de filhos. A faixa etária das mães manteve-se entre 13 e 45 anos (média de 25,34 anos).

Em escolaridade, o maior percentual foi de ensino fundamental incompleto com 44,17% (72 mães), seguido de ensino médio completo, com 25,77% (42 mães). As demais mães distribuíram-se entre ensino médio incompleto, com 11,66% (19 mães), ensino fundamental completo, com 9,20% (15 mães), superior completo, com 4,91% (oito mães), superior incompleto, com 2,45% (quatro mães), ensino superior incompleto e técnico, com 0,61% (uma mãe), mães que não estudaram, com 0,61% (uma mãe) e mães analfabetas, com 0,61% (uma mãe).

Sobre orientações anteriores em relação ao aleitamento materno, 63,19% (103 mães) já haviam recebido orientação antes da realização da ação grupal. Por orientações anteriores, entendem-se aquelas não vinculadas ao presente estudo, oferecidas por diversos profissionais que assistiram essas mães no pré-natal ou na situação de internação, e em locais como unidades de saúde e na própria maternidade.

Quanto ao número de filhos anteriores (não incluindo o filho que havia acabado de nascer), o número manteve-se entre 0 e 11 filhos (média de 1,02 filhos).

As quatro afirmativas abordadas seguem descritas de acordo com o poder de discriminação, dificuldade e acerto ao acaso (Tabela 1).

Tabela 1
Caracterização das afirmativas em relação ao poder de discriminação, dificuldade e acerto ao acaso

O valor da discriminação identifica os indivíduos com alto ou baixo conhecimento. Varia de zero a infinito, sendo que quanto maior o valor, maior é o poder de discriminação. As afirmativas 1 (aleitamento materno) e 3 (motricidade orofacial/fala) foram as que apresentaram maior discriminação, com grande diferença em relação às afirmativas 2 (linguagem) e 4 (audição).

Em dificuldade, os valores podem variar de +3 a -3. Os valores positivos são indicadores de maior dificuldade. As afirmativas consideradas mais difíceis foram 1 (aleitamento materno) e 4 (audição), tendo havido grande diferença em relação às afirmativas 2 (linguagem) e 3 (motricidade orofacial/fala).

O "acerto ao acaso" é a probabilidade que um indivíduo tem em acertar o item aleatoriamente. Os valores variam de zero a infinito. Quanto maior o valor, maior o acerto ao acaso. A afirmativa 1 (aleitamento materno) foi a que as mães mais acertaram ao acaso, tendo sido considerado um fator ruim (Tabela 1).

A função de resposta ao item (Figura 3) caracterizou as afirmativas. As afirmativas cujas curvas assumem formato de S são aquelas com maior poder de discriminação. Sendo assim, a afirmativa 3 (motricidade orofacial/fala) foi a mais discriminante, quando comparada com todas as outras.

Figura 3
Função de resposta ao item

O início da curvatura determina a dificuldade do item. As afirmativas 1 (linguagem) e 4 (audição) foram consideradas as mais difíceis. A altura da parte inferior da curvatura demonstra o acerto ao acaso, tal como ocorreu nas afirmativas 1 e 4.

No teste de assertividade, foi calculado o percentual das respostas esperadas para cada questão respondida pelas mães, considerando a divisão em grupos G1 e G2.

Das quatro afirmativas apresentadas, a afirmativa 2 – linguagem - teve maior número de respostas dentro do padrão esperado (98% de respostas das mães do G1 e 95% do G2), seguida pela afirmativa 3 - motricidade orofacial/fala (72% de respostas esperadas das mães, tanto do G1, como do G2) - afirmativa 1 - aleitamento materno (45% de respostas esperadas das mães do G1 e 39% do G2) – e, por último, a afirmativa 4 – audição (36% de respostas esperadas das mães do G1 e 30% do G2).

Quanto ao nível de conhecimento e tempo de internação, não houve diferença em ambos os grupos G1 e G2. O tempo de internação das mães foi maior no grupo G1 (0 a 143 dias) do que no G2 (0 a 66 dias), embora sem diferença entre os grupos (Tabela 2). O aumento no tempo de internação não esteve relacionado ao maior conhecimento das mães (Figuras 4 e 5).

Tabela 2
Comparação (média) entre as mães internadas em uma das unidades apresentadas referente ao nível de conhecimento (acertos) e tempo de internação

Figura 4
Relação entre o nível de conhecimento das mães e o tempo de internação no alojamento conjunto

Figura 5
Relação entre o nível de conhecimento das mães e o tempo de internação na unidade de cuidado intermediário neonatal Canguru

O teste de aceitabilidade teve índice de 97% ("Adorei", com 70,8% e "Gostei", com 26,2%).

DISCUSSÃO

Faz-se fundamental uma discussão de como as mães (sujeitos desta pesquisa) têm percebido a relação entre saúde fonoaudiológica e aleitamento materno.

Na afirmativa 1 (aleitamento materno), sobre o conceito do leite fraco, menos da metade das mães assinalou as respostas esperadas (45% das mães do G1 e 39% do G2). Esse percentual é baixo, visto que o aleitamento materno, incluindo as propriedades do leite humano, é constantemente abordado nos hospitais e maternidades que promovem as boas práticas do aleitamento materno e seguem as rotinas preconizadas pelo Ministério da Saúde(1616 . Ramos CV, Almeida JAG, Pereira LMR, Pereira TG. A iniciativa hospital amigo da criança sob a ótica dos atores sociais que a vivenciam em Teresina, Piauí. Rev Nutr. 2010;23(6):1019-30. doi:10.1590/S1415-52732010000600008

17 . Neves PN, Ravelli APX, Lemos JRD. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo-peso (método mãe canguru): percepções de puérperas. Rev Gaúcha Enferm. 2010;31(1):48-54. doi:10.1590/S1983-14472010000100007
-1818 . Souza MFL, Ortiz PN, Soares PL, Vieira TO, Vieira GO, Silva LR. Avaliação da promoção do aleitamento materno em hospitais amigos da criança. Rev Paul Pediatr. 2011;29(4):502-8. doi:10.1590/S0103-05822011000400006) e princípios do IHAC(1. Ministério da Saúde (BR). Promoção, apoio e incentivo ao aleitamento materno. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2014 [citado 25 jan. 2015]. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=29931&janela=1>.
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/...
).

O baixo percentual de acertos para a afirmativa 1 (aleitamento materno) pode estar relacionado ao maior nível de dificuldade da questão, quando comparada às outras afirmativas. Além disso, essa questão apresentou maior probabilidade de acerto ao acaso (fator negativo), ou seja, a porcentagem das respostas para a afirmativa 1 poderia ter sido ainda mais baixa.

Segundo o mito do leite fraco, o leite materno não teria componentes adequados para suprir as necessidades nutricionais do bebê. Tal mito influencia a prática do aleitamento materno, podendo levar ao desmame precoce, ação negativa para o crescimento e o desenvolvimento do bebê(3. Souza Já, Luiz VR, Abbud RMR. Aleitamento materno exclusivo e mitos que influenciam no desmame precoce. Rev Funec Cient Nutr. 2014;1(2):1-12.).

Nos diversos aspectos que envolvem o aleitamento materno, é fundamental considerar o conhecimento prévio das mães, sendo importante realizar orientações sobre o assunto, também no período pré-natal(1919 . Oliveira PMP, Melo GCL, Oliveira MG, Cezario KG. Conhecimento de adolescentes grávidas sobre aleitamento materno. Rev Enferm UFPI. 2012;1(1):22-8.). As mães que possuem conhecimento sobre aleitamento materno e cuidados com o bebê, nem sempre sabem, ao certo, os benefícios que o aleitamento materno proporciona para a saúde geral(2020 . Marques ES, Cotta RMM, Priore SE. Mitos e crenças sobre o aleitamento materno. Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16(5):2461-8. doi:10.1590/S1413-81232011000500015) e fonoaudiológica(5. Pivante CM, Medeiros AMC. Intervenções fonoaudiológicas no aleitamento junto às mães de paridade zero. Mundo Saúde. 2006;30(1):87-95.).

Nas mães do presente estudo, mais da metade já tinha recebido orientações sobre aleitamento materno (63,19%), por diversos profissionais e em diferentes locais, antes da realização da ação grupal, mas ficou evidente que não estavam suficientemente esclarecidas. Por outro lado, experiências prévias com outras gestações e filhos também podem ter influenciado a situação do aleitamento materno. No presente estudo, como caracterização da população, observou-se que a média de filhos anteriores (não incluindo o filho que havia acabado de nascer) foi de 1,02 filhos. Apesar de orientações e experiências prévias, nem sempre nota-se uma prática adequada referente à amamentação, pois outros fatores podem interferir nessa questão, tais como socioeconômicos e culturais(1919 . Oliveira PMP, Melo GCL, Oliveira MG, Cezario KG. Conhecimento de adolescentes grávidas sobre aleitamento materno. Rev Enferm UFPI. 2012;1(1):22-8.).

Sendo assim, é importante que os profissionais de saúde reconheçam cada mãe na sua singularidade, dúvidas, medos e expectativas, além dos mitos e crenças relacionados ao aleitamento materno, para que a equipe possa orientar e justificar corretamente os aspectos que interferem negativamente nessa prática(2121 . Azevedo DS, Reis ACS, Freitas LV, Costa PB, Pinheiro PNC, Damasceno AKC. Conhecimento de primíparas sobre os benefícios do aleitamento materno. Rev Rene. 2010;11(2):53-62.).

Referente à afirmativa 2 (linguagem), quase a totalidade das mães das duas unidades mostrou conhecimento sobre a importância da conversa e do contato dos pais e familiares para estimular o desenvolvimento da linguagem do bebê (98% das mães do G1 e 95% do G2 obtiveram respostas assertivas).

Esse conhecimento pode estar inerente ao saber popular, além de que, a relação entre a linguagem do bebê e o vínculo entre ele e seus pais e familiares tem sido considerada de suma importância(8. Brocchi BS, Leme MIS. A relação entre a interação mãe-criança no desenvolvimento da linguagem oral de recém-nascidos prematuros. Audiol Commun Res. 2013;18(4):321-31. doi:10.1590/S2317-64312013000400014)e cada vez mais abordada nas maternidades(1717 . Neves PN, Ravelli APX, Lemos JRD. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo-peso (método mãe canguru): percepções de puérperas. Rev Gaúcha Enferm. 2010;31(1):48-54. doi:10.1590/S1983-14472010000100007).

Os sujeitos do G1 e G2 permaneceram com seu filho durante a internação, sendo que aproximação de ambos, tal como preconizado pelas políticas de humanização(1616 . Ramos CV, Almeida JAG, Pereira LMR, Pereira TG. A iniciativa hospital amigo da criança sob a ótica dos atores sociais que a vivenciam em Teresina, Piauí. Rev Nutr. 2010;23(6):1019-30. doi:10.1590/S1415-52732010000600008

17 . Neves PN, Ravelli APX, Lemos JRD. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo-peso (método mãe canguru): percepções de puérperas. Rev Gaúcha Enferm. 2010;31(1):48-54. doi:10.1590/S1983-14472010000100007
-1818 . Souza MFL, Ortiz PN, Soares PL, Vieira TO, Vieira GO, Silva LR. Avaliação da promoção do aleitamento materno em hospitais amigos da criança. Rev Paul Pediatr. 2011;29(4):502-8. doi:10.1590/S0103-05822011000400006), promove o fortalecimento do vínculo, fundamental para o desenvolvimento da linguagem.

Pesquisa que verificou o conhecimento de gestantes adolescentes sobre a Fonoaudiologia na saúde materno-infantil, evidenciou que não relacionaram saúde fonoaudiológica e aleitamento materno(2222 . Neves DC, Aguiar AMA, Andrade ISN. O conhecimento de gestantes adolescentes sobre fonoaudiologia relacionada à saúde materno-infantil. Rev Bras Prom Saúde. 2007;20(4):207-212.). No presente estudo, a faixa etária variou de 13 a 45 anos (média 25,34 anos), não se constituindo como um grupo adolescente, o que pode ter contribuído para maior conhecimento dessas mães, diferentemente do que ocorreu na pesquisa citada(2222 . Neves DC, Aguiar AMA, Andrade ISN. O conhecimento de gestantes adolescentes sobre fonoaudiologia relacionada à saúde materno-infantil. Rev Bras Prom Saúde. 2007;20(4):207-212.).

Na afirmativa 3 (motricidade orofacial/fala), verificou-se que a maioria das mães conhecia sobre a importância da sucção no peito para o fortalecimento dos músculos orofaciais (72% das mães de cada unidade responderam de maneira assertiva). Vale ressaltar que essa afirmativa teve um alto índice de discriminação e "acerto ao acaso", mas a dificuldade foi considerada baixa.

Os órgãos fonoarticulatórios foram enfocados na afirmativa 3 (motricidade orofacial), por estarem envolvidos no desenvolvimento da fala. O tema tem estreita relação com a Odontologia, podendo ser levantada a hipótese que já vem sendo abordada em equipes de saúde bucal, que possibilitam maior acesso às informações, promovendo integração com outros profissionais da equipe de saúde da família(2323 . Pimentel FC, Albuquerque PC, Martelli PJL, Souza WV, Acioli RML. Caracterização do processo de trabalho das equipes de saúde bucal em municípios de Pernambuco, Brasil, segundo porte populacional: da articulação comunitária à organização do atendimento clínico. Cad Saúde Púbica. 2012;28 Sup:S146-57. doi:10.1590/S0102-311X2012001300015).

Estudo que enfocou os dez anos do Programa de Atenção Odontológica à Gestante e a prevenção da saúde bucal e geral das futuras mães, relatou a importância da participação de gestantes em ações de promoção de saúde bucal referente à mãe e ao seu bebê, que abordam o aleitamento materno(2424 . Moimaz SAS, Garbin CAS, Rocha NB, Santos SMG, Saliba NA. Resultados de dez anos do programa de atenção odontológica à gestante. Rev Ciênc Ext. 2011;7(1):42-56.), evidenciando que há preocupação em enfocar o desenvolvimento do sistema sensório motor orofacial, de forma preventiva. No presente estudo, as respostas das mães revelaram que essas ações ainda podem ser ampliadas, a fim de alcançar maior índice de conhecimento dos assuntos abordados.

Para a afirmativa 4 (audição), menos da metade das mães conhecia a importância da posição mais verticalizada ao amamentar, para evitar otites no bebê (36% das mães do G1 e 30% do G2 marcaram as respostas esperadas).

Tal como existe relação entre Fonoaudiologia e Odontologia nos aspectos de motricidade orofacial/fala, existe também uma forte relação entre Fonoaudiologia e Otorrinolaringologia, quando se trata da audição. Entretanto, parece que não existem programas tão efetivos sobre a saúde auditiva envolvendo os cuidados com a orelha média nas ações preventivas existentes nas Unidades de Saúde da Família. Por outro lado, atualmente tem sido difundida a obrigatoriedade do teste da orelhinha(2525 . Brasil. Lei nº 12.303, de 2 de agosto de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de realização do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas. Diário Oficial da União. 3 ago 2010;Secção 1:1.), embora não tenha sido esse o foco da afirmativa sobre audição aqui investigada.

Vale dizer que a afirmativa referente à audição apresentou pouca discriminação, sendo considerada a segunda mais difícil e com maior probabilidade das participantes "acertarem ao acaso".

O presente estudo mostrou que o tempo de internação das mães não foi um fator determinante para o aumento de respostas assertivas, nem para o G1 e nem para o G2, visto que não foram encontradas diferenças entre os dois grupos quanto à assertividade das respostas.

Embora tenha-se a impressão de que as mães do G١ apresentaram mais respostas assertivas do que as mães do G2, não houve diferença significativa entre os grupos, apontando que o tipo de internação não foi fator determinante para o conhecimento das questões abordadas.

No teste de aceitabilidade, 70,8% das mães marcaram a opção 5 "Adorei", seguida da opção 4 "Gostei", com 26,2%, opção 1 "Detestei", com 2% e as opções 2 "Não Gostei" e 3 "Indiferente", com 0,5% cada uma. O índice de aceitação foi igual a 97%, sendo possível afirmar que a atividade em grupo foi bem aceita pela maioria das mães.

Na literatura, encontram-se poucos estudos sobre o conhecimento das mães referente ao aleitamento materno e relação com a saúde fonoaudiológica do bebê. Atividades grupais podem ser relevantes para as mães internadas, abordando temas como o aleitamento materno e os cuidados necessários com seu bebê, sendo importante a participação, também, dos familiares(2626 . Marques ES, Cotta RMM, Magalhães KA, Sant'ana LFR, Gomes AP, Siqueira-batista R. A influência da rede social da nutriz no aleitamento materno: o papel estratégico dos familiares e dos profissionais de saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2010;15(1):1391-400. doi:10.1590/S1413-81232010000700049,2727 . Santana MCCP, Goulart BNG, Chiari BM, Melo AM, Silva EHAA. Aleitamento materno em prematuros: atuação fonoaudiológica baseada nos pressupostos da educação para promoção da saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2010;15(2):411-7. doi:10.1590/S1413-81232010000200017).

Vale salientar que intervenções em grupo possibilitam troca de saberes científicos e vivenciais entre os profissionais e os sujeitos. Além disso, ações dessa natureza promovem a escuta aos participantes, reflexão sobre as dificuldades apresentadas na fala do outro e discussões sobre o tema abordado, fatores relevantes para a aprendizagem, nesse tipo de intervenção(2828 . Rebouças Júnior FG, Galdino MSS, Sousa MLT. Acolhimento multiprofissional à pessoa com hipertensão e diabetes: potencializando o cuidado. Pesq Prát Psicossoc. 2013;8(2):248-53.).

Além do acesso à informação, ações educativas em saúde favorecem o acolhimento e a criação de vínculo entre as mães e os profissionais da saúde, bem como a promoção, proteção e o apoio ao aleitamento materno(2626 . Marques ES, Cotta RMM, Magalhães KA, Sant'ana LFR, Gomes AP, Siqueira-batista R. A influência da rede social da nutriz no aleitamento materno: o papel estratégico dos familiares e dos profissionais de saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2010;15(1):1391-400. doi:10.1590/S1413-81232010000700049,2929 . Junges CF, Ressel LB, Budó MLD, Padoin SMM, Hoffmann IC, Sehnem GD. Percepções de puérperas quanto aos fatores que influenciam o aleitamento materno. Rev Gaúcha Enferm. 2010;31(2):343-50. doi:10.1590/S1983-14472010000200020,3030 . Silva MAM, Portela EMM, Arruda LP. Aleitamento materno de recém-nascidos hospitalizados: grupo de apoio desenvolvido junto às puérperas adolescentes. Adolesc Saúde. 2014;11(1):44-51.).

Vale ressaltar a importância do trabalho multiprofissional, onde cada profissional da saúde possa contribuir para a prática do aleitamento materno relacionada com a sua área de atuação, além de favorecer uma atenção integral e mais completa à mãe e seu filho(5. Pivante CM, Medeiros AMC. Intervenções fonoaudiológicas no aleitamento junto às mães de paridade zero. Mundo Saúde. 2006;30(1):87-95.,2121 . Azevedo DS, Reis ACS, Freitas LV, Costa PB, Pinheiro PNC, Damasceno AKC. Conhecimento de primíparas sobre os benefícios do aleitamento materno. Rev Rene. 2010;11(2):53-62.). Novos estudos merecem e podem ser ampliados, buscando a efetividade das condutas frente à realidade e conhecimento da população envolvida.

CONCLUSÃO

O presente estudo possibilitou um diagnóstico em saúde sobre o conhecimento das mães de uma maternidade pública, nas questões referentes ao aleitamento materno e saúde fonoaudiológica. Este diagnóstico aponta para a necessidade das políticas públicas de IHAC serem mais trabalhadas e abrangentes, considerando também questões fonoaudiológicas. Novos estudos também podem ser realizados investigando a influência das experiências prévias com gestações e outros filhos no conhecimento dessa população.

A intervenção grupal junto às mães foi realizada como uma atividade de educação em saúde, pretendendo proporcionar melhor permanência hospitalar, através de trocas de experiência entre o saber materno e profissional.

O fato de o grupo de mães ser considerado bem aceito evidencia a possibilidade de realização de novas ações envolvendo aleitamento materno e saúde fonoaudiológica, bem como de novos estudos que possibilitem o diagnóstico em saúde sobre o conhecimento das mães internadas nos hospitais e maternidades de todo o país.

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  • Trabalho realizado no Departamento de Fonoaudiologia, Universidade Federal de Sergipe – UFS – São Cristovão (SE), Brasil.
  • Financiamento: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Extensão (PIBIX) à segunda autora.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Sep 2015

Histórico

  • Recebido
    14 Abr 2015
  • Aceito
    25 Ago 2015
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