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Era das batucadas: o carnaval baiano das décadas 1930 e 1940

Resumos

Depois de 1930, os três clubes de elite do carnaval baiano sofriam economicamente e se retiravam do carnaval. As batucadas emergiram e em parte preencheram o vácuo, ritualizando a presença da cultura e sociabilidade da classe trabalhadora afro-mestiça no carnaval. Neste período, os políticos e, especialmente, jornalistas comemoravam a batucada e o samba como centrais para o carnaval, contribuindo para a consolidação das práticas musicais afro-mestiças como elementos vitais do que a Bahia significava e do que "baiano" passou a significar durante a era Vargas. Embora, após 1950, o trio elétrico e o ressurgimento dos clubes de elite tenham encerrado a "Era das Batucadas," elas desempenharam papéis importantes na reformulação da baianidade, entre 1930 e 1950, e forneceram uma ponte de identificação étnica e cultural entre os afoxés e clubes afros do século XIX e início do século XX, por um lado, e os afoxés e blocos afros do final do século XX e início do XXI.

Bahia; carnaval; batucadas; samba; Era Vargas


After 1930, as Bahia's three elite carnival clubs suffered economically and withdrew from carnival, the emerging batucadas partly filled the vacuum and ritualized the presence of working-class African-Bahian culture and sociability within Carnival. At this point, politicians and especially journalists celebrated both the batucada and samba as central to Carnival, contributing to the consolidation of African-Bahian musical practices as vital elements of what Bahia meant and what "Bahian" had come to mean during the Vargas era. Although the trio elétrico and the revival of the elite clubs after 1950 ended the "Era of the Batucadas," the batucadas had played important roles within the reformulation of baianidade between 1930 and 1950 and provided a bridge of ethnic identification and cultural agency between the afro-centric clubs of the late nineteenth and early twentieth century on the one hand, and the afoxés and blocos afros of the late twentieth and twenty first century.

Bahia; carnival; batucadas; samba; Vargas era


  • 1
    1 A Tarde, 9 de fevereiro de 1942;
  • Diário de Notícias, 8 de março de 1943.
  • 2 As batucadas eram parte de um universo cultural mais amplo que remonta ao período colonial. Para trabalhos recentes sobre batuque, candomblé e festividades populares no período colonial e primeira metade do século XIX ver, entre outros, Silvia Hunold Lara, "Significados cruzados: um reinado de congos na Bahia setecentista", in Maria Clementina Pereira Cunha (org.), Carnavais e outras f(r)estas: ensaios de história social da cultura (Campinas: Editora da Unicamp / CECULT / FAPESP, 2002), pp. 71-100;
  • João José Reis, "Tambores e temores: a festa negra na Bahia na primeira metade do século XIX", in Maria Clementina Pereira Cunha (org.), Carnavais e outras f(r)estas, pp. 101-47;
  • João José Reis, Death Is a Festival: Funeral Rites and Rebellion in Nineteenth-Century Brazil, Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2003.
  • 3 Victor Turner, The Anthropology of Performance, Nova York: PAJ Publications, 1986;
  • Richard Burton, Afro-Creole: Power, Opposition, and Play in the Caribbean, Ithaca, NY: Cornell University Press, 1997, capítulo 4;
  • Natalie Zemon Davis, Society and Culture in Early Modern France: Eight Essays, Stanford: Stanford University Press, 1975, capítulos 4 e 5;
  • Roberto da Matta, Carnivals, Rogues, and Heroes: An Interpretation of the Brazilian Dilemma, Notre Dame: University of Notre Dame Press, 1991.
  • Também sobre o poder do lúdico, ver Richard Schechner, "Carnival (Theory) After Bakhtin", in Milla Cozart Riggio (org.), Carnival: Culture in Action - The Trinidad Experience (London: Routledge, 2004), pp. 9-10.
  • Enfatizando o poder do carnaval em Salvador além do seu tempo e lugar oficiais, Piers Armstrong, "Bahian Carnival and Social Carnivalesque in Trans-Atlantic Context", Social Identities v. 16, n. 4 (2010), p. 449,
  • 4 O carnaval oferece não apenas caminhos de resistência racial e de classe contra a cultura dominante, mas também mecanismos pelos quais a classe dominante coopta e circunscreve as iniciativas subalternas, ou reforça o status quo Matta, Carnavals, emprega o trabalho de Victor Turner para atualizar a interpretação de Bahktin do carnaval como um momento de democracia catártica e resistência simbólica às estruturas repressivas e exploradoras que ordenaram a vida diária. Maria Isaura Pereira de Queiroz, Carnaval brasileiro: o vivido e o mito, São Paulo: Editora Brasiliense, 1992,
  • discorda, argumentando que Da Matta ignorou a hierarquia e o poder diferenciados que ainda estavam presentes durante o carnaval e que o sistema de valores da burguesia dominante domesticou o carnaval por muitos anos. A maioria dos estudiosos do carnaval no Brasil marca suas posições entre esses dois pólos. Ver Renato Ortiz, A consciência fragmentada: ensaios de cultura popular e religião, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980, em particular pp. 13-27;
  • Robert Stam, "Carnival, Politics and Brazilian Culture", Studies in Latin American Popular Culture, n. 7 (1988), pp. 255-64;
  • Rachel Soihet, A subversão pelo riso: estudos sobre o carnaval carioca da Belle Époque ao tempo de Vargas, Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1998;
  • Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti, O rito e o tempo: ensaios sobre o carnaval, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.
  • Ver também, Alison Raphael, "Samba and Social Control: Popular Culture and Racial Democracy in Rio De Janeiro" (Tese de Doutorado, Columbia University, 1980);
  • Dulce Tupy, Carnavais de guerra: o nacionalismo no samba, Rio de Janeiro: ASB Arte Gráfica e Editora, 1985;
  • Jairo Severiano, Getúlio Vargas e a música popular, Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1983;
  • Cláudia Matos, Acertei no milhar: malandragem e samba no tempo de Getúlio, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982;
  • Maria Clementina Pereira Cunha, Ecos da folia: uma história social do carnaval carioca entre 1880 e 1920, São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
  • 5 Sobre aspectos dessa ampla reavaliação, ver Vivaldo da Costa Lima, "O candomblé da Bahia na década de trinta" in Vivaldo da Costa Lima e Waldir Freitas Oliveira (orgs.), Cartas de Édison Carneiro a Artur Ramos (São Paulo: Corrupio, 1987), pp. 37-73;
  • Waldir Freitas Oliveira, "Os estudos africanistas na Bahia dos anos 30" in Vivaldo da Costa Lima e Waldir Freitas Oliveira (orgs.), Cartas de Édison Carneiro a Artur Ramos, pp. 23-35;
  • Beatriz Góis Dantas, Vovó nagô e papai branco: usos e abusos da África no Brasil, Rio de Janeiro: Graal, 1988, pp. 161-201;
  • Angela Lühning, "'Acabe com este santo, Pedrito vem aí...' mito e realidade da perseguição policial ao candomblé baiano entre 1920 e 1942, Revista da USP, n. 28 (1995/1996), pp. 194-220;
  • Júlio Santana Braga, Na gamela do feitiço: repressão e resistência nos Candomblés da Bahia, Salvador: Edufba, 1996;
  • Kim Butler, Freedoms Given, Freedoms Won: Afro-Brazilians in Post-Abolition, São Paulo and Salvador, New Brunswick, N.J.: RutgersUniversity Press, 1998, capítulo 6;
  • Kim Butler, "Afterword: Ginga Baiana, The politics of Race, Class, Culture, and Power in Salvador, Bahia", in Hendrick Kraay (org.), Afro-Brazilian Culture and Politics: Bahia, 1790s to 1990s (Londres: ME Sharpe, 1998), pp. 158-75;
  • Scott Ickes, "Salvador's Transformist Hegemony: Popular Festivals, Cultural Politics and Afro-Bahian Culture in Salvador, Bahia, Brazil, 1930-1952", (Tese de Doutorado, Universidade de Maryland, 2003);
  • Lisa Earl Castillo, Entre a oralidade e a escrita: a etnografia nos candomblés da Bahia, Salvador: Edufba, 2008, pp. 101-44;
  • Roger Sansi-Roca, Fetishes and Monuments: Afro-Brazilian Art and Culture in the Twentieth Century, Nova York: Berghahn Books, 2007, pp. 51-141;
  • Anadelia Romo, Brazil's Living Museum: Race, Reform and Tradition in Bahia, Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2010.
  • 6 Butler, Freedoms Given, Freedoms Won, pp. 172-75;
  • Peter Fry, Sérgio Carrara e Ana Luiza Martins-Costa, "Negros e brancos no carnaval da Velha República", in João José Reis (org.), Escravidão e invenção da liberdade: estudos sobre o negro no Brasil (São Paulo: Editora Brasiliense, 1988);
  • Alberto Heráclito Ferreira Filho, "Desafricanizar as ruas: elites letradas, mulheres pobres e cultura popular em Salvador (1890-1937)", Afro-Ásia, n. 21-2 (1999 1998), pp. 239-56.
  • 7 O historiador baiano Cid Teixeira, "Prefácio", in Anísio Félix (org.), Filhos de Gandhi: a história de um afoxé (Bahia: Gráfica Central, 1987) foi o primeiro a se referir aos anos 1940 como a "Era das Batucadas".
  • 9 Ver Scott Ickes, African-Brazilian Culture and Regional Identity in Bahia, Brazil (University of Florida Press, no prelo), capítulo 5.
  • 10 Butler, Freedoms Given, Freedoms Won, pp. 172-75;
  • Hildegardes Vianna, "Do entrudo ao carnaval na Bahia", Revista Brasileira de Folclore, n. 13 (1965), p. 285.
  • Ver também Fry et alli, "Negros e brancos";
  • Ferreira Filho, "Desafricanizar as ruas".
  • 11 Olga Rodrigues de Moraes Von Simson, "Espaço urbano e folguedo carnavalesco no Brasil: uma visão ao longo do tempo", Cadernos do Centro de Estudos Rurais e Urbanos, n.15, 1ª serie (1981).
  • 13 Butler, Freedoms Given, Freedoms Won, p. 177;
  • Ver também, Fry, et allii, "Negros e brancos", pp. 254-60.
  • 14 Rafael Rodrigues Vieira Filho, "A africanização do carnaval de Salvador, Bahia: a recriação do espaço carnavalesco (1876-1930)" (Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, 1995), pp. 128-49.
  • 15 Antonio Risério, "Carnaval, as cores da mudança," Afro-Ásia, n. 16 (1995), p. 92.
  • 16Journal A Bahia, 16 de fevereiro de 1906;
  • Fry et allii, "Negros e brancos," pp. 255-6.
  • 17 Butler, Freedoms Given, Freedoms Won, pp. 171, 187-8.
  • 18 Donga e Mauro de Almeida, "Pelo telefone", gravação original da Banda Odeon, Odeon, 1917.
  • Ver, Marc Hertzman, "Surveillance and Difference: The Making of Samba, Race, and Nation in Brazil (1880s–1970s)" (Tese de Doutorado, Universidade de Wisconsin, Madison, 2008), pp. 233-36,
  • 19 Butler, Freedoms Given, Freedoms Won, pp. 180-81;
  • Vieira Filho, "Africanização", pp. 136-44.
  • 20O Imparcial, 13 de janeiro 1937.
  • 21 José Ferreira, entrevistado pelo autor, Salvador, 4 de novembro de 1999, 44-45, e 11 de novembro de 1999. As entrevistas fazem parte de um levantamento maior de história oral sobre cultura negra e as festas populares em Salvador nos anos 1930, 1940 e 1950. Entrevistei pessoas que viviam em Salvador durante a Era Vargas, que coincide com a das batucadas. Em particular escolhi pessoas da "classe baixa." As três ou quatro entrevistas incluídas no artigo revelavam pequenos detalhes sobre as batucadas e o carnaval. Ver Ickes, African Bahian Culture and Regional Identity. Sobre restrições e censura durante o carnaval ver, Arquivo Público do Estado da Bahia [daqui em diante APEBa], Secretaria de Segurança Pública, Cx 6456 Pc 03, 1906-1943.
  • 22Diário de Notícias, 10 de março de 1943.
  • 23O Imparcial, 29 de janeiro de 1937.
  • 25 Os jornais baianos, ocasionalmente, noticiavam eventos do Rio de Janeiro, por exemplo "informava que Getúlio Vargas tenha autorizado o prefeito do Rio a aumentar as contribuições aos clubes carnavalescos do Rio": Diário de Notícias, 11 de fevereiro de 1939.
  • 26 Os artigos nos jornais, durante todo o período, comentavam o crescimento e a diminuição do apoio do estado e principalmente do município para os grandes clubes. O orçamento municipal para 1939, o único ano disponível, indicava que em 1939 o Cruz Vermelha e o Fantoches da Euterpe receberam trinta contos de reis cada, enquanto o Inocentes em Progresso recebeu vinte contos de reis, uma quantia não insignificante naquele tempo. Arquivo Histórico Municipal de Salvador [daqui em diante, AHMS] Fundo Prefeitura Orçamento, Livro de orçamento de 1939.
  • 28 Ver, por exemplo, Diário de Notícias, 11 de fevereiro de 1939.
  • Ver também a reportagem sobre a resposta sem entusiasmo do prefeito aos pedidos de apoio para o carnaval popular e predominantemente afro-baiano na praça do Terreiro de Jesus, em comparação com outras áreas da festa: A Tarde, 9 de fevereiro de 1933.
  • 29Diário de Notícias, 13 de fevereiro de 1939.
  • 30 Donald Pierson, Negroes in Brazil, a Study of Race Contact at Bahia, Chicago: University of Chicago Press, 1942, p. 201,
  • 31Diário de Notícias, 6 de fevereiro de 1937.
  • 32A Tarde, 24 de janeiro de 1942.
  • 33 Pierson, Negroes in Brazil, pp. 202-3.
  • 34Diário de Notícias, 10 de janeiro de 1941.
  • 35Diário de Notícias, 22 de fevereiro de 1941.
  • Diário de Notícias, 3 de fevereiro de 1940; 7 de fevereiro de 1940.
  • 36Diário de Notícias, 8 de março de 1943.
  • 37Diário de Notícias, 20 de fevereiro de 1944.
  • 38A Tarde, 1 de fevereiro de 1945,
  • Diário de Notícias, 11 de fevereiro de 1945.
  • 39Diário de Notícias, 10 de janeiro de 1938.
  • 40 Interessante notar que, de acordo com Soihet, Subversão pelo riso, p. 58,
  • 41 Para uma amostra, ver A Tarde, 2 de fevereiro de 1930;
  • A Tarde, 4 de fevereiro de 1931;
  • A Tarde, 25 de fevereiro de 1933.
  • A Tarde, 1 de março de 1935.
  • 42 Para uma discussão do apoio de Magalhães à cultura negra, ver Ickes, African Bahian Culture and Regional Identity, capítulo 2.
  • 43 Butler, Freedoms Given, Freedoms Won, pp. 184-5.
  • 44 Para batuque no pós-Abolição em Salvador, ver Fry et allii, "Negros e brancos", pp. 252-60.
  • 45 Raymundo Nina Rodrigues, Os africanos no Brasil, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1977;
  • Arthur Ramos, O folclore negro no Brasil, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1936;
  • Alexandre José de Mello Morais, Festas e tradições populares do Brasil, Rio de Janeiro: Fauchon e Cia [1895], p. 76, 132.
  • 46A Tarde, 20 de janeiro de 1951.
  • 47 Pierson, Negroes in Brazil, p. 201.
  • 50O Momento, 5 de fevereiro de 1948.
  • 51A Tarde, 17 de janeiro de 1949.
  • 52O Momento, 28 de janeiro de 1948.
  • 53 Diário de Notícias, 10 de fevereiro de 1941.
  • 54 Houve algumas tentativas do regime no poder, entre 1930 e 1954, de estabelecer controle político mais formal sobre o carnaval. Houve proibições a críticas às "autoridades federais, estaduais e municipais", bem como às associações e instituições militares e religiosas, e até mesmo a representações consulares durante o tempo da guerra. Houve também esforços locais para moralizar o comportamento no carnaval, especialmente o da classe operária, mediante restrições punitivas a bebidas alcoólicas e controle sobre jogos e uso de lança perfume, por exemplo. Ver as numerosas portarias em APEB, Secretaria de Segurança Pública, 1906-1943, Cx 6456 Pc 03.
  • Para informações adicionais sobre o relacionamento do carnaval com o estado, fora do âmbito da política cultural, ver Ickes, "Transformist Hegemony", capítulo 5.
  • 55A Tarde, 16 de janeiro de 1951.
  • 56A Tarde, 28 de fevereiro de 1949.
  • 57A Tarde, 31 de janeiro de 1951.
  • A Tarde, 12 de janeiro de 1951.
  • 58Estado da Bahia, 23 de fevereiro de 1955.
  • Estado da Bahia, 2 de fevereiro de 1952;
  • A Tarde, 21 de janeiro de 1953.
  • 59Diário de Notícias, 20 de janeiro de 1940, 3 de fevereiro de 1940.
  • 60Diário de Notícias, 18 de fevereiro de 1939.
  • 61Festa, ano 11, n. 6 (abril de 1941).
  • 62Diário de Notícias, 22 de fevereiro de 1939.
  • 63O Imparcial, 8 de janeiro de 1937;
  • Diário de Notícias, 13 de fevereiro de 1939.
  • 64O Imparcial, 23 de janeiro de 1937.
  • 65A Tarde, 26 de julho de 1937.
  • 66Diário de Notícias, 3 de fevereiro de 1940.
  • 67 Mascarado II, "Carnaval no Uruguai", Diário de Notícias, 9 de janeiro de 1954.
  • 68 Vicente Paiva e Augusto Mesquita, "Bahia, oi... Bahia!", gravação original de Anjos do Inferno, Columbia, 1940.
  • Vicente Paiva e Chianca de Garcia, "Exaltação à Bahia", gravação original de Heleninha Costa, Columbia, 1942.
  • 69Diário de Notícias, 8 de janeiro, 19 de janeiro, 22 de janeiro, 23 de janeiro, 25 de janeiro de 1953;
  • ver também, para uma amostra, Diário de Notícias, 20 de janeiro de 1940;
  • Estado da Bahia, 5 de fevereiro de 1947, 14 de janeiro de 1955.
  • Para exemplos adicionais de letras de samba, ver Alessandra Carvalho da Cruz, "O samba na roda: samba e cultura popular em Salvador, 1937-1954" (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal da Bahia, 2006), capítulo 4.
  • 70 "Batatinha", Enciclopédia Nordeste, http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Batata&ltr=b&id–perso=570
  • 71 Pedro Caldas, "A Bahia é terra boa", Estado da Bahia, 13 de fevereiro de 1952.
  • 72A Tarde, 9 de fevereiro de 1948,
  • citado em Leal, Pergunte ao seu avô, 174-75.
  • 73A Tarde, 28 de fevereiro de 1949,
  • citado em Leal, Pergunte ao seu avô, 176-79.
  • 74 Raphael, "Samba Schools", p. 261.
  • Queiroz, Carnaval brasileiro, pp. 58-9.
  • 75 Fry et alli, "Negros e brancos", p. 235.
  • Diário de Notícias, 4 de fevereiro de 1944, 13 de fevereiro de 1944.
  • 76 Francisco da Silva Fárrea Júnior e Luís Soberano, "Salve a Princesa", gravação original do Trio de Ouro, Odeon, 1948.
  • 77O Momento, 1 de fevereiro de 1948.
  • Havia também um bloco na Bahia chamado "Preto não é mais lacaio" no final dos anos 1940. Vale a pena notar um fenômeno paralelo no Rio de Janeiro, também na década de 1940, como o clube carnavalesco "Unidos da Tijuca" expressava um politizado orgulho racial afro-brasileiro e leituras alternativas do mito da democracia racial em seus trajes carnavalescos e carros alegóricos: Tupy, Carnavais de Guerra, pp. 112-3.
  • 78 Paulina Alberto, Terms of Inclusion: Black Intellectuals in Twentieth-Century Brazil, Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2011, p. 179;
  • Alejandro de la Fuente, A Nation for All: Race, Inequality, and Politics in Twentieth-Century Cuba, Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2001.
  • 79 "Haverá préstito", Diário de Notícias, 25 de janeiro de 1950;
  • "Ainda o préstito", A Tarde, 20 de janeiro de 1951.
  • 80 "Será oficializado", A Tarde, 7 de fevereiro de 1951.
  • Cabocolinho de Najé, "Nos barracões dos clubes", Estado da Bahia, 17 de fevereiro de 1955.
  • 81 "Desfile de batucadas", A Tarde, 20 de janeiro de 1951.
  • 82 "Homenagem à Liberdade", Estado da Bahia, 28 de janeiro de 1955.
  • 83Diário de Notícias, 9 de janeiro de 1954.
  • Ver também, A Tarde, 19 de fevereiro de 1954.
  • 84 Cláudio Tavares, "As rodas de samba na Bahia," Estado da Bahia, 29 de março de 1949.
  • 85Diário de Notícias, 21 de janeiro de 1953.
  • 86 Lima, "Meu Carnaval da Bahia," A Tarde, 25 de fevereiro de 1954;
  • De Brito, "Carnaval," A Tarde, 25 de fevereiro de 1954.
  • 87 Goli Guerreiro, "As trilhas do samba-reggae: a invenção de um ritmo", Latin American Music Review, v. 20, n. 1 (1999), pp. 120-22.
  • 88Estado da Bahia, 2 de fevereiro de 1952.
  • 90 Fred de Goés, 50 anos do trio elétrico, Salvador: Corrupio, 2000.
  • José Ferreira, entrevistado pelo autor, Salvador, 11 de novembro de 1999. Guerreiro, "Trilhas do samba-reggae, pp. 120-22;
  • " Antônio dos Santos Godi, "De índio a negro, ou o reverso", Caderno CRH (suplemento) (1991), pp. 51-70.
  • 91 Pierson, Negroes in Brazil, pp. 201-02.
  • 92 Pierson, Negroes in Brazil, capítulos 1-5,
  • passim, tem algumas excelentes passagens anedóticas sobre suposições raciais e racistas entre os brancos baianos. José Ferreira, entrevistado pelo autor, Salvador, 4 de novembro de1999. Uma fotografia, de 1949, de 14 membros da "ala feminina" do clube de elite Inocentes em Progresso revela somente cútis claras: A Tarde, 22 de fevereiro de 1949.
  • 93Estado da Bahia, 19 de fevereiro de 1955.
  • 94 Pierre Verger, Retratos da Bahia, Salvador: Corrupio, 2002, pp. 122-35.
  • Ver por exemplo fotografias do grupo carnavalesco "Embaixada Mexicana", também on line em pierreverger.org. Havia experiências de integração no carnaval, com certeza, em certos blocos ou cordões, por exemplo. Também, havia áreas públicas que abrigavam significativa mistura de participantes ou espectadores. Fotos do carnaval da Bahia, feitas por Pierre Verger no fim dos anos 1950, por exemplo, mostram pessoas de todos os tipos físicos em áreas adjacentes à rota oficial do desfile, como a Praça da Sé: Verger, Retratos da Bahia, pp. 122-24.
  • 97 O Imparcial, 11 de fevereiro de 1937;
  • Leal, Pergunte ao seu avô, pp. 205-06.
  • Para exemplos adicionais de sambas em horas e lugares "errados", e mesmo para uma sugestão de que o samba afeta a produtividade do trabalhador, ver, A Tarde, 18 de maio de 1946, 4 de dezembro de 1947,
  • citado em Cruz, "Samba", p. 43.
  • Ver também, A Tarde, 19 de março de 1935.
  • 98 "Originalidades", O Imparcial, 10 de março de 1937;
  • "Opiniões musicais", O Imparcial, 17 de março de 1937,
  • discutido em Cruz, "Samba", pp. 44-8.
  • 99 Pedro Calmon, "O Sr. José Lins é a favor do samba", Estado da Bahia, 15 de julho de 1937.
  • Ver também, Bryan McCann, Hello, Hello Brazil: Popular Music in the Making of Modern Brazil, Durham: Duke University Press, 2004, pp. 63-5.
  • 100 O citado contraste entre luxo e batucadas vem da comparação, feita por um entrevistado anônimo, entre Salvador e o Rio de Janeiro no Diário de Notícias, 10 de fevereiro de 1937.
  • Ver Queiroz, Carnaval, p. 18,
  • 101 Ver, por exemplo, Diário de Notícias, 3 de fevereiro de 1940.
  • 102Estado da Bahia, 23 de fevereiro de 1955;
  • Estado da Bahia, 27 de fevereiro de 1952.
  • 103 Leal, Pergunte ao seu avô, pp. 205-09;
  • Goés, 50 anos, pp. 40-51.
  • 104 Fratelli Vita, um fabricante de refrigerante com uma longa história de patrocínio do carnaval, assumiu o patrocínio do trio, que vinha aparecendo nos gritos de carnaval em 1953 e 1954: Diário de Notícias, 4 de fevereiro de 1954.
  • A Tarde, 7 de fevereiro de 1955.
  • 105 Natalie Zemon Davis, Society and Culture in Early Modern France: Eight Essays, Stanford: Stanford University Press, 1975, capítulos 4 e 5.
  • 106 Cláudio Tavares e Pierre Verger, "Afoxé, ritmo bárbaro da Bahia", O Cruzeiro, v. 20, n. 32 (29 de maio de 1948), p. 57.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Maio 2013
  • Data do Fascículo
    2013

Histórico

  • Recebido
    10 Maio 2012
  • Aceito
    23 Jun 2012
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