RACIONAL: A cirrose é o estágio final da disfunção hepática, sendo caracterizada por fibrose difusa, que compõe a resposta principal do organismo ao dano hepático. O tetracloreto de carbono inalatório é um modelo experimental efetivo, que desencadeia a cirrose e permite obter modificações histológicas e fisiológicas similares às vistas em humanos. OBJETIVO: Investigar os efeitos da N-acetilcisteina (NAC) sobre a fibrose e o estresse oxidativo no fígado de ratos cirróticos, analisando as provas hepáticas, a lipoperoxidação, a atividade da enzima glutationa peroxidase, a quantificação do colágeno, a histopatologia, bem como o papel do óxido nítrico. MÉTODOS: Os animais foram divididos em três grupos experimentais: controle (CO); cirrótico (CCl4) e CCl4 + NAC. Foram avaliados a lipoperoxidação, a enzima glutationa peroxidase, a histologia hepática, a quantificação de colágeno e a expressão da óxido nítrico síntase induzível (iNOS). RESULTADOS: O grupo cirrótico tratado com a NAC demonstrou, através da análise histológica e da quantificação de colágeno, menores graus de fibrose. Este grupo demonstrou, ainda, menos dano às membranas celulares, menor decréscimo nos níveis de glutationa peroxidase e menor expressão da iNOS quando comparado com o grupo cirrótico sem tratamento. CONCLUSÃO: A NAC parece oferecer proteção contra a fibrose hepática e o estresse oxidativo no fígado de ratos cirróticos.
Cirrose; Acetilcisteína; Fibrose; Estresse oxidativo; Tetracloreto de carbono