Contexto
A lavagem peritoneal intra-operatória extensiva (EIPL) tem sido proposta como uma estratégia profilática para diminuir o risco de disseminação peritoneal no câncer gástrico.
Objetivo
Explorar a segurança e eficácia da EIPL em nossos pacientes com câncer gástrico localmente avançado.
Métodos
Realizou-se ensaio clínico de fase 2 e braço único, aberto e multicêntrico em dois Hospitais terciários de Recife (Pernambuco, Brasil).
Resultados
O protocolo do estudo foi fechado prematuramente devido ao lento recrutamento quando apenas 16 pacientes haviam sido recrutados. Oito deles foram excluídos do estudo durante a laparotomia, enquanto outros quatro casos também foram excluídos da análise per protocolo. Dois pacientes morreram no hospital antes de 30 dias e seis estavam vivos sem evidência de recidiva após proservação que variou de 5 a 14,2 meses (mediana de 10,6 meses). Na análise de intenção de tratar, três dos oito pacientes apresentaram fístulas gastrointestinais e dois deles morreram. Na análise per protocolo, dois dos quatro pacientes apresentaram este tipo de complicação pós-operatória e um deles morreu. Todos os óbitos ocorreram como consequência da ocorrência de fístulas gastrointestinais.
Conclusão
Não se pôde concluir sobre a segurança e eficácia do EIPL, mas a possibilidade de que esta abordagem aumente as taxas de fístulas gastrointestinais deve ser considerada.
DESCRITORES
Neoplasias gástricas; Excisão de linfonodo; Recidiva local de neoplasia